3.4.06

Marketing e trafulhice

DEVEM ter percebido que a viagem do ministro dos Negócios Estrangeiros ao Canadá foi puro marketing. De resto, o ministro limitou-se a concordar com o seu homólogo canadiano, ao ficar ciente dos factos. O que aconteceria se tem exigido alguns telegramas ao embaixador português em Ottawa ou, para não perder o show-off, se tem chamado ao ministério, para explicações, o embaixador do Canadá em Lisboa. Além de sair muito mais barato, nisto da diplomacia ainda há uma tabela de gestos e uma escala de valores.
Para além das pequenas percentagens de portugueses deportados ao longo dos anos que teve de engolir, Freitas do Amaral teve de concordar que as perseguições políticas em Portugal ainda não fazem mais ninguém fugir parao estrangeiro além de Guterres e Barroso, dois patrícios que até estão legais e a tratarem muito bem da vidinha.
Quanto ao resto, talvez o MNE possa resolver, convertendo alguns tachos junto de algumas embaixadas em úteis conselheiros que apoiem e convençam os nossos compatriotas a não se armarem em chicos espertos, a não se explorarem uns aos outros e a saberem que sai caro embarcarem em trafulhices.

2 Comments:

Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Foi penoso ouvir Freitas do Amaral, em directo, numa rua do Canadá, a dizer que tinha ido ao engano pois, afinal, estava mal informado...

A culpa disso suceder era dos emigrantes expulsos e (já cá faltava!) da Comunicação Social!

E estas barbaridades foram ditas com a pose-de-estado de que tanto gosta e a que já nos habituou...

Lamentável.

3 de abril de 2006 às 11:36  
Anonymous Anónimo said...

Eu ouvi e fiquei perplexo quando o nosso ministro disse tão simples quanto isto....:
Quem está legal fica quem não está legal não fica, como o outro dizia, cabecinhas pensadoras!!!!....

3 de abril de 2006 às 14:41  

Enviar um comentário

<< Home