Preocupante (cont.)
http://doportugalprofundo.blogspot.com/
COMO JÁ SE REFERIU, em finais de Fevereiro de 2005 questionei [aqui] se José Sócrates era, de facto, engenheiro - pergunta essa sem segundas intenções, pois apenas se me afigurava interessante ter novamente um colega como primeiro-ministro, como já sucedera com António Guterres. Nesse seguimento, um leitor esclareceu que a questão estava a ser abordada no blogue DO PORTUGAL PROFUNDO, cujo endereço indiquei no mesmo post - e não pensei muito mais no assunto.
No entanto, quando, recentemente, o tema passou para as primeiras páginas, voltei a esse blogue e comecei a acompanhá-lo com frequência.
Naturalmente, não li tudo o que António Balbino Caldeira escreveu nos últimos 28 meses mas, no que toca aos posts mais recentes, posso garantir que os textos se dividem apenas em dois tipos:
Os que divulgam factos que são do domínio público, e os que colocam questões pertinentes.
Assim, e apesar de não o conhecer pessoalmente, ofereci-me hoje mesmo como testemunha de defesa do seu autor.
NOTA: além de testemunha, posso ser consultado pelo tribunal como perito, pois sou engenheiro desde 1970 (e membro da respectiva Ordem) e sinto-me habilitado a pronunciar-me acerca de todos os tipos de engenheiros: os verdadeiros, os falsos e os flutuantes.
Etiquetas: CMR
12 Comments:
MAS O QUE É ISTO, Ó GENTE DO PS?!
PARA ONDE É QUE VAMOS?!
ESTÁ TUDO DOIDO????!!!
Sim, parece que ESTÁ TUDO DOIDO, e ninguém é internado.
«Actualização pelas 13:30 de 20-6-2007:
Há pouco, num furo de Carlos Rodrigues Lima, o Expresso Online revelou que "José Sócrates apresentou uma queixa-crime contra o blogger António Balbino Caldeira devido ao conjunto de textos que este professor de Alcobaça escreveu" sobre o Dossier (utilização do título de engenheiro e percurso académico do primeiro-ministro)».
Compreendia-se que, eventualmente, responsabilizassem o autor por alguns comentários colocados por leitores. Não sei se isso poderia suceder.
Mas, no que toca aos textos da autoria exclusiva de A.B. Caldeira, eu sou capaz de assinar por baixo todos os que, ultimamente, li.
Um dia destes, uma pessoa amiga escreveu-me a perguntar se eu costumava ler determinados jornais, que enumerou, e explicou o "porquê" da pergunta: tinha-lhes enviado uma "Carta ao Director", e queria saber se (e quando) a publicavam.
Respondi-lhe, então, que no que tocava aos que eu costumava ler, ficasse descansada, pois não deixaria de a prevenir.
No entanto, faltava um pormenor importante: a carta não estava assinada em seu nome, mas sim com um pseudónimo pois, trabalhando na Função Pública, temia represálias!
Na altura indignei-me, mas não disse nada.
Até que, por fim, a carta foi publicada. Nela, pouco ou nada vi de considerações pessoais - essencialmente, é um enumerar de factos que, tanto quanto sei (por se tratar de pessoa que conheço de perto) são 100% verdadeiros.
Apeteceu-me, então, ao olhar de novo para aquele pseudónimo (que é, pelo simples facto de ter sido considerado necessário, uma confissão de impotência cívica), atirar com o jornal para o lixo.
Mas não o fiz. Guardei-o na mesma pasta onde arquivei as fotocópias que em tempos pedi, na Torre do Tombo, que documentam a repressão da PIDE/DGS - e onde, por sinal, já tinha metido um print do Despacho de Acusação ao Professor Fernando Charrua.
O fascismo é uma minhoca
Que se infiltra na maçã
Ou vem com botas cardadas
Ou com pezinhos de lã...
(Sérgio Godinho, cada vez mais actual)
Ao contrário do que muita gente pensa, a minhoca não entra na maçã.
Os ovos são colocados ainda na flor, a larva (minhoca) nasce no interior do fruto, e depois sai.
Assim, quando se vê um furo na casca da maçã, isso significa que a minhoca já saiu (e não que entrou por ali).
VARIAÇÕES SOBRE O POEMA POUCO ORIGINAL DO MEDO
de Alexandre O’Neill
Os ratos invadiram a cidade
povoaram as casas os ratos roeram
o coração das gentes.
Cada homem traz um rato na alma.
Na rua os ratos roeram a vida.
É proibido não ser rato.
Canto na toca. E sou um homem.
Os ratos não tiveram tempo de roer-me
os ratos não podem roer um homem
que grita não aos ratos.
Encho a toca de sol.
(Cá fora os ratos roeram o sol).
Encho a toca de luar.
(Cá fora os ratos roeram a lua).
Encho a toca de amor.
(Cá fora os ratos roeram o amor).
Na toca que já foi dos ratos cantam
os homens que não chiam. E cantando
a toca enche-se de sol.
(O pouco sol que os ratos não roeram).
Manuel Alegre
Bravo!
Conheço muitos militantes do PS profundamente incomodados com tudo isto. Mas o mais que se lhes "arranca" é uma declaração chocha de que "aguardam serenamente o resultado do inquérito".
Não será "serenidade" a mais num caso como este?
flutuantes?
Sim, estava só à espera que alguém perguntasse...
Um engenheiro falso é, pura e simplesmente, um charlatão.
Mas um flutuante é mais fluido:
Hoje diz que é... amanhã reconhece que, afinal, não é... para os amigos é como se fosse...
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