31.8.10

Gerindo sabiamente o estacionamento em Lisboa

É justo que quem até agora nada pagava passe a pagar o dobro!


SENDO verdade que, como em tempos ouvi Fernando Gomes defender (*), uma multa é uma espécie de taxa para poder cometer uma infracção, veja-se como, em Lisboa, a medida que em cima se vê anunciada já começou a ser posta em prática:

Na primeira foto, vê-se um carro estacionado numa paragem da Carris, na Av. de Roma, e que foi multado pela EMEL... duas vezes!


Na outra, vêem-se dois carros (de uma escola de condução - mas isso é um pormenor...) estacionados 'gratuitamente' numa paragem da mesma empresa, na Praça da Figueira.

Mais 3 fotos
[aqui]
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(*) Em entrevista televisiva, quando era MAI, e a propósito das touradas de morte de Barrancos que, ao contrário do que tinha anunciado, não conseguiu impedir. «Ah, mas vão pagar a multa!» - argumentou ele, perante a perplexidade do jornalista.
estão indicados, em actualização, os nomes

Referendo tipo "Mata? Esfola!"

Por Ferreira Fernandes

PAULO PORTAS quer um referendo que pergunte isto: "Querem que um delinquente apanhado em flagrante a cometer um crime seja, obrigatoriamente, sujeito a um julgamento, em regra nas 48 horas seguintes?" Paulo Portas tem ainda mais duas perguntas para referendar, todas à volta do mesmo. O Estado, perguntando: "Mata?" E o povo respondendo: "Esfola!" Parece que já são muitos os professores de Direito que criticam o referendo de Portas por não levar a nada. Ao que Portas quer perguntar, a Constituição responde: "Não podes perguntar". O referendo de PP seria, pois, constitucionalmente um desperdício. (...)

Texto integral [aqui]

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30.8.10

POR razões de espaço ocupado na Google, a colecção de fotos de tampas mal recolocadas passou a estar disponível sob a forma de álbum [aqui].
Saliente-se que, no seguimento desta divulgação, muitos casos já foram corrigidos (embora só os da PT), o que está indicado nas respectivas legendas.
UM CIDADÃO de um país europeu chega à Av. dos EUA, em Lisboa; vê, a toda a volta, o caos que é o ex-libris da zona, pelo que estaciona a auto-caravana como a imagem mostra e vai à sua vidinha. Não é necessário dizer que ninguém o incomodou. Por isso, a única pergunta que se poderá colocar é: de que país é o 'artista' (ou, pelo menos, a matrícula da carripana)?

Actualização: a resposta certa já foi dada, como se pode confirmar [aqui].

Um sem-abrigo português acaba de entregar
a sua declaração de rendimentos pela internet

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Termina às 20h de hoje o passatempo sobre info-exclusão

Saudades de Goa

Por A.M. Galopim de Carvalho

A GEOMORFOLOGIA é uma disciplina fundamental entre as licenciaturas do ensino universitário na área das Ciências da Terra, tendo por objecto o estudo das formas de relevo terrestres. Explica-nos porque há praias nuns sítios e arribas rochosas noutros, porque é que a serra de Sintra surge como um relevo isolado acima das terras aplanadas que a rodeiam ou porque é a Ria Formosa uma área de marismas. A configuração das montanhas, o escavamento dos vales pela erosão dos rios ou dos glaciares, o porquê das planícies de inundação, como é o caso do nosso Ribatejo, aqui, ou do Bangladesh, lá longe, são preocupações da Geomorfologia. (...)
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Ainda o 'chip' para carros de matrícula estrangeira

UMA das formas previstas para cobrar portagens nas auto-estradas portuguesas (nomeadamente nas futuras-ex-SCUT e no caso de carros com matrícula estrangeira) é o aluguer de um 'chip': o condutor irá não-sei-onde levantar um, deixará uma caução, e, quando sair do país, devolvê-lo-á, algures, acertando as contas com o concessionário da autoestrada.

Tudo fácil no papel, mas - além de ter todos os ingredientes para não funcionar - parece-me que, mais uma vez, querem inventar a roda, pois o problema já há muito que foi resolvido noutros lados, como na Áustria e na Suíça.
A foto mostra um selo vendido logo à entrada deste país. Custa 40 FS, e é válido por 365 dias (mesmo que, entretanto, se saia da Suíça) para utilização ilimitada.

NOTA: não perguntei, a quem me facultou esta imagem, se havia selos para períodos mais curtos, mas sei que, na Áustria, os há para 1 semana.

Era "roberto" não era "roberto"

Por Ferreira Fernandes

ANTÓNIO-Pedro de Vasconcelos tem uma fé no benfiquismo que eu gostaria de ter. E não é que ele é que tem razão?! Quando o guarda-redes Roberto andava nos relvados da amargura, o cineasta foi sábio: "Ele é tão mau, que não pode ser verdade. Então, não é verdade." E não é que se comprovou? A campanha anti-robertista primária tendo feito mossa, o treinador foi obrigado a ceder: pôs o segundo guarda-redes mais caro da história do futebol mundial no banquinho. (...)

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29.8.10

«Dito & Feito»

Por José António Lima

AÍ ESTÁ o tradicional candidato às presidenciais do PCP, depois de, à esquerda, já terem aparecido Manuel Alegre, Fernando Nobre e Defensor Moura. É mais um candidato comunista para marcar terreno, aproveitar os tempos de antena para propaganda partidária e desistir a favor de outro – como Jerónimo de Sousa em 96, Ângelo Veloso em 86 ou Carlos Brito em 80? Ou é um candidato que o PCP arrisca levar à contagem de votos – como Jerónimo em 2006, António Abreu em 2001, Carvalhas em 91 ou Octávio Pato em 76? (...)
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Luz - Recrutamento militar, EUA

Fotografias de António Barreto- APPh

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Numa agência de recrutamento para a Marinha americana. (1978)

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Há negócios e 'negócios'... - Passatempo-relâmpago de 29 Ago 10


NUMA altura em que tanto se fala das dificuldades da aprendizagem da matemática, aqui fica um problema que, pelo menos há 90 anos, era considerado relativamente simples.
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«Dois vendedores de terrenos falavam das dificuldades passadas nos anos da Guerra. Ora, enquanto um deles se queixava amargamente, o outro gabava-se:

- O que é preciso é ter jeito, e saber adaptar-se às exigências do mercado. Por exemplo: num dia, de manhã, vendi um terreno por um certo preço, com um prejuízo de 20%. Em compensação, à tarde, vendi um outro, exactamente pelo mesmo preço, mas com um lucro de 20%. Claro que, assim, não perdi nem ganhei, mas hás-de reconhecer que, nos tempos que correm, já não é mau!

O interlocutor ainda quis saber quais os valores envolvidos nas transacções mas, argumentando que o segredo é a alma do negócio, o outro não lhos disse. Mas... será mesmo verdade que ele não ganhou nem perdeu?»
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O prémio, para quem primeiro der a resposta certa (e devidamente justificada algebricamente), será o par de livros cujas capas aqui se vêem. Se a resposta demorar, o passatempo será reformulado para uma versão simplificada - mas, nesse caso, o prémio será de um livro, apenas.

Actualização: o passatempo foi ganho por Bruno.

A nossa agente em Petersburgo

Por Rui Tavares

CLARO, quem melhor denuncia a identidade dos nossos espiões é sempre o ministro da tutela, desde Veiga Simão que publicou uma lista com os nomes deles, a Augusto Santos Silva que anteontem anunciou que ia enviar espiões militares para o Líbano.

“Temos de ir beber um copo com o gajo do SIS”. “Com o gajo do quê?”. “Do SIS, pá, com o nosso espião”. “E tu sabes quem é?”; “toda a gente sabe”; “toda a gente, como?”; “oh pá, toda a gente: os estudantes de piano, os de matemática, e o português que veio para cá atrás da namorada — todos”. “Mas então o gajo revela assim a identidade?”. “Eh pá, tens que ver que ele está um bocado dependente de nós” — o meu interlocutor encolheu os ombros — “é que o gajo do SIS não sabe falar russo”. (...)
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28.8.10

Estudo para a capa de O Incrível Professor Capachinho,
um infanto-juvenil
com
ilustrações de José Abrantes
OS LEITORES que se mostraram interessados nas fotos do moinho que se vê por detrás do senhor de roupão já podem aceder à colecção completa [aqui].

Os Republicanos não se entendem

Por Alice Vieira

QUE FÉRIAS agitadas! O meu pai só conseguiu passar por cá ontem, mais por causa da minha mãe, que tem andado muito nervosa.
Hoje há eleições (mas a esta hora ainda ninguém sabe o resultado) e por isso o pensamento dele ontem estava sempre em Lisboa.
Seja qual for o resultado, só espero que ele acalme e venha depois passar uns dias connosco.
Há uma burricada seguida de piquenique marcada para depois de amanhã, e gostava que ele fosse comigo. Para a minha avó não estar sempre a dizer que ele só me leva para comícios e discussões políticas. (...)
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Em que mundo é que esta gente vive?! - Passatempo com prémio

O LIVRO cuja capa aqui se vê é uma selecção de crónicas publicadas na revista NetNews, em que as personagens principais mostravam "algumas dificuldades" com as novas tecnologias, que apelidavam de moda, garotices, modernices ou necessidades artificiais. São, todas elas, baseadas em casos verídicos, sendo os 'heróis' pessoas como engenheiros, médicos, empresários, professores, advogados, arquitectos, generais, administradores... - todos M/F, evidentemente.
Seguiram-se outros livros sobre o mesmo assunto, mas o que agora interessa é o seguinte: Dois exemplares deste serão atribuídos aos melhores comentários feitos a [esta] notícia até às 20h da próxima 2ª-feira.

Actualização (31 Ago 10 / 10h30m): o júri considera que todos os comentários feitos são muito bons. No entanto, obrigado a escolher apenas dois, decidiu-se por Batista (1.º) e 'A39060' (2.º). Ambos têm agora 24h para escreverem para medina.ribeiro@gmail.com, indicando morada para envio dos livros.

Limas & Lima

Por Antunes Ferreira

HÁ UMA ANEDOTA velhinha que mete dois corcundas amigos. Todos os dias juntavam-se para almoçar. E um dia, o primeiro contou ao segundo que vira um anúncio num jornal: «Tiram-se marrecas com limão». E acrescentou que, no dia seguinte, iria à morada indicada para se sujeitar ao tratamento. O segundo olhou-o de alto a baixo e perguntou-lhe se ainda acreditava no Pai Natal. As coisas ficaram assim.

No outro dia, quando se encontraram no restaurante, o segundo quase caiu de pasmo. O primeiro estava direitíssimo, de fato novo, sem qualquer vestígio da bossa, sorridente, impecável, feliz. O ainda marreco não se conteve: ó pá, mas que maravilha! E foi mesmo com limão? E a resposta veio, imediata e concisa, mas um tanto desdenhosa: foi; se calhar, querias que fosse com uma lima de unhas… (...)
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27.8.10

«Correio da Manhã» e Metro de Lisboa
DADO que, com este sentido, risco e perigo têm o mesmo significado, uma pessoa corre risco de vida ou risco de morte?

A mistela do 'eduquês'

Por Guilherme Valente
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1. SÓ HÁ um grande problema em Portugal, todos os outros derivam dele, serão resolvidos por acréscimo: a educação. O nosso défice público maior. No entanto, a solução desse problema fundador foi deixada a um grupo de pessoas de duvidosa formação, chocante insensatez, gritante incapacidade de gestão, desígnio ideológico inconfessável. Durante mais de trinta anos. Sobrevivendo a todas as mudanças de governo. Com uma continuidade como nunca se verificou noutra área governativa. Sem terem sido eleitas. Sem o seu programa ter sido votado pelos Portugueses. Impedindo a construção da escola do conhecimento e da exigência, que redistribuiria a cultura e qualificaria os Portugueses, esse grupo dos «especialistas» controla todo o sistema educativo, das estruturas de poder do Ministério à formação de professores. (...)

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EM AMBAS as imagens se vê uma incorrecção semelhante. No entanto, uma delas é mais do que aceitável, enquanto a outra... nem por isso. De que é que estamos a falar?

26.8.10

Os últimos

Por João Duque

O JORNAL Público publicitou recentemente que, de acordo com a previsão do FMI, Portugal ocupará, em 2015, a pior posição dos últimos 25 anos no ‘ranking’ mundial do PIB per capita.
Apesar do PIB de Portugal ter subido acentuadamente no período, distancia-se cada vez mais do topo da lista e irá ser ultrapassado por vários países, até da União Europeia.
Para muitos isso será um transtorno, uma aflição, uma angústia... Para outros esse é o destino. Para alguns, esse é o desígnio e o objectivo... Ora vejamos.
Essa coisa de ser o primeiro é importante para muitos, mas para alguns o importante é mesmo ser o último. Já diz o povo que os últimos são os primeiros e esse parece ser o que muitos tentam fazer de nós: os últimos. E há vantagens em ser o último! (...)
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Tragédia numa A25 de pacotilha

Por Manuel João Ramos

“UMA VITÓRIA CIVILIZACIONAL DO POVO PORTUGUÊS”. Assim explicava em Janeiro o Ministro da Administração Interna a “redução” do número de mortos nas estradas portuguesas, nos últimos anos. Foi um comentário que me ficou atravessado na garganta, porque sugeria uma revolução nos costumes rodoviários que não aconteceu de facto: se se morre hoje menos nas estradas portuguesas do que há dez anos é porque os consumidores-condutores do norte da Europa têm exigido dos fabricantes vias e veículos mais seguros e nós temos beneficiado com essa exigência, e porque a falta de dinheiro para a gasolina é um eficiente redutor de velocidade (primeira causa de agravamento da sinistralidade). O comentário do ministro tinha assim um duplo travo amargo: de limpeza da memória da catástrofe rodoviária, e de obliteração da responsabilidade do governo em relação a várias áreas-chave para uma efectiva redução do risco rodoviário. (...)

Texto integral [aqui]

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«1248421» - Passatempo-relâmpago

HABITUALMENTE, procura-se que os títulos dos livros a atribuir nos passatempos do Sorumbático estejam relacionados com acontecimentos actuais; e é assim que «O Homem Poderoso» (de M. Spillane) já esteve para aparecer a propósito de Pinto Monteiro, «Sangue e Diamantes» (de H. Howard) a propósito de Naomi Campbell e dos diamantes de sangue, «Ritual da Morte» (de N. Marsh) e «Viagem Sem Regresso» (de H. Howard) a propósito de desastres de viação, «Contra o Fim do Trabalho» (de D. Schnapper) a propósito da subida da idade da reforma, e «A Face Secreta do Crime» (de A. Varatojo) a propósito das leis penais - entre muitos outros, que estão sempre a chegar.

Mas todos eles vão ter de esperar, pois o número indicado no sitemeter aproxima-se, a passos largos, do 1248421, e há que ter em conta a íntima relação entre a Cabala e a numerologia! Assim, o livro cuja capa aqui se vê será enviado a quem se depare com o referido número, faça o print-screen e o envie para medina.ribeiro@gmail.com

Actualização (13h17m): o número saiu ao leitor C. Magalhães.

Luz - Portofino, Itália

Fotografias de António Barreto- APPh

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Era um dia de Primavera. O primeiro Sol apareceu. A maior parte dos presentes vinha de assistir à missa numa igreja ali perto. (1974)

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Botas cardadas ameaçam Lobo Antunes

Por C. Barroco Esperança

O GRUPO militar que ameaçou “ir ao focinho de António Lobo Antunes” e o apelidou de «bandalho» e de «atrasado mental» não merece resposta. É produto da guerra injusta a que a ditadura fascista condenou uma geração, é a voz de quem se envergonha de ter estado do lado errado e teme a divulgação dos crimes de guerra.

Graves são as ameaças ao escritor do coronel piloto-aviador, de nome Morais da Silva, que durante o PREC, dissimulado, nunca se soube de que lado se achava e que, agora, pretende processar o escritor por dizer o que pensa. (...)
Texto integral [aqui]

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25.8.10

Passatempo Calimero de 25 Ago 10


INICIALMENTE, este desafio destina-se apenas aos leitores que não tenham ganho nenhum dos passatempos aqui propostos desde o passado dia 10 até hoje. No entanto, se a resposta demorar a surgir, a participação será alargada.
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O livro cuja capa aqui se vê será atribuído a quem, estando nas condições indicadas, primeiro responder correctamente à seguinte pergunta: porque é que o teor da notícia que se pode ler [aqui] nos faz pensar em matrioskas?

Actualização: a resposta certa já foi dada.

A autoridade

O FACTO de eu ser colega de Mário Lino, e de ambos termos sido colaboradores da Associação de Estudantes, sempre me fez pensar duas vezes antes de escrever algo a criticar o seu trabalho. Exceptuou-se o caso das portagens nas futuras-ex-SCUT, mas aí estou à vontade, pois por duas vezes falei com ele sobre isso, e - embora só da minha parte... - no tom de gozo que o assunto pedia.

Mas, agora, no seguimento dos recentes desastres rodoviários, veio-me à lembrança um pequeno - mas significativo - episódio que tenho de referir:
Quando ele era ministro das Obras Públicas, um daqueles "observatórios" que às vezes nem sabemos que existem fez um levantamento de pontos negros em estradas, referindo locais onde o escoamento das águas é deficiente, criando-se aí acumulações perigosas, nomeadamente em curvas. No seguimento da divulgação desse documento, um jornalista de televisão perguntou-lhe, então, o que tencionava fazer, ao que ele respondeu com palavras que 'jamais' esquecerei: «Não lhes reconheço autoridade para se pronunciarem sobre esse assunto» - e mais não disse.
Enviado por um leitor

Ramos da mesma raiz

Por Baptista-Bastos

JOSÉ Sócrates foi a Mangualde responder ao discurso de Pedro Passos Coelho no Pontal. Ora, como este nada disse, aquele nada adiantou.
(...)
Tanto Sócrates como Passos nada nos dizem. Não possuem back-ground, são produtos do mesmo berço ideológico que se rege pela carência de ideologia; procedem de uma intenção "doutrinária" sem graça, sem imaginação e, sobretudo, sem aquela grandeza que converte a esperança em sonho e o sonho em destino.
(...)
Todos criticamos, de um modo ou de outro, estes senhores, mas eles resultam das nossas inépcias e das deficiências culturais que nos não abandonam. Pontal e Mangualde são ramos da mesma raiz, expressões melancólicas e desventuradas de um país cabisbaixo, desprovido de paixão e de fervor. (...)

Texto integral [aqui]

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24.8.10

Clicar nas imagens, para as ampliar
A INICIATIVA do Sorumbático que se traduziu na colocação de questões ao candidato Manuel Alegre foi referida no «Diário de Notícias» do passado dia 21 e no «Correio da Manhã» de ontem.

Cientistas cidadãos

Por Nuno Crato

UM CASAL norte-americano da pacata cidade de Ames, Iowa, e um alemão que trabalha na universidade Mainz acabam de descobrir uma nova estrela de neutrões. A descoberta tem alguma importância pois essa estrela, um pulsar, tem características pouco comuns. No entanto, nenhum dos três descobridores é astrónomo. Nenhum deles é sequer cientista. O casal norte-americano, Chris e Helen Colvin, trabalha em tecnologias da informação e o alemão, Daniel Gebhardt, é analista de sistemas. O que os três têm em comum é terem computadores à sua disposição e terem aderido a um programa de computação partilhada em que se inscreveram 250 mil voluntários de 192 países. (...)
Texto integral [aqui]

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23.8.10

A pérola e os porcos

Várzea, vila e serra de Sintra
6 Ago 10
10 Ago 10
22 Ago 10
ESTAS fotografias foram tiradas, em 3 dias diferentes, no mesmo local - a dois passos da área de paisagem protegida Sintra-Cascais. Outras podem ver-se [aqui], e testemunham a pertinência da expressão dar pérolas a porcos.
No meio de notícias sobre tiroteios...
Como se pode ver [aqui], o ex-polícia já não está em liberdade...
A quem devemos estas palavras?

Uma questão de cultura

Por A.M.Galopim de Carvalho

DURANTE os trabalhos de feitura dos moldes das pegadas que antecederam a abertura dos túneis de Carenque, íamos almoçar num muito modesto estabelecimento da zona, meio-café, meio-restaurante, onde se comia um saboroso bacalhau com massa de cotovelo e feijão frade, numa confecção muito semelhante a uma muito frequente no rancho no meu tempo de serviço militar, em Artilharia 3, em Évora.

Simples e bom, este prato popular no tempo barato do “fiel amigo”, ficou-me associado ao estudo e à luta pela salvaguarda da importante jazida com pegadas de dinossáurio de Pego Longo, perto daquela localidade e, que, felizmente, se saldou vitoriosa, com a construção dos dois túneis da CREL que hoje lhe passam por baixo. (...)

Texto integral [aqui]

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Peúgas, fatos e morada

Por Ferreira Fernandes

AO QUE SE DIZ, Passos Coelho mora em Massamá. O facto pertence à mesma família de uma fotografia de José Sócrates, adolescente e com fato mal amanhado. Outra referência ainda mais antiga: as meias brancas nos tornozelos dos ministros dos primeiros governos cavaquistas. Minto, este último facto era diferente: o finório semanário Independente assumia-o para criticar a "falta de classe" da gente à volta de Cavaco. Como este acabou por viver mais tempo que o jornal, a pedantice social precaveu-se nas críticas que se seguiram. Ninguém chama suburbano a Passos Coelho ou provinciano a Sócrates abertamente. Quem traz os casos à baila limita-se a abanar com a morada de um e o fato de outro a ver se servem de isca. Como se fato e morada indiciassem um destino. (...)
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22.8.10

Por muito que desagrade aos meus amigos aficionados,
eu torço sempre por "ele"...

Quiromantes e espanholas

Por Alice Vieira

O MEU PAI não veio este fim-de-semana ter connosco a Pedrouços.
Sabe-se agora que anteontem a revolução estava para sair para a rua — e mais uma vez não saiu.
Eu nem falo nestas coisas mas, palavra, estou cheio de medo que aconteça com a república o mesmo que aconteceu naquela história muito antiga, em que um pastor estava sempre na brincadeira a gritar “lobo! lobo!” e, quando apareceu um lobo mesmo a sério, ninguém acreditou.
Um dia a revolução vem mesmo a sério para a rua, a República ganha, e já ninguém acredita - e quando o rei for entrar no palácio já lá está um presidente. (...)
Texto integral [aqui]

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Luz - Porto e Gaia, Ponte D. Luís

Fotografias de António Barreto- APPh

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No tabuleiro superior, ainda circulavam carros. Hoje, só o Metro. No rio, alguns barcos rabelos que já só fazem publicidade ao vinho do Porto. (1990)

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21.8.10

Caso estranho: político unânime!

Por Ferreira Fernandes

DEPOIS da ditadura, os brasileiros votam em presidenciais desde 1989 e, nas cinco eleições, Lula foi sempre candidato (ganhou as duas últimas, 2002 e 2006). Mas nunca ele teve tanto sucesso como desta sexta vez, na campanha que culmina a 3 de Outubro. O que é estranho porque este ano, como se sabe, ele não concorre, por não poder brigar um terceiro mandato seguido. Claro que com ele está Dilma Rousseff, a candidata que ele escolheu e cuja função vai ser aquilo que Lula, esta semana, definiu como o seu próprio futuro: "Eu vou viajar por este país inteiro, ver o que não fiz. Se tiver coisa errada, pego no telefone e ligo para a minha presidenta: olha, tem coisa aqui errada. Pode fazer, minha filha, que eu não consegui fazer." (...)
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NÃO se trata de gralhas em textos de jornal, mas de erros em dois placards comerciais e num AVISO, como se pode confirmar [aqui]. Neste, o Decreto-Lei invocado é ainda referido como Decreto de lei.

A enxaqueca nacional

Por Antunes Ferreira

JÁ SE SABIA, mas agora está confirmado: somos um País com dores de cabeça, ou, ainda pior, com enxaquecas. Que são muito mais complicadas, pois à dor de cabeça, aliam-se as no pescoço ou na zona cervical. Diz quem sabe, particular e obviamente os médicos que são causadas por vasos sanguíneos dilatados. Ora em Portugal o que não falta são vasos dilatados, sanguíneos ou não. Donde, somos um País com enxaquecas.

Mais de um décimo dos portugueses sofre delas e até à data muito se questionava – e muitos – sobre a sua origem. (...)
Texto integral [aqui]

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20.8.10

Adivinhem de quem são...

TÊM sido referidas, com frequência, situações como estas, podendo ver-se, [aqui], um arquivo de imagens semelhantes. Algumas (nomeadamente as da PT) têm sido corrigidas, mas tal não foi o caso destas tampas, que continuam como aqui se documenta.
O livro cuja capa aqui se vê será atribuído a quem primeiro souber dizer 'a quem é que ambas pertencem' (o que está indicado nas placas que se ocultaram)
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Actualização (19h42m): a resposta certa (CML) já foi dada, como se pode confirmar [aqui].

«Dito & Feito»

Por José António Lima

VITALINO Canas, que ficou a assegurar os serviços mínimos do PS na época balnear, apareceu ao país, nas televisões, com ar escandalizado, por Passos Coelho ter sido «tão claro no seu discurso» do Pontal ao «abrir a possibilidade de uma crise política, associada com a não aprovação do Orçamento para 2011». Com voz contristada, Canas lamentou ainda que o líder do PSD tivesse lançado tal heresia «em pleno mês de Agosto», mês que, no entender de Canas, deve estar reservado aos incêndios e às retemperadoras férias dos políticos – excepto alguns desventurados como ele, obrigados a ficar de serviço para responderem com frases ocas e de circunstância a qualquer iniciativa imprevista dos partidos adversários. (...)

Texto integral [aqui]

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Apontamentos de Lisboa

ESTE curioso agradecimento encontra-se na fachada de um prédio da Rua da Vitória, junto à porta de um estabelecimento comercial encerrado. Não consegui que ninguém me esclarecesse acerca dele...

19.8.10

Os rapazinhos andróginos

Por Maria Filomena Mónica

O MUNDO está a ficar bissexual. Se não acreditam, peguem na última GQ e olhem o anúncio da Calvin Klein, com aquele rapazinho de cabelo grisalho-platinado ou o da Daniele Alessandrini, no qual são fotografados jovens do sexo masculino: concentrem-se no rapaz loiro, de cabelo aparado como se fosse uma menina, e notem a maneira como se apresenta. Estas coisas não acontecem por acaso.

A valorização da juventude é antiga. Quando as sociedades são machistas, como é o caso de Portugal, isto dá origem a casamentos entre seres de idade diferente, com o homem a figurar no papel de conjugue idoso, ao lado de uma rapariguinha desejável e fértil. (...)

Texto integral [aqui]

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TERMINOU, há momentos, o passatempo cujo prémio será (pelo menos...) um exemplar deste livro - ver [aqui]. A solução já pode ser vista [aqui].



Luz - Port Meadow, Oxford

Fotografias de António Barreto- APPh

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É um enorme baldio, cerca de 400 hectares, uma “terra comum”, oferecida pelo Rei ao povo de Oxford há mais de 700 anos, com a condição de nada lá se construir e de servir para as pessoas e os animais da cidade e da região. Sete séculos depois, ainda lá está. Sem construções. Sem patos bravos. Limpo e cuidado. Visitado por milhares de habitantes durante todo ano. Ali se estuda, corre, anda de bicicleta, se faz correr os cães, se alimenta as vacas e as ovelhas, se anda de barco, se namora, se procura a solidão e se bebem cervejas... (1998)

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Deferência e cumplicidade com as crenças

Por C. Barroco Esperança

NENHUM credo tem o monopólio da violência e da crueldade, mas só a repressão política sobre as crenças irracionais, que a fé perpetua, conseguiu erradicar o tormento que a «vontade divina» infligiu, desde sempre, aos povos dominados pelo clero das diversas religiões.

Não foi a bondade das crenças ou a dos seus zeladores que contribuiu para abolir o esclavagismo, a tortura, a pena de morte, a discriminação da mulher, os autos-de-fé e muitas outras tradições que causaram indizível sofrimento ao longo dos séculos. (...)
Texto integral [aqui]

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18.8.10

O 'SORUMBÁTICO' acaba de receber as respostas de Manuel Alegre às perguntas que lhe foram colocadas por Catarina, 'Mg', Florêncio, R. da Cunha, 'Bravomike' e Diogo. Podem ser lidas e comentadas [aqui].

Aqui ficam, também, os nossos melhores agradecimentos
, quer ao candidato, quer a Helena Roseta - sem a qual esta iniciativa não teria sido possível.