6.9.24

AS PEDRAS E AS PALAVRAS

Por A. M. Galopim de Carvalho

As pedras e as palavras foram dois mares em que naveguei por longos períodos da minha vida. É o título de um livro que publiquei vai para uma dezena de anos, onde inseri o texto que agora reescrevi num tom e num ritmo como se de um poema às pedras se tratasse. Pedras e rochas são duas maneiras de dizer a mesma coisa. Só que, via de regra, são usadas em discursos diferentes. Apanhamos uma pedra do chão, mas, quando estudamos, falamos quase sempre de rochas.

As pedras acompanharam o Homem desde os seus mais remotos e primitivos ancestrais e a sua importância pode ser avaliada pelo sem-número de palavras que criou e usou para expressar esta idéia, ao longo de uma história de muitos milhares de anos.

Pedra é uma entidade natural, rígida e coesa, que se apanha do chão e faz mossa onde quer que bata. 

 

No âmbito das Ciências da Terra, 

pedrado grego pétra, tem pouco uso. 

Persistiu, porém, em casos pontuais, como:

pedra-pomes,

pedra-sabão,

pedra-hume,

pedra-de-fogo 

pedra de Eirol

Persistiu, ainda, no discurso gemológico, em:

pedra-da-Lua,

pedra-zebra,

pedra de Eilat, 

pedra-paisagem e 

pedra-de-sangue.

 

Pelos jardins deste nosso país, 

são muitos os reformados que consomem o tempo 

mexendo em pedras, no jogo das damas ou no do dominó, 

enquanto em suas casas, as mulheres, 

trabalhadoras que nunca tiveram férias 

nem nunca se reformam, 

de pedras, só conhecem a pedra de sabão,

sempre em uso no tanque da roupa 

e a pedra do chão e dos degraus das escadas

que varrem e lavam todos os dias. 

Sopa da pedra é o nome da conhecida confecção

de que se faz e se come em Almeirim,

inspirada na tradicional lenda do frade.

Em sentido figurado, pedra assente

é uma decisão tomada e

com pedra sobre pedra

se edifica uma obra material ou do intelecto.

Pôr uma pedra sobre um assunto é esquecê-lo e 

dar uma pedrada no charco é denunciar 

uma situação menos correcta. 

Chamam-nos à pedra 

sempre que fazemos algo de mal feito e

parte-se pedra naquelas reuniões

em que muito se fala e pouco se avança. 

Ser firme ou insensível como uma pedra

é mau ou bom segundo as situações.

Pedra de tropeço é o obstáculo 

que nos dificulta ou impede a concretização 

de um projecto ou de uma obra.

Tem pedra no sapato aquele que tem um incómodo 

ou um problema por resolver. 

Dorme como uma pedra o justo 

e tem sete pedras na mão

aquele que fala com agressividade. 

Quem nunca pecou, disse Jesus, que atire a primeira pedra. 

 

Pedra, do grego pétraé entre nós, como se disse atrás, palavra antiga, 

bem enraizada e corrente no dia-a-dia das nossas vidas. 

Pedro vem de pedra e é nome de gente.

- Tu és Pedro e sobre ti edificarei a minha Igreja,

- disse Jesus a Simão, o apóstolo.

Por ser antiga, pedra está na raiz de um grande número de palavras 

do léxico popular português,

de que aqui se deixa uma muito pequena parte.

Pedreira é o local de onde se extraem pedras e 

pedreiro, o operário que as trabalha.

Com o mesmo étimo, lembremos

pedroso, empedrar, pedrada, pedregal

pedrisco, pedrês e pedregoso.

Despedrega é retirar as pedras do solo, 

a fim de o preparar para o cultivo, e

Pedrulha é sinónimo de cascalho

e topónimo em Coimbra. 

Pedrão ou padrão é o marco que deixamos

 na rota dos descobrimentos e 

pedregulho é matacão no Brasil.

 

São muitos os topónimos relacionados com a ideia de pedra. 

Pedralva, pedra branca ou pedra alva,

é o nome de uma aldeia algarvia, 

de uma freguesia do concelho de Braga.

Pedras-Talhas, para os naturais dos Almendres, 

no concelho de Évora, é o cromeleque,

aportuguesamento do galês cromlech,

que significa grande pedra arredondada.

Lembremos, ainda,

Pedrela ou Padrela, uma das serras transmontanas, 

Pedroso, em Vila Nova de Gaia, e Padroso, em Montalegre,

Pedrouços, em Lisboa, Pedregal, em Barcelos, Pedrogão, na Vidigueira,

Padrela e Tazem, em Valpaços, Pedrancha, em Trouxemil, Coimbra, e

Pedras Salgadas, no município de Vila Pouca de Aguiar.

 

Na forma peder, criámos 

empedernido, para dizer coração de pedra, e

pederneira ou pedernal, dois nomes que demos ao sílex,

pedra-de-fogo usada nos bacamartes. 

 

O étimo grego, pétra, usado directamente,

foi o preferido no português, dito culto.

Petróleo é o óleo saído do chão, 

de dentro das pedras, 

petrogénese, alude à sua origem, e 

petroquímica é a indústria que o tem por matéria-prima.

Petrologia e petrografia são disciplinas que estudam as pedras e

petrólogos e petrógrafos, os seus cultores. 

Como substantivo, petrificado, maneira antiga de dizer fóssil, 

resulta de um processo natural, dito petrificação, mas 

como adjectivo, diz-se de alguém

imobilizado por uma notícia que lhe “gela” o sangue.

São Petersburgo é a antiga Petrogrado,

assim chamada, em homenagem a Pedro, 

não o Santo, mas o Grande, de todas as Rússias,

Petrópolis, a cidade imperial brasileira

que evoca o Magnânimo D. Pedro II, 

que lhe deu nascimento, e 

Petra é a cidade da Jordânia,

rica de monumentos escavados na pedra. 

 

Pero é o nome arcaico de Pedro e

Peres, os seus descendentes. 

Pero Vaz de Caminha e Pero da Covilhã

são nomes conhecidos da nossa história e

Pero Botelho é o Diabo que não pára de rugir 

na caldeira que tem o seu nome, 

no sítio das Furnas, em S. Miguel. 

 

Pera é forma arcaica de dizer pedra e 

está na base de vários topónimos.

Em Castanheira de Pera, o segundo nome diz pedra, não o fruto.

Pera, em Silves,

Pereira, em Montemor-o-Velho, e

Peralta, ou pedra alta, na Lourinhã,

são também apelido de gente.

Pereiro, em Mação,

Peraboa e Pera Longa, na Covilhã, 

Pera Velha, em Moimenta da Beira, e

Peroliva ou pedra verde (de oliva), 

em Reguengos de Monsarás.

Peramanca e Perafita, na região de Évora, 

evocam grandes marcos de pedra.

Estas pedras ou estavam “mancas”, isto é, tombadas, 

ou ainda se mantêm “fitas” ou erguidas, na postura fálica, 

a que chamamos menhires

do bretão, men hir ou pedra comprida.

 

Do castelhano peña, criámos penha, o cume rochoso,

e, a partir daí, Penhasco e Penhascoso, no concelho de Mação,

demos nome a Penha Garcia, em Idanha-a-Nova, e a

Penhas Douradas e Penhas da Saúde, na serra da Estrela. 

 

Penado latim vulgar penna (variante de pinna)

é outra forma de dizer pedra e é, também, apelido de gente.

Castelo da Pena embeleza o alto

de uma penedia, na Serra de Sintra,

Penalva do Castelo, deve o nome 

à alvura da penha que lhe serviu de base,

Penela, ou penha pequena,

é localidade do distrito de Coimbra, 

Penedono é município de Viseu, 

Penedo, localidade na Serra de Sintra e

Peneda, a serra entre o Minho e Trás-os-Montes.

 

Pina, do latim pinna, é outra forma de dizer pedra,

é apelido de gente e é raiz de 

pináculo, um cimo rochoso e pontiagudo 

ou o ponto mais alto de uma construção.

 

Canto, do pré-romano, canthus,

é pedra na língua de Cervantes.

Cantaria é pedra talhada em blocos, 

canteiro tanto designa o profissional desta arte,

como o quinchoso, no jardim ou na horta, e

canteira, a versão menos comum de pedreira. 

O mesmo canthus deu cantil

a ferramenta do escultor, e 

alcantil, o escarpado ou cume rochoso, alcantilado.

Cântaros são aos cumes rochosos da Serra da Estrela e

Cantaril, o vento que lá se faz sentir.

 

Para os romanos, lapis era pedra

e era de pedra o lápis feito de ardósia, 

da nossa infância.

Deste étimo nasceram

lapiseira, lápide ou lápida

lapídeo, que significa petrificado e insensível. 

Lapidoso é o mesmo que pedregoso,

Lapidificação é outra maneira de dizer petrificação e

lapidação foi uma forma cruel

e desumana de execução, 

entre judeus, cristãos e islâmicos primitivos

e ainda é entre os fundamentalistas islâmicos, 

apedrejando os condenados até à morte. 

Lapidar é talhar a pedra, 

quer a ornamental, em cantaria, 

quer a preciosa, no âmbito da gemologia,

e como adjectivo, significa basilar. 

Lapidários são os manuscritos da Idade Média, 

que falam das pedras e das suas propriedades medicinais e mágicas. 

Lapidadas são e as pedras preciosas,

usadas em joalharia, 

lapis-lazuli é o nome de uma pedra semipreciosa,

lapidicidas são os moluscos que perfuram as pedras, 

para aí se alojarem, 

lapidículas, as aves que fazem ninhos entre pedras e

lapilli, o termo italiano dos produtos piroclásticos, 

para os quais dispomos do termo açoriano, bagacina.

 

Com raiz no grego lithós, que significa pedra,

criamos um conjunto de vocábulos

maioritariamente do léxico geológico.

Litosfera é a capa rochosa da Terra, 

litologia, a disciplina que estuda as pedras, e

lítico, o adjetivo referente a pedra.

Litogénese ou petrogénese alude às suas origens e

litografia e litogravura são termos ligados à arte gráfica.

Paleolítico, mesolítico, neolítico, calcolítico e megalítico

referem períodos da chamada Idade da Pedra.

Pirólito, batólito, facólito, fonólito, 

riólito protólito, micrólito e siderólito

são termos correntes no jargão geológico, 

mas que dizem muito pouco ao cidadão comum.

Litificação é petrificação e

litoclasto, um fragmento de pedra.

Litófagos são os bivalves que perfuram aa pedras, 

para nela se alojarem, e

litíase, o termo do jargão médico

que fala da existência de cálculos 

no rim ou na vesícula biliar.

 

Cálculo, do latim calculu, significa pedrinha,

em que o sufixo ulu é um diminutivo.

Com cálculos ou pedrinhas se calculava

ou faziam contas, na Antiguidade. 

Hoje calculamos nas modernas calculadoras.

 

Sílex, do latim silex, é mais outra forma de dizer pedra.

É a pedra-de-fogo ou pederneira

O mesmo étimo deu

Silício, o elemento químico e os seus derivados 

Sílica, silicito silicioso, 

silicato, silicatado silicon,

 

Com origem no latim saxus

que tanto quer dizer pedra como seixo,

temos seixal, ou terra de muitos seixos, 

que deu nome a uma cidade a sul do estuário do Tejo, 

e a uma freguesia na ilha da Madeira. 

Ainda na toponímia, temos:

Seixinho, na Guarda, 

Seixal, em Viseu, e 

Seixoso, no Porto. 

Seixeira é a escavação de onde se extraem seixos, 

seixosos, os respectivos locais, 

seixebrega, a planta usada em tisanas,

como mezinha, para dissolver as pedras dos rins, e

seixo-bravo, o quartzo de filão sem minério. 

Por via culta, introduzimos as palavras 

sáxeo e saxoso, duas maneiras de dizer pedregoso, 

saxátil, o que vive entre as pedras, 

saxícola, que tanto é o que habita as penedias 

como o que presta culto aos deuses de pedra, e

saxífragas, as plantas cujas raízes 

alargam as fissuras das pedras.

 

Fraga, do latim hispânico, fragum,

é o mesmo que penha ou penhasco, e

fragueiros, os que vivem nas montanhas, 

entre fragas.

Fragoso é o mesmo que pedregoso ou penhascoso, 

fragais fragarias são penedias e 

fraguedos ou penedos são fragaredos,

como se diz em Trás-os-Montes. 

 

Com raiz no latim calxcalces,

cal designa a pedra branca que,

uma vez regada com água, dá a calda

com que ainda se caiam ou branqueiam casas

que distinguem o Alentejo e o Algarve

 das restantes regiões do país.

No Alentejo, caieira ou caleira é forno de cal, 

Mas caleira é também um rego, inicialmente empedrado.

Caieiro ou caleiro é o homem que fabrica e/ou vende a cal, 

caiador, o que se serve delal para caiar, e

caios são as ilhas rasas, feitas de areia calcária, 

dos mares recifais das Caraíbas.

Cal designa, ainda, a argamassa 

que se usava antes da descoberta do cimento e

Calcário ou pedra de cal é a rocha sedimentar com que se faz a cal. 

Calçada é o caminho revestido com pedras, e 

calceteiro, o artista que celebrizou a calçada portuguesa. 

Cal deu cálcio, o elemento químico, e 

calcite um dos seus minerais.

Veicula, também, a ideia de pedra 

e com pedras, a servirem de lastro, 

se calavam os barcos quando, 

sem carga, se faziam ao mar. 

Calado é a profundidade a que se encontra 

o ponto mais baixo do casco de uma embarcação, 

em relação à superfície da água onde está mergulhada. 

Calçar é meter uma pedra sob o que se quer firme e 

Calcar o chão é dar-lhe compactação.

 

Calhau, do francês caillou

tanto refere a pedra tosca que se apanha no chão 

como o seixo rolado do rio ou da praia. 

Calle é a rua ou a calçada dos vizinhos espanhóis, 

com correspondência para português, 

em calheta que, nas ilhas, 

significa pequena enseada na costa rochosa, e,

no continente, é o atalho por onde passam os rebanhos 

 

Lapa, vinda do pré-céltico, 

é uma pedra que forma um abrigo natural, 

lapão, o respectivo aumentativo é

lapedo, um sítio de muitas lapas.

 

Respectivamente, corresponde-lhes, do pré-romano,

laje, lajão e lajedo.

 

Cascalho e cascalheira vêm do latim quassicare,

que significa fragmentar. 

São substantivos colectivos,

que designam acumulações de calhaus ou seixos, 

Com a mesma origem, casca é o invólucro quebradiço do ovo, 

é o nome que se dava às conchas de bivalves 

dispersas nas praias, 

razão de ser do nome da vila de Cascais.

 

De uso regional, conhos, do latim cuneus,

São os calhaus rolados, 

no geral, de quartzo e de quartzito, 

próprios das aluviões do Tejo, do Zêzere

e de outros rios do centro do país. 

Conheiras são extensos amontoados de conhos, 

deixados pela lavra do ouro, levada a efeito, nos citados rios,

ao tempo da ocupação romana.

Barroco chegou-nos do pré-romano e

tanto significa pedra como barranco. 

É, ainda, o estilo artístico, que se opôs ao classicismo da Renascença. 

Barrocal é a paisagem pedregosa do Jurássico calcário algarvio e

barroqueiro, a pedra que se apanha do chão e se arremessa. 

A mesma a que o alentejano e o algarvio chamam bajoulo.

 

Do latim, rupe, alusivo a pedra, dispomos de dois adjectivos: 

Rupícula, que refere os animais ou as plantas 

que vivem entre ou sobre pedras e 

Rupestre, que qualifica o que cresce sobre pedras e as gravuras e pinturas 

também nelas deixadas pelos nossos antepassados pré-históricos.

 

Gema, do latim gemma, é o mesmo que pedra preciosa, 

Sal-gema é rocha sedimentar formada por halite, o mineral, 

em que o elemento gema, o distingue do cloreto de sódio, extraído das salinas. 

Gemologia é a disciplina que estuda as gemas e

gemólogos, os seus cultores.

 

Reminiscência da Grécia antiga, 

em que as contagens dos votos era feita com psephos ou seixos,

psefógrafo é o aparelho destinado à contagem de votos,

em assembleias eleitorais, 

psefologia, a disciplina que estuda os resultados desses actos, 

psefólogo, o estudioso desta matéria, e 

psefito, o mesmo que seixo e o nome de uma classe de rochas sedimentares 

essencialmente constituídas por seixos.

Com o mesmo significado, temos, ainda, 

rudito, vindo do latim rudus.

 

Burgau é o nome de uma praia algarvia, 

assim chamada em virtude da presença significativa 

de calhaus, seixos, burgos ou burgaus.

 

De origem obscura, dispomos de rebo e gobo

e os seus equivalentes minhotos, gode e godo,

que significam calhau rolado,

e o transmontano gogo, o grande seixo liso, 

no geral de quartzito, em que o sapateiro batia a sola. 

 

A palavra pedra já era muito velha, 

quando nos chegou, vinda do francês, roche,

de onde a nossa palavra rocha.

Temo-la no vocabulário popular e científico:

Rocha da Pena

Rocha dos Namorados

Praia da Rocha,

rochedo, o grande afloramento de rocha,

rochoso, o adjectivo sinónimo de pedregoso,

rochaz, o que vive entre rochas e 

rochedense, o qualificativo referente a rocha.

A palavra rocha substituiu e quase fez esquecer a velha palavra roca,

vinda do pré-romano e que persistiu 

nas palavras enrocamento e derrocada,

no topónimo Cabo da Roca

ou “Focinho da Roca”, com dizem os homens do mar, 

e em Rocaille, um estilo artístico, nascido em França, em finais do século XVII.

 

No Brasil, o étimo ita, do tupi-guarani, 

traduz a ideia de pedra 

e figura na composição dos topónimos em Mina Gerais,

Itabira Itacolumi,

e de duas rochas, muito especiais, 

itabirito, um arenito flexível, 

itacolumito, um importante minério de ferro.

 

Divergente de ita, segundo o Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado, o sufixo culto ite, do grego ités, é usado, entre franceses e ingleses, na formação de nomes quer de minerais quer de rochas. 

Entre nós, este sufixo é apenas utilizado nos nomes de minerais (pirite, calcite, dolomite, grafite, etc.) Para as rochas, os petrógrafos portugueses da segunda metade do século XX adoptaram a terminação ito (granito, quartzito, dolomito, antracito, etc.)”.

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3 Comments:

Blogger 500 said...

Puxa, como dizem os brasileiros, que ganda pedrada.

6 de setembro de 2024 às 16:08  
Blogger bea said...

É que é mesmo uma extensão de pedras e palavras que delas vêm.

6 de setembro de 2024 às 21:38  
Blogger opjj said...

Uma boa lição!

9 de setembro de 2024 às 19:13  

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