15.9.08

“Mamma Mia”

Por Joaquim Letria

QUANDO ERA ADOLESCENTE a minha família queria ver a Cid Charisse, a Ginger Rogers, o Fred Astaire, a Esther Williams e eu queria a Silvana Mangano, a Anna Magnani, o Vittorio Gassmann. O meu avô dizia-me: “Oh filho, para chatice já basta a vida!”. E eu zangava-me!

Pois hoje venho fazer a apologia dum filme recomendável a adolescentes e idosos, segundo verifiquei pela frequência da sala repleta de gente feliz onde o vi.

Refiro-me a “Mamma Mia”. Não via Meryl Streep a cantar como ela sabe desde “Postcards from the edge”. Nunca achara graça a Pierce Brosnan em nenhuma história de John Le Carré ou de Ian Fleming, e ele foi sempre impecável, nunca liguei aos “Abba”. Pois bem, juntem tudo isto e vão ao cinema. São duas horas sem pensar em filhos da mãe, nas leis do Sócrates, no “car jacking”, nos tribunais, nas taxas de juro, no desemprego dos filhos, e sorrimos sem ter de ouvir piadas ordinárias. O meu avô tinha razão: para chatice basta a vida!
«24 Horas» de 15 de Setembro de 2008

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8 Comments:

Blogger cristina said...

Absolutamente de acordo.
Imensa graça, soft qb, excelentes desempenhos e uma imensa vontade de dançar (que ficou por um abanar irresistível na cadeira e um trautear que percebi colectivo).

15 de setembro de 2008 às 13:07  
Blogger Pedro Tomás said...

Não gosto normalmente de musicais, mas confesso que o filme é mesmo muito bom. E se ficarem mesmo até ao fim ainda vêem duas músicas com uma coreografia e guarda-roupa hilariantes.

5 estrelas!

15 de setembro de 2008 às 14:24  
Blogger Joaquim Letria said...

Cristina:
Obrigado pela concordância...
Cumprimentos.

________

Pedro Tomás:

Obg por se manifestar concordando comigo.Pode ser triste dizer isto, mas foi o melhor momento dos últimos meses da minha vida.

Cumprimentos

15 de setembro de 2008 às 21:20  
Blogger Táxi Pluvioso said...

Mau muito mau. Um caso de moviejacking.

16 de setembro de 2008 às 07:16  
Blogger CNS said...

E não será isso mais um aspecto fascinante do cinema? A capacidade de nos aligeirar o quotodiano, dando-lhe um sorriso mais solto?

17 de setembro de 2008 às 12:24  
Blogger Blondewithaphd said...

Hei-de ir, hei-de ir! Já o musical nos deixa suspensos no tempo (como, aliás, qualquer música dos ABBA!). Até parece fácil ser feliz, não é?

17 de setembro de 2008 às 17:16  
Blogger Joaquim Letria said...

CNS,

Claro que é!
Num sentido ou no outro!
Um fascínio único!

Obg.jl

17 de setembro de 2008 às 18:15  
Blogger ulisses said...

subscrevo o post. É alto-astral, o filme.

m&m

17 de setembro de 2008 às 23:34  

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