Falta de clareza?!
MACÁRIO Correia contesta "as contradições e a incoerência do PS":
«O primeiro-ministro garantiu aos algarvios que a Via do Infante não teria portagens e seis meses depois o ministro das Finanças admite essa possibilidade. Parece-me falta de clareza (...)»
Essa é boa! Haverá coisa mais clara?!
Mas também se pode ver o problema por outro ângulo:
Da mesma forma que não há «OVNIs identificados» (por definição), também não pode haver «SCUT com custos para o utilizador».
Já não me lembro bem dos termos, mas se a promessa de Sócrates foi que as SCUT continuariam sem custos para o utilizador...
«O primeiro-ministro garantiu aos algarvios que a Via do Infante não teria portagens e seis meses depois o ministro das Finanças admite essa possibilidade. Parece-me falta de clareza (...)»
Essa é boa! Haverá coisa mais clara?!
Mas também se pode ver o problema por outro ângulo:
Da mesma forma que não há «OVNIs identificados» (por definição), também não pode haver «SCUT com custos para o utilizador».
Já não me lembro bem dos termos, mas se a promessa de Sócrates foi que as SCUT continuariam sem custos para o utilizador...
4 Comments:
Mesmo sem ser necessário dizer que Sócrates mentiu, e se foi esse o caso, acho que Macário Correia poderia ter-se exprimido de forma clara.
Quanto às SCUT, ou melhor, à sua definição, estou de acordo com o conteúdo do post. E já agora que este tema surge, gostaria de deixar a minha opinião sobre o assunto. É um facto que todas as vias exigem trabalhos de manutenção e conservação, custos que evidentemente terão que ser suportados por “ alguém”. No entanto, deixar ao critério da subjectividade quais das SCUTs não serão pagas, levanta obviamente um coro de protestos por parte dos mais interessados. Penso que esta solução não agrada a ninguém! Ou pagam todos os utilizadores, ou nenhum paga! Porém, neste último caso, o Estado terá certamente que destinar verbas para os trabalhos de manutenção.
Enfim, o que se exige é clareza na política do governo, ou melhor, nas políticas dos governos sucessivos que ainda não conseguiram descalçar esta bota.
O problema é relativamente simples de explicar (embora, eventualmente, difícil de resolver - mas é para isso que há governantes...):
Não havendo estradas gratuitas (pois é sempre necessário pagar a quem as faça e mantenha), em Portugal há vários tipos delas:
As autoestradas – com portagem, em que quem passa as paga.
As estradas nacionais – sem portagem, pagas pelo Orçamento de Estado.
Estradas que, tendo a categoria de autoestradas, são também pagas pelo Orçamento de Estado (SCUT)
Etc.
O que sucede é que, por razões políticas (de desenvolvimento económico regional ou por não haver alternativas), há muitas do 3º tipo.
Ora, o que torna este problema caricato actualmente, é que o PSD e o CDS andaram muito tempo a dizer que as do 3º tipo deviam passar a ser do 1º (ou seja: as SCUT deviam passar a autoestradas normais), e Sócrates sempre disse que «isso seria um grande disparate»!
Como é evidente, essa promessa foi tida em conta pelos eleitores que votaram nele, nomeadamente no caso da A22 (a Via do Infante). E isso é verdade, independentemente de se achar que SIM ou que NÃO.
Claro, caro C.M.Ribeiro.
Independentemente de se achar que SIM ou que NAO, aqui fica registada mais uma incongruência ou mentira de Sócrates.
Caro Freitas D.
Eu acho que "a coisa já subiu mais um furo":
Os políticos como Sócrates já nem sequer acham que mentir seja grave.
Inclusivamente, nem devem chamar a isso "mentir" - são apenas "imprecisões", ou outra parvoíce qualquer.
Para eles, isso "é tão natural como a sua sede"... de poder.
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