5.12.05

O último livro de Saramago

EM «COMENTÁRIO-1» pode ler-se o resumo-muito-resumido do romance.

2 Comments:

Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Pode-se considerar que o romance tem três partes:

Na primeira, a morte "faz greve".
Para grande alegria de toda a gente, passam-se os dias e ninguém morre.
O pior é que os problemas começam a surgir com as agências funerárias (sem trabalho) , os lares da terceira idade (a rebentar pelas costuras), etc.

No entanto, como o problema é restrito a um determinado país, rapidamente as pessoas descobrem que basta atravessar a fronteira para morrer...

A Máphia (com "ph") inicia, então, o comércio da "morte a pedido", etc.

Na segunda parte, a morte retoma a actividade.
Porém, resolve avisar as pessoas, por carta, com uma semana de antecedência...
No entanto, há um envelope que é sistematicamente devolvido ao remetente

Na terceira parte, a morte resolve investigar o que se passa com esse "mortal-rebelde".
Descobre que é um violoncelista, que vive sozinho com um cão, e que acabou de fazer 50 anos.
A morte, então, disfarça-se de mulher-bonita e vai conhecê-lo, aproveitando para lhe levar, por mão, a carta-da-morte.

Contudo, acaba por ir com ele para a cama e destrói a carta...

--
Pelo meio, o livro tem algumas piadas ao Santana Lopes ("vai andar por aí"), à Microsoft (a morte não usa o Outlook Express) e a "diversos", que facilmente reconhecemos à nossa volta!

5 de dezembro de 2005 às 12:21  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

E ainda:

Na 1ª parte, o facto de deixar de haver mortes levanta um grande problema religioso:

É que TODAS as religiões baseiam a sua força no medo que as pessoas têm da morte e, consequentemente, na promessa que elas fazem da vida-além-da-morte.

Se deixa de haver morte...

5 de dezembro de 2005 às 19:51  

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