22.10.06

A SENHORA DA ÁGUA

É DE REGISTAR o facto de este filme estar a fazer tanto sucesso quando, manifestamente, foi feito com "meia-dúzia de tostões" - tudo se passa num espaço muito reduzido, com uma economia de meios espantosa e tem poucos (ou nenhuns) efeitos especiais.
Um médico com a sua vida destruída (por lhe terem assassinado a mulher e os filhos) vai trabalhar como faz-tudo num condomínio de classe-média-baixa.
No meio do jardim há uma piscina de onde, a certa altura, sai uma ninfa com tendências cleptomaníacas (?!).
A partir daí, toda a história gira em torno de um problema: como fazê-la voltar para onde veio?
Vem a saber-se que a solução está numa velha história oriental que é preciso descobrir e descodificar - e aí entra uma condómina chinesa que a conhece mas que, além de antipática, não fala inglês...
No início do filme, antes mesmo de começarem as imagens reais, há uma tosca animação onde são dadas indicações importantes para se perceber o filme.
Se alguém o quiser discutir aqui, força!

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Como diriam os do "Gato Fedorento":

- E tem gajas "bouas"?

A resposta é:

- Não, não tem nem uma! Mesmo a ninfa (a personagem principal) tem cara de enjoada.

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A legendagem está cheia de gralhas no que toca à velha confusão entre os «porque» e os «por que»

22 de outubro de 2006 às 22:41  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

De facto, o filme não tem «gajas boas» (pelo menos, pelos padrões cinematográficos habituais).
As personagens também fogem ao habitual:

Além da principal, que é tudo menos um "herói", temos:

Um crítico de cinema que diz que as histórias são todas iguais, pelo que pode dizer tudo o que vai suceder.

Uma chinesa antipática que sabe o futuro mas só fala inglês; e a filha que, a pouco e pouco, vai traduzindo.

Um ex-militar (?), que passa a vida a seguir pela TV a guerra do Iraque (na altura, está a dar a intervenção em Faluja)

Um culturista original, que só exercita o corpo de um lado.

Um perito em palavras-cruzadas que, sendo bom para charadas, tenta dar uma ajuda.

O filho deste, que procura ler o futuro nas histórias das caixas de corn-flakes - mas lê com erros.

Um indiano, que anda a escrever um livro sobre política, mas que terá um título relacionado com culinária.

E por aí fora.

No fim, o salvador da situação acaba por ser o mais improvável...

23 de outubro de 2006 às 11:35  
Anonymous Anónimo said...

O filme vê-se bem, é curioso e original. E chega a ter muito humor.

Embora eu não fosse muito capaz de o ir ver novamente, gostei.

23 de outubro de 2006 às 21:34  
Anonymous Anónimo said...

Embora não querendo aqui revelar o fim, apenas comento que não esperava nada que o salvador da história fosse aquele grande foleirão!

23 de outubro de 2006 às 21:36  

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