28.4.06

O original e a cópia

MUITA gente acha que o PS de Sócrates está a tirar espaço político à direita porque está a fazer o que ela faria se pudesse e tivesse coragem para tanto - constatação essa que choca com a ideia-feita de que «se temos o original, para quê uma cópia?»; ou seja: se há partidos MESMO de direita, porque é que havemos de apoiar uma imitação?
Mas o certo é que esse argumento só era válido nos tempos em que o marketing quase não existia. Hoje em dia, um bom embrulho (e Sócrates tem muito mais pinta do que Marques Mendes ou Ribeiro e Castro) é meio caminho andado.
Entretanto, palpita-me que os embrulhados vamos sendo nós...

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

O palpite pode passar a certeza...

28 de abril de 2006 às 13:02  
Blogger Alien David Sousa said...

Parece que o povo gostou do simplex.

28 de abril de 2006 às 14:57  
Anonymous Anónimo said...

É impressão minha, ou as charges de Rafael Bordalo Pinheiro nunca tinham assentado tão bem à realidade desde a época em que o genial criador as concebeu?

Jorge Carvalho
Lisboa

28 de abril de 2006 às 19:44  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Jorge Carvalho,

Umas vezes como comédia, outras como drama, a História repete-se frequentemente.

"As Farpas", "O Conde de Abranhos" ou "A Queda dum Anjo" ... parecem escritos ontem à tarde.

Na mesma linha "de textos que parecem de hoje", já se publicaram neste blogue várias crónicas de "O Comércio do Porto" com mais de 100 anos.

Rafael Bordalo Pinheiro tem, em relação aos referidos, a "mais-valia" do desenho (tal como, aliás, Stuart de Carvalhais)

28 de abril de 2006 às 19:54  

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