Recomendar a mentira
Por Joaquim Letria
A SER VERDADE o que se lê nos jornais, o governador civil de Portalegre, de seu nome Jaime Estorninho, poderá ter dito numa palestra que proferiu numa acção de formação que “quando é necessário mentir, tenho de mentir”.
O grave desta frase é ter sido proferida perante jovens e no contexto duma acção educadora promovida por uma escola profissional e subordinada ao tema “Ética”.
Que governantes socialistas e representantes de Governos socialistas mentem quando menos se espera, já todos os portugueses sabem.
Que recomendem aos jovens para o fazer não era tão claramente conhecido, embora possa ser o resultado desta educação que levou uma jovem juíza a condenar um cidadão que chamou aldrabão a um deputado que mentiu consciente e repetidamente à A.R.
Então e quando mentiria o representante do Governo em Portalegre? Segundo a sua franca explicação, “sempre que estejam em causa valores maiores que a condenação da mentira impõe”.
Um deputado social-democrata considerou tais palavras, proferidas a 31 de Maio perante alunos, professores e outros oradores “corrosivas da formação colectiva dos jovens” e queixou-se ao Ministro da Administração Interna. Mas o senhor deputado é mesmo capaz de acreditar que este PS ande a educar alguém?!
«24 horas» de 11 Jun 10A SER VERDADE o que se lê nos jornais, o governador civil de Portalegre, de seu nome Jaime Estorninho, poderá ter dito numa palestra que proferiu numa acção de formação que “quando é necessário mentir, tenho de mentir”.
O grave desta frase é ter sido proferida perante jovens e no contexto duma acção educadora promovida por uma escola profissional e subordinada ao tema “Ética”.
Que governantes socialistas e representantes de Governos socialistas mentem quando menos se espera, já todos os portugueses sabem.
Que recomendem aos jovens para o fazer não era tão claramente conhecido, embora possa ser o resultado desta educação que levou uma jovem juíza a condenar um cidadão que chamou aldrabão a um deputado que mentiu consciente e repetidamente à A.R.
Então e quando mentiria o representante do Governo em Portalegre? Segundo a sua franca explicação, “sempre que estejam em causa valores maiores que a condenação da mentira impõe”.
Um deputado social-democrata considerou tais palavras, proferidas a 31 de Maio perante alunos, professores e outros oradores “corrosivas da formação colectiva dos jovens” e queixou-se ao Ministro da Administração Interna. Mas o senhor deputado é mesmo capaz de acreditar que este PS ande a educar alguém?!
Etiquetas: JL
7 Comments:
Ó Joaquim Letria, eu cá suponho que os governantes portugueses não mentem propriamente. Eles vivem é numa realidade própria que nós, os comuns mortais, não compreendemos, devido às nossas limitações.
Eles iam lá mentir?
E mesmo que eles confessem que mentem, eu não acredito. Eles estarão simplesmente naquela dimensão que está fora do meu alcance.
De resto, a educação (escola) portuguesa também não é uma mentira. E o eduquês não existe. Há é alguns que o imaginam para terem alguma coisa com que se preocupar.
Ah, como é belo e bom o sistema socio-político-educacional do nosso país. Contentemo-nos portanto. Não temos sol e chuva, montanha e mar, futebol e abundância de festividades?
Não nos queixemos. E agradeçamos.
Quem tem como nós um primeiro-ministro quase engenheiro, dotado poliglota, e tão sério que até mandou extinguir a universidade que diligentemente o diplomou, em momento extraordinário, em dia de ver-a-Deus? Conhece-se outro caso assim no mundo?
Então?
E quando este se for, que o bom homem não pode ser eterno na função, logo o nosso extraordinário povo votará noutro com não menos qualidades.
Têm dúvidas?
Eu só não emigro, porque depois morria de saudade.
No capítulo da mentira, não há ninguém mais capacitado para a ensinar do que os actuais membros do PS. De resto, o que é a mentira?
Cada um ensina o que melhor domina, só assim se pode ensinar a mentira com verdade.
A mentira é tão real nas suas vidas que sentem já a necessidade de a institucionalizar, talvez para expiar sentimentos de culpa.
Desculpe que lhe diga mas o Senhor é danado para a brincadeira. Uma mentira é uma verdade ao contrário, logo o país como anda todo do avesso...Percebe-me, não me percebe Senhor Joaquim Letria?
Jorge Manuel Brasil Mesquita
Escrito e postado na Biblioteca Nacional, em 11/06/2010 às 14H08.
etpluribusepitaphius.blogspot.com
A mentira, como todos nós sabemos, há muito que foi vaporizada da nossa língua, vítima das purgas que este Governo, dito socialista, efectuou ao longo da sua (des)governação. Hoje em dia, os inteligentes do ISCTE inventaram o vocábulo “Inverdade”, pelo que, podemos dizer as mentiras que quisermos, de facto elas não existem, no máximo o que poderemos é ser acusados de dizer algumas inverdades, o que não é grave.
"Têm dúvidas?"
Nenhumas, aliás, as sondagens já o afirmam.
"Eu só não emigro, porque depois morria de saudade."
Roubei-lhe as primeiras, caro José Batista, e faço minhas estas segundas.
Não é Portugal que nos afronta, mas sim quem afronta este país e a sua nação.
Há uma outra variante, mais perigosa, dos adeptos da mentira:
São aqueles que, perante factos graves que comprometem os amigos da matilha a que pertencem, não os negam, mas dizem que a verdade é relativa, ou que é pouco importante, ou que não interessa, ou que há coisas mais graves, ou que todos fazem o mesmo, ou que está em curso uma campanha, etc.
E ainda há a mentira por conta da falta de conhecimento formal.
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