21.7.07
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5 Comments:
Numa qualquer praia lusitana onde haja estrangeiros, repare-se que mais de metade deles está a ler livros (ou tem-nos ao lado).
Repare-se, depois, nos portugueses:
Raríssimo é o que está a ler um livro. Dos outros, e dos poucos que lêem alguma coisa, estão com revistas de fofocas (elas) ou com jornais "desportivos" (eles)...
Atenção ao que está a suceder com a revista satírica El Jueves (http://www.eljueves.es/) , um outro problema de caricaturas.
Vai ainda dar muito que falar.
Estão todos convidados a comparecer na Moita (Praia do Rosário), no dia 15 de Agosto de 2007, para embarcar connosco na «Regata Atlântico Azul». Seguida de almoçarada ribatejana no Seixal, oferecida pelo Ecomuseu Mucipal do Seixal, com bacalhau oferecido pela Riberalves, entre outras iguarias!!! Marquem já na agenda. É feriado.
Comentário a um "post" publicado no blogue «Do Portugal Profundo» a propósito do caos do trânsito:
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Sendo eu uma vítima do estacionamento selvagem (os grunhos bloqueiam-me o passeio mesmo quando - aos domingos, p.ex. - há lugares gratuitos e com fartura à volta...) resolvi encarar o problema com humor, e passei a fazer assim:
Quando me dizem que vem aí um novo Código da Estrada (ou um novo regulamento que vai meter essa tropa na ordem), vou até lá, tiro umas fotos, e arquivo-as.
Depois, quando entram em vigor as novas disposições, vou aos mesmos sítios e fotografo outra vez.
Ao fim de alguns dias, divulgo todas as imagens (com as matrículas apagadas, claro) e convido as pessoas a adivinhar quais são as "antigas" e quais são as "modernas"...
A menos que figure nas imagens algum modelo acabado de sair, as pessoas só acertam por acaso.
Mas o pior é que já nem eu mesmo as sei identificar, de tal forma são semelhantes...
Imbatíveis, pelo ridículo, são as fotos que tiro junto à Assembleia Municipal de Lisboa, mesmo ao lado de um parque subterrâneo com 636 lugares, às moscas, e "guarnecido" por agentes da Polícia Municipal...
O facto de António Costa vir agora dizer que vai meter o estacionamento na ordem, faz-me rir - pois, como Ministro da Administração Interna, não consta que tenha feito nada por isso.
E se, em Lisboa, a DT da PSP ainda se pode desculpar com a P. Municipal (e, mais recentemente, com a EMEL), basta ir a uma terra como Lagos para ver de quem é a responsabilidade pelo caos.
Entretanto, já fui actualizando o meu arquivo para, daqui a algum tempo, ver as diferenças...
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CMR
Saborosa crónica de Ferreira Fernandes no «DN» de hoje, domingo:
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El Jueves (traduzido: A Quinta-Feira) é uma revista espanhola de humor que tem por cima do título esta frase: "Sai à quarta". Esta semana, na sexta, El Jueves, que sai à quarta, foi sequestrada pelas autoridades. Andaram de quiosque em quiosque a caçar as revistas e metê-las nos furgões da polícia.
Na capa de El Jueves, junto ao título, está sempre um bobo. Para dar o efeito que Herman José fazia com uma bola de basquetebol inexistente. Herman contava uma piada e - não fosse não perceberem que ele estava a gozar - rodava as mãos na imaginária bola. El Jueves tem o bobo e tem o aviso de que sai em dia contraditório com o título. El Jueves farta-se de avisar que não deve ser tomado a sério.
Os bobos das cortes tinham chapéus bizarros e guizos. É outra vez a história da bola de basquetebol. Todas as profissões precisam de doses de suor e de talento, mais uma, menos outra, mas sempre essas. Os humoristas precisam também de doses maciças de avisos. E mesmo estes não os livram de sequestros.
O primeiro-ministro Zapatero teve a boa ideia de dar 2500 euros a cada casal espanhol que tenha um filho. Para ilustrar a coisa, os desenhadores de El Jueves matutaram: em quem se pensa quando se fala de casal e de filhos em Espanha? Isso, no príncipe Felipe e D. Letizia. Que até tinham aparecido recentemente em tudo o que são revistas sérias (estou a lembrar-me da Hola!) no íntimo baptizado do último rebento.
El Jueves, que não é séria, pegou no príncipe e na princesa e caricaturou-os a defender a ideia de multiplicar espanhóis. E, talvez para não chocar convicções religiosas de ninguém, juntou-os, ao príncipe e princesa, não na posição do missionário, mas na dos ímpios dos Mares do Sul. Ela de cócoras, ele por trás, enfim. E dizia o príncipe à princesa: "Dás-te conta? Se te engravidar, isto vai ser o mais parecido com trabalho que já tive na vida..."
Como mensagem, cinco estrelas. Enterneceu-me a coabitação - não a dos príncipes entre si, mas deles com o governante socialista, prova da unidade de Espanha. Mais, mesmo republicano, comovi-me com a sugestão de que 2500 euros sabem tão bem a plebeus como a altezas. Sim, achei o desenho ordinarote - mas não é esse o estilo dos bobos? Quando quero arte séria vou à colecção Berardo.
O procurador-geral lá do sítio, porém, abespinhou-se. Mandou, como já disse, a polícia sequestrar a revista, vistoriar os quiosques, abafar o caso. Abafar o caso! Eu, que não frequento El Jueves, vi aquela capa em quase todos os jornais espanhóis. Na edição online de El Mundo, ontem, sobre a foto do tal procurador, que defendia a sua indignação, estava a tal cópula real, em foto, e um convite: "Ampliar foto."
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