O último cartuxo de Blair
Por Joaquim Letria
TONY BLAIR joga na Europa o seu último cartuxo. Partida decisiva que escreverá a última página que a História lhe dedicará. Depois da aprovação do Tratado de Lisboa, Blair vai disputar o título de Mr. Europa, presidente da União Europeia, o número de telefone que Kissinger procurava em vão.
Para Blair pode ser o fechar dum ciclo em que falhou muitas coisas, entre elas a de levar o Reino Unido para o seio da Europa. De resto, Blair não será certamente recordado como inventor do novo Labour. Blair pode vir a ser recordado como o “caniche” de W. Bush, o político europeu que melhor serviu os americanos no Iraque e Afeganistão. Escorraçado de Downing Street, enviado do quarteto para o médio oriente, pode ser apenas o exemplo de como acumular contas e gastar inutilmente o dinheiro dos patrocinadores, sem o mais pequeno resultado.
Blair poderia ter personificado uma certa Europa transatlântica, ou uma euroamérica folclórica, católica e evangélica, igrejas donde saiu e entrou, agora católico pintado de fresco. Mas não vai ser nada, mesmo com a sua antecipação em fora de jogo. Ângela Merkel é mais séria e oferece mais garantias do que Blair e o Labour, que ajudou a atirar para a actual humilhação de Brown. A Europa precisa dum rosto definido, como o de Ângela Merkel. Não de um pastel de massa tenra como o de Tony Blair, o valete da família Bush.
TONY BLAIR joga na Europa o seu último cartuxo. Partida decisiva que escreverá a última página que a História lhe dedicará. Depois da aprovação do Tratado de Lisboa, Blair vai disputar o título de Mr. Europa, presidente da União Europeia, o número de telefone que Kissinger procurava em vão.
Para Blair pode ser o fechar dum ciclo em que falhou muitas coisas, entre elas a de levar o Reino Unido para o seio da Europa. De resto, Blair não será certamente recordado como inventor do novo Labour. Blair pode vir a ser recordado como o “caniche” de W. Bush, o político europeu que melhor serviu os americanos no Iraque e Afeganistão. Escorraçado de Downing Street, enviado do quarteto para o médio oriente, pode ser apenas o exemplo de como acumular contas e gastar inutilmente o dinheiro dos patrocinadores, sem o mais pequeno resultado.
Blair poderia ter personificado uma certa Europa transatlântica, ou uma euroamérica folclórica, católica e evangélica, igrejas donde saiu e entrou, agora católico pintado de fresco. Mas não vai ser nada, mesmo com a sua antecipação em fora de jogo. Ângela Merkel é mais séria e oferece mais garantias do que Blair e o Labour, que ajudou a atirar para a actual humilhação de Brown. A Europa precisa dum rosto definido, como o de Ângela Merkel. Não de um pastel de massa tenra como o de Tony Blair, o valete da família Bush.
«24 horas» de 30 de Julho de 2009
Etiquetas: JL
1 Comments:
Entre Blair e Barroso venha o diabo e escolha.
Ambos deviam ter sido julgados pela invasão do Iraque e a Europa não pode apresentar-se ao mundo como cúmplice do maior embuste dos últimos anos e do crime cometido.
Talvez o Aznar e o Berlusconi entrem na corrida. Bush está fora por ser americano mas já tem garantido um dos seus serventuários.
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