A QUADRATURA DO CIRCO
Adivinha
Por Pedro Barroso
LEVANTADA A POLÉMICA sobre o ex futuro talvez quase engenheiro, e da crise de valores que tudo isto determina, gostaria de levantar hoje de novo o esplendor de Portugal. Por entre a bruma da memória.
Eu disse isto assim? Peço perdão. Más influências; ando a ver demasiados cartazes do Partido Nacionalista, está visto…
O que quereria dizer seria, talvez, que me proponho abordar, uma vez mais, um tema quente que parece perturbar esta nação à beira-mar plantada.
E espero que, ao levantar esta opinião – que sei e desejo contraditória – isso desperte egrégios avós e heróis do mar às armas da pena do raciocínio, que é o sítio onde devíamos ter o entendimento. Em vez do sítio da carteira, onde as ideias ficam perturbadas pelo volume – ou não – doutros mais prosaicos sentimentos.
E quanto a brumas, nada de enganos – há que erradicar, de todo, brumas deste aporte. Sobretudo porque vou falar de Aeroportos. Isto é, vou andar sobre a terra e sobre o mar.
Serei, de resto, desta vez, muito racional. O que me chateia enormemente. Não era a minha vontade nem é a minha vocação.
Não há nada de poético nem de subjectivo nesta análise. Por isso passarei a apresentá-la, talvez, sob a forma de adivinha.
Uma espécie de adivinha de razões pois a solução é dada à cabeça.
Então aqui vai.
Saberão os portugueses que já existe um Aeroporto que:
1-É o mais central do país?
2-Que melhor potenciaria o desenvolvimento e acessibilidade directa tanto para o litoral centro, como para o interior?
3-A uma hora de Lisboa (120 km) Évora (130 km) e Coimbra (125 km); mas ainda mais perto de Santarém (50 km), Castelo Branco (97 km), Portalegre (92 km) Leiria (60 km) e a 45 km de Fátima, o pólo turístico mais visitado de Portugal quer se goste, quer não…?
4-Que é quase geometricamente central em relação ao espaço do continente?
5-Que não obrigaria a gastos de aquisições e loteamentos, pois já é propriedade do Estado?
6-Que já sendo actualmente aeroporto, possui direitos, estudos, estatísticas meteorológicas, cartas de voo já instituídos; bem como pistas, safeways, torres de controlo, terraplanagens feitas, etc.?
7-Que tem terrenos mais do que suficientes no seu complexo militar para um enorme aeroporto civil?
8-Que tem óptima visibilidade e poucos dias de nevoeiro por ano e não está em zona de ventos fortes nem perigosos?
9-Que ficaria “10000” vezes mais barato que a nova Ota?
10-Que faria a junção múltipla com A1, terminais ferroviários e futuro TGV – devido a proximidade do Entroncamento (18 km!...), onde se prevê a grande conexão interface central do país?
Note-se ainda, já agora, que:
Este aeroporto está implantado no Vale do Tejo, num conjunto de grandes belezas naturais e patrimoniais de referência nacional (Castelos do Almourol, Belver, Porto de Mós, Leiria, Alcanede, Torres Novas, Abrantes, Penela…; pertíssimo de Tomar, capital templária, com o seu Castelo e o Convento de Cristo; relativamente perto da Batalha e de seu Mosteiro; Alcobaça idem; toda a velha Santarém e sua monumentalidade. Enfim, possui uma situação que poderia constituir-se como uma entourage de charme e de beleza aos visitantes, em itinerários novos e de grande potencialidade turística, além de propulsionarem o desenvolvimento do tal interior ostracizado...?
Além das muito próximas Fátima – capital religiosa do país e seus milhares de peregrinos – e Golegã, capital nacional do cavalo, que atrai turistas aficionados de todo o mundo - outras proximidades mais relativas não são despiciendas, como da Extremadura espanhola (passaria a ser o seu mais próximo aeroporto, até ver), da Serra da Estrela, etc.
Esse aeroporto existe. Em Tancos.
Agora… se puder tente adivinhar porque não se usa essa hipótese?!
Resposta: é que aí não seria necessário comprar terrenos! Nem atribuir loteamentos! Nem pagar indemnizações, etc.!!!!!
Ora bem!... Já todos sabem os grandes argumentos da Ota. A persistência autista do Governo, contra quase toda a gente, em insistir nessa opção. Falam-nos das grandes decisões nacionais, das grandes opções institucionais em proveito da Nação, dos estudos já realizados, da proximidade da capital, etc.
Mas, reflectindo sobre tudo isto, apetece perguntar:
O novo Aeroporto não será mais que um negócio de especulação gigantesco? Um lucro de triliões?
Eu disse isto assim? Peço perdão. Más influências; ando a ver demasiados cartazes do Partido Nacionalista, está visto…
O que quereria dizer seria, talvez, que me proponho abordar, uma vez mais, um tema quente que parece perturbar esta nação à beira-mar plantada.
E espero que, ao levantar esta opinião – que sei e desejo contraditória – isso desperte egrégios avós e heróis do mar às armas da pena do raciocínio, que é o sítio onde devíamos ter o entendimento. Em vez do sítio da carteira, onde as ideias ficam perturbadas pelo volume – ou não – doutros mais prosaicos sentimentos.
E quanto a brumas, nada de enganos – há que erradicar, de todo, brumas deste aporte. Sobretudo porque vou falar de Aeroportos. Isto é, vou andar sobre a terra e sobre o mar.
Serei, de resto, desta vez, muito racional. O que me chateia enormemente. Não era a minha vontade nem é a minha vocação.
Não há nada de poético nem de subjectivo nesta análise. Por isso passarei a apresentá-la, talvez, sob a forma de adivinha.
Uma espécie de adivinha de razões pois a solução é dada à cabeça.
Então aqui vai.
Saberão os portugueses que já existe um Aeroporto que:
1-É o mais central do país?
2-Que melhor potenciaria o desenvolvimento e acessibilidade directa tanto para o litoral centro, como para o interior?
3-A uma hora de Lisboa (120 km) Évora (130 km) e Coimbra (125 km); mas ainda mais perto de Santarém (50 km), Castelo Branco (97 km), Portalegre (92 km) Leiria (60 km) e a 45 km de Fátima, o pólo turístico mais visitado de Portugal quer se goste, quer não…?
4-Que é quase geometricamente central em relação ao espaço do continente?
5-Que não obrigaria a gastos de aquisições e loteamentos, pois já é propriedade do Estado?
6-Que já sendo actualmente aeroporto, possui direitos, estudos, estatísticas meteorológicas, cartas de voo já instituídos; bem como pistas, safeways, torres de controlo, terraplanagens feitas, etc.?
7-Que tem terrenos mais do que suficientes no seu complexo militar para um enorme aeroporto civil?
8-Que tem óptima visibilidade e poucos dias de nevoeiro por ano e não está em zona de ventos fortes nem perigosos?
9-Que ficaria “10000” vezes mais barato que a nova Ota?
10-Que faria a junção múltipla com A1, terminais ferroviários e futuro TGV – devido a proximidade do Entroncamento (18 km!...), onde se prevê a grande conexão interface central do país?
Note-se ainda, já agora, que:
Este aeroporto está implantado no Vale do Tejo, num conjunto de grandes belezas naturais e patrimoniais de referência nacional (Castelos do Almourol, Belver, Porto de Mós, Leiria, Alcanede, Torres Novas, Abrantes, Penela…; pertíssimo de Tomar, capital templária, com o seu Castelo e o Convento de Cristo; relativamente perto da Batalha e de seu Mosteiro; Alcobaça idem; toda a velha Santarém e sua monumentalidade. Enfim, possui uma situação que poderia constituir-se como uma entourage de charme e de beleza aos visitantes, em itinerários novos e de grande potencialidade turística, além de propulsionarem o desenvolvimento do tal interior ostracizado...?
Além das muito próximas Fátima – capital religiosa do país e seus milhares de peregrinos – e Golegã, capital nacional do cavalo, que atrai turistas aficionados de todo o mundo - outras proximidades mais relativas não são despiciendas, como da Extremadura espanhola (passaria a ser o seu mais próximo aeroporto, até ver), da Serra da Estrela, etc.
Esse aeroporto existe. Em Tancos.
Agora… se puder tente adivinhar porque não se usa essa hipótese?!
Resposta: é que aí não seria necessário comprar terrenos! Nem atribuir loteamentos! Nem pagar indemnizações, etc.!!!!!
Ora bem!... Já todos sabem os grandes argumentos da Ota. A persistência autista do Governo, contra quase toda a gente, em insistir nessa opção. Falam-nos das grandes decisões nacionais, das grandes opções institucionais em proveito da Nação, dos estudos já realizados, da proximidade da capital, etc.
Mas, reflectindo sobre tudo isto, apetece perguntar:
O novo Aeroporto não será mais que um negócio de especulação gigantesco? Um lucro de triliões?
Etiquetas: PB
6 Comments:
Fico preocupado quando o Governo começa a actuar como os três macacos, não vê, não ouve e nada diz. Esta cegueira não augura nada de bom, se querem cometer suicídio politico, por favor, mas não levem o país comtribuinte com eles.
... e aves? Iniciem os estudos imediatamente!... É uma boa ideia. Um aeroporto para o país em vez de um aeroporto para Lisboa.
A QUESTÃO É QUE OS TERRENOS DA PORTELA E DA OTA JÁ ESTÃO A VOAR
se fosse transformar o santuário de Fátima ainda concordava...assim, é mais areia para encravar a discussão. Ota não. Fátima sim!
o CCB também deu bronca...e hoje todos gostam de lá ir consumir cultura, a Expo não abria, o caminho para a Índia...não seria, nesta história da (bat)Ota, 90 % das pessoas que falam não percebem nada do assunto...é pena. Agora quero ver que argumentos se utiliza contra esta proposta de criar um grande parque na Portela. Força Costa, chega de politiquices, está na hora de política a sério (pelo menos, acreditemos)
"Tancos" ?!!! Sim, óptima idéia! Mas caso seja incompatível com a estratégia militar, há uma alternativa ali a poucos quilómetros de distância, onde se situa a pista das Moitas! Aquilo sim, fica mesmo no centro geodésico de Portugal! Não há inconvenientes ambientalistas porque a maior mancha de pinheiro bravo da europa que por ali se situava já ardeu. Não há pressão urbanística porque nem com as tentativas de importar brasileiros se conseguiu povoar o interior! Havia algumas escolas espalhadas pela zona!...Isso sim, poderia ser um obstáculo à circulação dos aviões, mas, também esse "problema" foi antecipadamente resolvido com o sucessivo encerramento das escolas, no interior do país!!!
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