Como se diz galinha em grego?
Por Ferreira Fernandes
ESTÁVAMOS nós no arame, pé ante pé, quando o que ia à frente, George Papandreou, resolveu parar. "Tenho de perguntar aos meus se é mesmo este o caminho", disse. Isto a 40 metros de altura, e a não sei quantos mil milhões de dívida! Com o George a tapar-nos o caminho e sem maneira de voltar atrás (experimentem virar- se no arame quando as nossas pernas tremem)...
Ontem a CNN titulava: "Grécia joga à galinha".
"Playing chicken" é um jogo perigoso e de imaturos. No filme Fúria de Viver, James Dean fazia isso com um compincha, cada um com o seu carro, direitos a um abismo. Ganhava o último a saltar; o que saltava antes era o "galinha". O filme, apesar do elenco romântico (Dean, Natalie Wood...), inspirou-se num compêndio de psiquiatria "Análise hipnótica de um psicopata criminoso" (o compincha vencedor acabou no abismo).
Estamos assim, no arame e com um referendo. Referendo em grego quer dizer: os políticos abdicaram. A oposição grega é um asco e parte dos do Governo, irresponsável.
Parece que os militares já rosnam, enquanto a populaça incendeia as ruas. Daí a paragem de Papandreou no arame: quer saber se os gregos querem suicidar-se ou rejeitam que a política se faça nos quartéis ou na rua.
Já que estamos no arame, à espera do que decidirão os gregos, não poderiam os nossos partidos dar-se conta do que se lhes pede: responsabilidade e diálogo? Está aí tudo, nas duas palavrinhas. E se nem em cima do arame aprendem...
ESTÁVAMOS nós no arame, pé ante pé, quando o que ia à frente, George Papandreou, resolveu parar. "Tenho de perguntar aos meus se é mesmo este o caminho", disse. Isto a 40 metros de altura, e a não sei quantos mil milhões de dívida! Com o George a tapar-nos o caminho e sem maneira de voltar atrás (experimentem virar- se no arame quando as nossas pernas tremem)...
Ontem a CNN titulava: "Grécia joga à galinha".
"Playing chicken" é um jogo perigoso e de imaturos. No filme Fúria de Viver, James Dean fazia isso com um compincha, cada um com o seu carro, direitos a um abismo. Ganhava o último a saltar; o que saltava antes era o "galinha". O filme, apesar do elenco romântico (Dean, Natalie Wood...), inspirou-se num compêndio de psiquiatria "Análise hipnótica de um psicopata criminoso" (o compincha vencedor acabou no abismo).
Estamos assim, no arame e com um referendo. Referendo em grego quer dizer: os políticos abdicaram. A oposição grega é um asco e parte dos do Governo, irresponsável.
Parece que os militares já rosnam, enquanto a populaça incendeia as ruas. Daí a paragem de Papandreou no arame: quer saber se os gregos querem suicidar-se ou rejeitam que a política se faça nos quartéis ou na rua.
Já que estamos no arame, à espera do que decidirão os gregos, não poderiam os nossos partidos dar-se conta do que se lhes pede: responsabilidade e diálogo? Está aí tudo, nas duas palavrinhas. E se nem em cima do arame aprendem...
«DN» de 2 Nov 11
Etiquetas: autor convidado, F.F
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