«O Capitalismo Total» - Prefácio
Por Alfredo Barroso
O CAPITALISMO TOTAL é a expressão do domínio absoluto do capitalismo financeiro sobre a economia real, a sociedade civil e o Estado, obedecendo a um único propósito, que se sobrepõe a todos os outros: o enriquecimento dos accionistas e dos gestores que os servem, segundo normas de rentabilidade excessivas e, a prazo, insustentáveis.
Assim como «as árvores nunca crescem até ao céu», também não se vê como os mercados bolsistas poderão continuar a crescer a taxas quatro a cinco vezes superiores às taxas de crescimento anuais das economias ocidentais. Como salienta o autor deste livro, se tal acontecesse, «os lucros tomariam conta, pouco a pouco, de todos os lugares disponíveis para não deixarem nenhum aos rendimentos do trabalho». Ou seja, «a prazo, o capital seria o único factor de produção a ser remunerado». O que seria absurdo.
Os efeitos do capitalismo financeiro, motor de uma globalização sem regras, sem freios e sem contrapoderes dignos desse nome, são devastadores: total desvalorização, fragmentação e precarização do trabalho; diminuição progressiva do poder de compra dos salários; deslocalizações, subinvestimento e desemprego; fusões e concentrações, sem outro critério que não seja o do aumento da rentabilidade através da diminuição dos encargos sociais; desmantelamento dos serviços públicos e dilapidação do Estado.
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Texto integral [aqui] - Este e outros textos do mesmo autor estão também no seu blogue Traço Grosso.
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1 Comments:
De leitura obrigatória, se não o livro, pelo menos o artigo.
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