16.11.09

Oxalá me engane...

Por Joaquim Letria

OXALÁ ME ENGANE, mas um governo de mãos rotas, como este que vamos tendo, não tarda e está a aumentar os impostos.

Eu sei que eles disseram que nem pensar, era o que faltava, mas aposto que não tarda nada e temos aí o Sócrates a dizer que, para cuidar da nossa saúde, se vê obrigado a aumentar os impostos sobre o tabaco e a gasolina. Não fume e vá a pé, não se esqueça da bicicleta!

Por outro lado, Portas bem avisa, alertando para o novo Código Contributivo que vamos ter a partir de Janeiro e que pode ser mais uma dor de cabeça, principalmente para os comerciantes.

Os agricultores também se podem ver a subir de escalão e a pagarem mais, enquanto todos nós podemos ver agravar-se a prestação de serviços. O Governo não pode estar mais resignado nem se mostrar mais manso perante o consumo em queda e um défice que é a vergonha da União Europeia.

Se esta gente alguma vez tivesse trabalhado na vida, para comer e dar de comer, saberia quantos dias tem o mês e quanto custa pagar a horas a quem trabalha. Mas assim, vão diminuir o consumo, atrair cada vez menos investimento e aumentar, ainda mais, a economia paralela.

Podemos ficar descansados porque vamos ter mais do mesmo que até aqui. Desemprego, défice e ausência de expectativas.

«24 horas» de 16 de Novembro de 2009

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8 Comments:

Blogger Luís Bonito said...

Este comentário foi removido pelo autor.

16 de novembro de 2009 às 11:25  
Blogger Luís Bonito said...

Oxalá me engane também mas quando o pessoal começar todo a andar de bicicleta se calhar vai aparecer um imposto para velocípedes...
E também a inspecção periódica às bicicletas :-)

16 de novembro de 2009 às 11:28  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Mas isso já existiu.

Lembro-me de ter ido a Alcântara registar a bicicleta do meu filho e tirar a licença.

E antes disso, até era preciso fazer um exame de condução, com código e tudo - exactamente como se fosse para automóvel.
Assisti a vários.

16 de novembro de 2009 às 11:52  
Blogger GMaciel said...

"Se esta gente alguma vez tivesse trabalhado na vida"

A grande verdade resume-se nesta frase.

Os burros, de facto, somos nós!

16 de novembro de 2009 às 12:12  
Blogger Luís Bonito said...

Tem toda a razão Carlos. Acho que ainda vou encontrar a famosa "carta" de condução da bicicleta (velocípedes com motor). Tinha de se ir à Câmara da cidade e era feito um exame sumário sobre sinais e regras de trânsito.

16 de novembro de 2009 às 13:01  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Por volta de 1960, fui acompanhar um primo meu, em Leça da Palmeira, a fazer exame de bicicleta.
Além do código, ainda teve de mostrar que sabia andar, fazendo um "oito"!!

E, à ida para lá, a bicicleta teve de ir à mão (pois, não tendo carta, não podia montar nela)!

16 de novembro de 2009 às 14:09  
Blogger Pedro Barbosa Pinto said...

Desemprego? O desemprego está estabilizado!
Eventualmente poderemos ter mais uns milhares de alunos nas novas oportunidades... vá lá, e mais uns milhares de emigrantes?

Défice? A despesa está controlada e as receitas dentro dos limites previstos!
Eventualmente poderemos ter as Estradas de Portugal com mais uns milhares de milhão de €uros de buraco...vá lá, e as Águas de Portugal privatizadas?

Ausência de espectativas?
Caixas multibanco é coisa que não falta por esse país fora... e para os que já se reformaram, não vem aí o Magalhães para seniores?

16 de novembro de 2009 às 19:13  
Blogger José Meireles Graça said...

Comecei a minha vida profissional como funcionário da Câmara da cidade em que vivo. Fiz muitos exames desses e nunca chumbei ninguém. Quando os moços erravam sinais básicos, não escrevia nada, dizia-lhes para estudarem melhor e aparecerem na semana seguinte com a mesma papelada. Vim a descobrir que um contínuo utilizava este meu expediente generoso e pouco legal para extorquir uns cobres aos incautos, que convencia de a tolerância ser fruto dos esforços dele. Levava 20$00 pela "cunha". Um ingénuo, ao que hoje se vê.

16 de novembro de 2009 às 22:51  

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