A responsabilidade dos economistas na Educação (*)
Por Nuno Crato
O sucesso na educação dos estudantes
contribui para o desenvolvimento económico, e de uma forma muito mais
importante e mensurável do que até há algum tempo se supunha. Não é pois de
estranhar que os investigadores de economia se preocupem com o sistema
educativo. Na realidade, têm ajudado a desfazer alguns dos lugares comuns mais
difundidos na educação e, dessa forma, contribuído para melhorar o ensino dos
jovens
Num artigo recente na Science[1],
Eric Hanushek e Ludger Woessmann, dois dos mais importantes investigadores de
economia da educação da atualidade, perguntam-se sobre as razões do incrível
crescimento económico dos países asiáticos, em contraste com o dos países latino-americanos.
A Science que, com a Nature, é uma das revistas científicas
com mais impacto no mundo académico, não é muito propensa a incluir artigos
sobre educação. As suas preferências vão para a Física, a Bioquímica, a
Geologia e outras ciências da natureza; as experiências, a observação, a
medida, os números, a verificação rigorosa são o seu apanágio – as questões
sociais, nomeadamente de educação, são menos do seu gosto. Mas lendo o artigo
destes dois investigadores percebe-se que o rigor observacional e o tratamento
estatístico dos dados estão ao nível do que melhor se faz em ciência. Em
qualquer ciência. São dois economistas da educação, estudiosos que aplicam a
econometria e a análise contrafactual de impacto, que procuram variáveis
causais, que usam modelos de funções de produção inspirados na economia
quantitativa e que têm critérios de rigor característicos do método científico[2].
As suas conclusões são muito interessantes.
Verificam que o PIB per capita na Ásia de Leste se multiplicou por nove desde
1960, enquanto os países da América do Sul tiveram um crescimento de duas vezes
e meio apenas. Relatam em seguida várias tentativas de explicação baseadas nas
diferenças de formação de capital humano e referem uma série de insucessos nessas
tentativas. De facto, se olharmos para a duração da educação obrigatória, por
exemplo, ou para o número de anos que os estudantes em média estudam nos
diversos países, não encontramos uma explicação. Que se passará, então? Será
que a escolaridade não tem influência no desenvolvimento económico e que é
antes o desenvolvimento que causa o progresso da educação, como alguns
historiadores e sociólogos afirmaram?
O mistério é esclarecido se, em vez da
duração da escolaridade ou de outros fatores semelhantes, se utilizar como
variável explicativa a qualidade da aprendizagem dos alunos. Isso é possível a
partir dos anos 1960 graças à existência de testes internacionais comparáveis –
de que os mais conhecidos são actualmente o PISA e o TIMSS. Verifica-se então
que o desempenho cognitivo dos alunos, ou seja, o que eles de facto aprendem e
sabem aplicar, tem um grande poder explicativo sobre o desenvolvimento
económico.
O tema é fascinante. E este não é um trabalho
isolado. Um conjunto de estudos empreendidos nas últimas décadas vieram a
corroborar a tese de que o sucesso da educação é causa do desenvolvimento económico[3].
O fator considerado por estes
investigadores – o sucesso efetivo na educação, medido pelos ganhos cognitivos
dos estudantes – permite deslindar uma série de questões educativas e colocar
os problemas de forma correta.
Relembremos alguns dos debates recentes, por
exemplo o tão debatido aumento do número de alunos por turma. Em 2011/2012, num
período de grandes dificuldades financeiras, o número máximo de alunos por
turma em Portugal aumentou de 28 para 30 (no 1.º ciclo de 24 para 26)[4].
O número médio de alunos por turma que era então cerca de 20, um dos mais
baixos da OCDE, passou para cerca de 21, aproximando-se da média europeia.
É demasiado, ter 30 alunos numa turma?
Reformulemos a pergunta: demasiado para quê ou para quem? Claro que ninguém
gostará de sobrecarregar o trabalho já difícil dos professores, mas pediu-se
então esse esforço. É também interessante notar que esse máximo não foi ainda
revogado pelo governo atual. Pensemos nos alunos: os seus resultados pioraram?
Não; melhoraram. Então o aumento do número de alunos por turma não prejudica o
ensino?
Os economistas e estatísticos estudiosos da
educação têm debatido muito seriamente este problema sem conclusões claras. A
realidade é que a maioria dos estudos quantitativos não encontra uma correlação
entre o número de alunos por turma e os seus resultados escolares. Olhe-se por
exemplo para os dados do estudo PISA da OCDE em 2015. No gráfico que aqui se
reproduz nota-se uma grande dispersão e nada de conclusivo se deduz num
intervalo que vai dos 18 aos 47 alunos por turma. E num intervalo que vai entre
os 28 e os 30, haverá uma diferença sensível para os alunos?
Talvez mais supreendente ainda, analisando
os dados portugueses do mesmo inquérito PISA encontra-se um efeito positivo da
dimensão da turma: ou seja, a turmas maiores correspondem resultados melhores[5].
Poder-se-ão encontrar explicações para este resultado, mas o certo é que ao
nível de escola e estimando um modelo linear hierárquico (HLM), se encontra um
razoável poder explicativo (coeficiente
normalizado de 0,39) para a dimensão da turma.
.
Se há algum consenso entre os economistas e
estatísticos da educação sobre este tema, esse é o seguinte: há fatores muito
mais importantes para o sucesso dos alunos do que a dimensão das turmas, pelo
menos em intervalos de variação razoáveis, e o investimento público deverá
dirigir-se para esses fatores, nomeadamente para a formação e selecção dos
futuros professores.
O curioso é que, chegados a este último
ponto, a discussão cessa. Poucos querem falar desse problema decisivo para a
educação em Portugal que é o da preparação e seleção dos futuros professores.
Outro debate recente foi o das turmas
mistas[6],
ou seja, das turmas em que alunos de mais do que um ano de escolaridade
coexistem na mesma sala de aula, e com o mesmo professor. É algo que pode
surpreender quem sempre estudou nas cidades, mas que é muito comum no mundo
rural. De acordo com os últimos dados a que tenho acesso[7],
de 2015, em Portugal 32% das turmas do 1.º ciclo do Ensino Básico, isto é, do
1.º ao 4.º ano, incluem alunos de mais do que um ano de escolaridade. Em 2010,
essa percentagem ultrapassaria os 40%.
O fenómeno tem expressão internacional.
Segundo uma síntese recente[8],
nos Territórios do Norte da Austrália, em 1998, 40% das escolas tinham turmas
mistas; em Inglaterra, em 2000, 25% das turmas eram mistas; na mesma data, em
França, a correspondente percentagem alcançava 34% e na Irlanda, 42%.
Apesar de haver experiências com sucesso na
mistura intencional de idades e anos numa mesma turma, na maioria vezes, as
turmas mistas surgem por necessidade. Aparecem pela escassez de população
escolar, pela dispersão das populações, pelas dificuldades de transporte e
pelas restrições de recursos. O problema não tem solução fácil. Pergunte-se: o
que será melhor, ter 15 alunos de três anos diferentes de escolaridade na mesma
turma, ou fechar a escola e fazê-los viajar 40 km todos os dias para se
juntarem a alunos de outras localidades, ou ainda contratar dois professores
adicionais e fazer turmas de 5 alunos? Em anos de restrições orçamentais, e
mesmo em anos de menos dificuldades, tem sentido contratar dois professores
adicionais nestes casos? Será pedagogicamente rico, para os alunos, passarem os
seus anos na escola apenas com meia-dúzia de colegas de turma? Haverá solução
que não tenha problemas?
A discussão foi trazida para a ribalta
pública em 2013, quando um deputado da então oposição acusou o governo de
fabricar intencionalmente turmas mistas[9]:
“Verificamos a existência de um retrocesso brutal, algo que já não se passava
há muitos anos.” Além da falsidade da afirmação, como se pode verificar na
Figura 2, este debate revela duas características importantes das discussões
educativas.
A primeira é a assumpção subjacente de que
tudo o que pode ser associado a restrições orçamentais é automaticamente negativo.
Na realidade, trata-se da tentativa de capturar os debates educativos pelos
interesses da oposição partidária e de algumas cúpulas sindicais, que são
frequentemente os de contratar mais professores e funcionários, os de aliviar
as cargas horárias e os de ter meios adicionais de financiamento, tais como o
pagamento de centros sindicais de formação.
A segunda característica deste tipo de
debates é que os interesses dos alunos e da educação são esquecidos. Será que é
pedagogicamente negativo ter turmas mistas? Isso discute-se?
.
Ora sobre esta última pergunta é
elucidativo recorrer de novo aos estudiosos de economia da educação. Em 1995
Simon Veenman fez uma revisão muito completa dos estudos quantitativos do tema,
que começaram na década de 30 do século passado, ou ainda antes, e concluiu não
ser possível tirar conclusões definitivas. Admitiu, no entanto, uma ligeira
vantagem das turmas mistas: em condições semelhantes, estas turmas teriam
resultados escolares ligeiramente melhores[10].
Pela mesma altura, dois outros investigadores, A. DeWayne e Robert B. Burns,
num outro meta-estudo, contestaram essas conclusões[11].
A indefinição manteve-se, o que levou Angela Wittle, uma das mais conhecidas
estudiosas do tema, a tentar ultrapassar o problema dizendo que o importante
era transformar a “necessidade numa pedagogia positiva”[12].
Mais recentemente, numa série de estudos de
economistas da educação usando métodos econométricos contrafactuais mais
sofisticados voltaram a encontrar-se resultados mistos, mas de pequena
amplitude. Se algo se pode dizer em geral é que as turmas mistas não acarretam necessariamente
problemas significativos de aprendizagem, podendo mesmo ter vantagens[13].
É natural que os efeitos dependam do contexto, da experiência, da formação dos
professores e até do currículo. Será interessante também conhecer os efeitos a
prazo e não apenas na avaliação imediata. Em Portugal, com a redução da
natalidade é natural que o fenómeno persista, pelo que será importante estudar
melhor os seus efeitos e conhecer as didáticas específicas mais apropriadas
para turmas mistas.
Outro debate recente foi o do investimento
em educação. Como referimos, apostou-se em identificar despesa com promoção do
sucesso, quando aquela não determina este. Os dados do mesmo estudo de 2015 da
OCDE são elucidativos: até um certo nível, uma maior despesa em educação
aparece associada a melhores resultados, mas a partir de certo patamar não se
encontra uma correlação significativa entre a despesa e o progresso dos alunos.
O gráfico junto mostra-o com clareza, e
basta pensar um pouco para o compreender: quando chove na sala de aula, quando faltam
cadeiras para os alunos se sentarem, quando não há manuais escolares por onde
estudar, qualquer investimento ajuda o progresso dos alunos. Mas a partir de
certo limiar, aumentar a despesa não significa melhorar a educação. Entram em
jogo muitos outros fatores. Mais do que despender recursos, interessa
apontá-los na direção certa.
.
Muito naturalmente, Portugal já ultrapassou
esse limiar. Mais do que despender recursos, interessa-nos apontá-los na
direção certa.
Talvez surpreendentemente, no entanto, quando
se chega a este ponto a discussão de novo cessa. Cessa subitamente. Já não
interessa?
Valeria a pena, no entanto, olhar para os
resultados das políticas. Nos últimos anos, e aqui incluo duas ou três
legislaturas anteriores, deu-se essencialmente mais atenção aos resultados.
Estabeleceram-se mais momentos de avaliação externa, divulgaram-se mais e
discutiram-se mais os resultados das escolas,
deu-se mais atenção aos resultados dos alunos. Em consequência, o
conhecimento dos alunos melhorou. No PISA de 2015, pela primeira vez na nossa
história desse sistema de medida internacional, ultrapassámos a média da OCDE.
No TIMSS do mesmo ano, em Matemática, os nosso jovens do 4.º ano ficaram à
frente dos seus colegas da mítica Finlândia, gabada como tendo o melhor sistema
educativo europeu. Foram os nossos
melhores resultados internacionais de sempre.
Esses resultados conseguiram-se com progressos
tanto nos melhores como nos alunos com mais dificuldades, mostrando que a
exigência não implica desprezo pelos menos favorecidos, antes ajuda todos a
progredir[14]. Além
disso, ao contrário de algumas interpretações fantasiosas que
irresponsavelmente surgiram, os jovens nas vias vocacionais e profissionais
também melhoraram. Melhoraram ainda mais que os da via científico-humanista.
Foram boas notícias. Boas notícias que nos
alegraram e que muita imprensa internacional, desde The Economist[15]
ao El País[16],
destacou.
Mas foram notícias que não estiveram
isoladas. O abandono escolar precoce tem vindo a reduzir-se, de cerca de 50%
nos anos 90 para os atuais 14%. Entre 2011 e 2015 a taxa passou dos 28%-25%[17]
para 13,7%. É muito significativo que esse progresso se tenha vindo a registar
em paralelo com a diminuição do desemprego jovem.
Vale a pena determo-nos um pouco sobre a
retenção escolar, um indicador em que também as melhorias têm sido visíveis. O
gráfico junto mostra a evolução recente. Portugal está muito acima do razoável.
As retenções devem ser reduzidas para valores residuais e ainda há muito a
fazer. Tenho insistido em que “é importante que os alunos passem, mas que
passem sabendo”, pois de pouco ou nada serviria reduzir administrativamente as
retenções. Ou seja, o foco da redução das
retenções não deve ser dirigido para a eliminação da avaliação, mas sim para a
melhoria do ensino, com incentivos e apoios especiais dedicados aos alunos que
no momento revelem mais dificuldades.
.
Ora os dados portugueses recentes mostram
que a subida da exigência e a introdução de avaliações externas às escolas pode
criar dificuldades num primeiro momento, mas que o sistema se reajusta e, no
momento em que se reajusta, retorna para valores de menor retenção em paralelo
com uma subida do conhecimento. Ou seja,
há um progresso real.
Outra indicação do progresso real dos
alunos portugueses é-nos dada pelos resultados dos exames e provas nacionais.
Apesar da maior exigência, que resulta de metas e programas mais ambiciosos,
traduzidos em cartas públicas ao IAVE, instituto independente que elabora os
exames, apontando para maior rigor e um nível de provas mais avançado, o certo
é que, com oscilações, no 4.º, 6.º e 12.º anos as médias de exames vieram a
subir a partir de 2012, e no 9.º ano, com oscilações nos resultados, as
retenções diminuíram. Escrevo “apesar” e não o deveria: não foi apesar da
exigência, foi devido a ela.
Quais são as razões destes progressos? As
estatísticas da educação dão-nos algumas indicações. O estudo PISA de 2015
revela, por exemplo, que um ensino diretivo, com um papel activo por parte do
professor, tem melhores resultados que o ensino menos diretivo, mais centrado
no aluno. Veja-se o gráfico junto.
A ideia do ensino centrado no aluno, tal
como o método de ensino por projetos, tal como a proposta de um ensino
transversal destruindo as disciplinas, ou a teoria do ensino em contexto, são
todas ideias velhas, desacreditadas pela psicologia cognitiva moderna[18].
.
Muitas outras razões precisavam de ser
descritas e bem analisadas. Muitas delas são fundamentadas em estudos recentes
da psicologia cognitiva, que também apontam para a importância de reforçar o
conhecimento, de metas bem estruturadas, de incentivos e de apoios específicos
aos alunos com maiores dificuldades.
Os progressos que se registaram em 2015 têm
uma explicação facilmente perceptível, e talvez ainda mais para economistas e
gestores: um currículo com metas cognitivas precisas e ambiciosas, uma
avaliação de resultados clara e com base nas metas estabelecidas, usando exames
e provas nacionais, a divulgação dos resultados e incentivos que se traduziram
em apoios acrescidos para as escolas que conseguissem empregar bem os recursos.
Afinal, nada de misterioso. Simplesmente a judiciosa aplicação dos recursos no
progresso dos alunos e no progresso do país.
[1] Eric A. Hanushek e Ludger Woessmann
(January 21, 2016), Knowledge capital, growth, and the East Asian miracle, Science
351 (6271), 344-345. [doi: 10.1126/science.aad7796]
[2] Ver uma discussão do
desenvolvimento da economia da educação em Stephen Machin (2008), The new
economics of education: methods, evidence and policy, Journal of Population Economics 21, 1-19.
[3] Quem quiser perceber melhor o tema pode ler uma
súmula da investigação recente no livro de E. A. Hanushek e L. Woessmann, The Knowledge Capital of Nations: Education
and the Economics of Growth (MIT Press, Cambridge, MA, 2015). Para estender o período de análise a períodos mais longos poder-se-á
ver a obra de R. J. Barro e J. W. Lee, Education
Matters: Global Schooling Gains from the 19th to the 21st Century (Oxford
Univ. Press, Oxford, 2015).
[4] Para referência, no mesmo período em Espanha passou-se de 30 para
37.
[5] Marôco, João (2017). Portugal’s educational asymetries: Through the
lens of PISA, Beyond PISA Results:
International Conference, CNE, Lisboa, 16 de maio de 2017.
[6] “Multigrade classrooms”, na literatura internacional.
[7] Conselho Nacional de Educação, Organização
Escolar: As Turmas, Lisboa, 2016, p. 33.
[8] Pelo menos a última síntese
internacional que conheço: Angela W. Little (2006). Education for all:
Multigrade realities and histories, in A.W. Little (ed.) Education for All and Multigrade Teaching: Challenges and
Opportunities, Springer, 1-26.
[9] Declarações de C. Zorrinho, Jornal
de Notícias, 13 de Dezembro de 2013. É significativo que o tema tenha tido
um certo eco. Quem foi menino na cidade não imagina a persistência e a dimensão
do fenómeno das turmas mistas.
[10] Veenman, Simon (1995).
Cognitive and noncognitive effects of multigrade and multi-age classes: A best
evidence synthesis, Review of Educational
Research 65, 319-381.
[11] Mason, DeWayne A. and
Burns, Robert B. (1996). “Simply no worse and simply no better” may simply be
wrong: A critique of Veenman’s conclusion about multigrade classes, Review of Educational Research 66, 307-322.
[12] Little, Angela W. (2006).
Education for all: Multigrade realities and histories, in A.W. Little (ed.) Education for All and Multigrade Teaching:
Challenges and Opportunities, Springer, 1-26.
[13] Ver, por exemplo, Amanda Quail e Emer Smyth (2014), Multigrade
teaching and age composition on the class: The influence on academic and social
outcomes among students, Teaching and
Teaching Education, 43, 80-90 e as referências aí citadas.
[14] O facto foi reconhecido pela OCDE nestes termos: “In the majority
of countries with comparable data, students’ performance in science remained
essentially unchanged since 2006. However, mean performance in science improved
between 2006 and 2015 in Colombia, Israel, Macao (China), Portugal, Qatar and
Romania. Over this period, Macao (China), Portugal and Qatar increased the
share of students performing at or above Level 5 and simultaneously reduced the
share of students performing below the baseline level of proficiency (Level 2).
Consultado online em 6/09/2017
https://www.oecd.org/pisa/pisa-2015-results-in-focus.pdf
[15] "What the world can learn from
the latest PISA test results". The Economist. 2016-12-10
[16] “El secreto portugués para mejorar casi 30
puntos desde que existe PISA”. El País, 2016-12-06.
[17] No princípio do ano letivo de 2010/11 era de 28,3%, no princípio do
ano letivo seguinte 23,0%, registando-se uma quebra de série.
[18] Veja-se, por exemplo, Daisy Christodoulou, Seven Myths About Education, Routledge, 2014, vários artigos em N.
Crato (org.) Ensino da Matemática:
Questões e Soluções, Gulbenkian, 2010, nomeadamente o de David Geary, e
mesmo o meu velhinho O ‘Eduquês’ em
Discurso Direto: Uma Crítica da Pedagogia Romântica e Construtivista, Gradiva,
2006.
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(*) - Publicado no Anuário de Economistas de Janeiro de 2018
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(*) - Publicado no Anuário de Economistas de Janeiro de 2018
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2 Comments:
Obrigado por este contributo para uma discussão racional sobre estas matérias
Muito interessante e claro.
Como professor ficam-me apenas uma dúvida e uma certeza, respectivamente:
- No caso das turmas grandes, há um aspecto que devia ser considerado e avaliado - o efeito demolidor para o professor, em escolas como muitas do nosso país, onde a indisciplina tende a ser significativa. Ora, um professor exausto ou destruído não pode ensinar bem. Mesmo que os alunos aprendam igualmente em turmas grandes, não é possível que isso aconteça quando a indisciplina cresce (porque multiplicada por mais alunos) e com professores abaixo da forma desejável;
- O IAVE não faz em todos os casos bons exames para avaliar rigorosamente o que os alunos sabem. Os exames de biologia e geologia, por exemplo, não são bem feitos, em si mesmo (nem os erros que contêm foram alguma vez reconhecidos...) nem respeitam os programas da disciplina (os quais estavam desactualizados e até errados, em termos científicos e pedagógicos, logo na altura em que foram elaborados...), sendo que nem os programas são actualizados (porquê? o que é que o tem impedido?) nem os exames são feitos em harmonia com os programas que existem, como devia ser.
No resto sim, concordo, aprecio, felicito e agradeço.
JB
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