Existe uma pergunta que gostaria de fazer a Louça. Na hipótese académica de ele ser eleito usaria gravata ou continuaria a usar as suas roupas de esquerdista de cidade? É que um Presidente da Republica tem responsabilidades de representação do Pais...e que mal ficaria o pais representado com aquelas vestes!!
Até agora ainda não consegui ver nenhum dos debates entre os candidatos a PR. Por acaso este último, entre o Louçã e o Cavaco, até me tinha suscitado uma leve curiosidade, leve mesmo, mas depois entusiasmei-me a teclar no messenger e a tagarelar no skype, o tempo voou e acabei por perder o debate... E como sou uma mulher cheia de sorte, por este andar ainda me safo e não vejo nenhum...
Eu queria aproveitar a oportunidade para deixar um último comentário sobre a controvérsia do ponto e da vírgula como sinal decimal, uma questão levantada pelo nosso amigo Medina no post "Grandes pontos", do dia 6 de Dezembro.
Numa réplica a um outro comentário meu, perguntava-me o Medina : Quando referimos, p. ex., os tais 100.234, estamos a falar de «Cem mil, duzentos e trinta e quatro» ou de «Cem, vírgula duzentos e trinta e quatro»?
Ora bem. Nem uma coisa nem outra. 100.234 lê-se "cem ponto duzentos e trinta e quatro". Não faria sentido ler "vírgula" onde se encontra um ponto.
Quer na norma "internacional", quer na norma anglo-saxónica, recomenda-se a utilização de um único símbolo : ou o ponto, ou a vírgula. Para separar grupos de três algarismos ambas as normas recomendam o recurso aos espaços e não a utilização do outro símbolo. Precisamente para evitar confusões aos que adoptam a outra norma.
Logo, em rigor, o número 100.234, uma vez que utiliza o ponto, está escrito de acordo com a norma anglo-saxónica e traduz cem unidades e duzentas e trinta e quatro milésimas.
O problema é que muita gente se está nas tintas para a aplicação completa das normas. Quer os que preferem o ponto como sinal decimal, quer os que preferem a vírgula, recorrem frequentemente ao outro símbolo para fazer a separação dos grupos de três algarismos. Fica o baile armado.
Conclui-se que é altura de começar a pensar na uniformização destas duas normas. Inevitavelmente, emergirá a adopção do ponto e o abandono da vírgula. Com efeito, sendo o inglês, cada vez mais, a língua internacional, todos os que aprendem inglês para se entenderem em qualquer parte do mundo, aprendem também a utilizar o ponto como sinal decimal.
Eu acredito que em Portugal e noutros países europeus muitas pessoas reagirão a esta perspectiva. Não porque prefiram a sua rica vírgula, mas sim porque alimentam uma maior ou menor animosidade contra os anglo-saxónicos, sobretudo contra os americanos. É o problema dos preconceitos, das religiões, das ideologias : obscurecem a Razão.
Nota : no debate de ontem à noite Cavaco Silva voltou a falar, por mais de uma vez, em "biliões" no sentido de milhares de milhões, revelando que utiliza deliberadamente a norma anglo-saxónica.
Em países como Portugal, de facto, a gravata é mais ou menos obrigatória. Mas em muitos outros países nem sabem o que isso é.
Curiosamente, no Japão, passou a usar-se gravata por influência ocidental, e agora o governo pediu às pessoas que NÃO a usassem em dias de calor (para poupar energia no ar-condicionado).
1-A passagem dos "biliões" (na versão que aprendemos na escola) para os "mil milhões" deu-se há MUITOS anos, e não teve nada a ver com "anti-americanismos", pois nem se falava disso.
Imagino que possa haver alguma resistência em mudar tudo mais uma vez, mas acredito que possa vir a suceder.
2-Acredito também que a norma do "ponto" para os decimais se venha a impor. Se não por norma, pelo menos pelo uso.
3-Cavaco, ontem, usou a norma que aprendemos na escola para os "biliões", mas quando falou do crescimento económico usou a "vírgula" para referir valores decimais. As duas "coisas" não deviam andar a par?
Alguém da TV Cabo acaba de me ligar a oferecer uma fantástica promoção. Se aderisse aos canais Lusomundo por apenas 15,29 eurospor mês e se aderisse à nova box digital por apenas 2,5 euros por mês, então ofereciam-me o canal Lusomundo Happy inteiramente grátis!!!!!....ou seja, oferecem-me gratuitamente um canal que ninguém paga! Muito obrigado. Ainda lhe perguntei porque é que em zonas concorrenciais com a TVTEL eles ofereciam todos os canais Lusomundo aos clientes que ameaçavam mudar para aquele operador, ao que, após um breve silêncio me respondeu tratarem-se de promoções distintas. É esta a concorrência que temos e é este o mercado de tv por cabo em que vivemos. Haja concorrência e todos beneficiaremos
De saudar a pronta intervenção de José de Magalhães ao fechar (de um dia para o outro) o "Centro de Detenções" para emigrantes existente no aeroporto Sá Carneiro.
Note-se que tal só foi possível na sequência de um telefonema anónimo e de uma reportagem da SIC.
Por isso, embora reconhecendo que "mais vale tarde do que nunca", aqui ficam 2 questões:
1-E responsabilização dos "responsáveis" (do SEF, presumo)?
2-E que história é essa de que "não sabíamos de nada"?!
10 Comments:
O que acharam do frente-a-frente Cavaco-Louçã?
Um manequim de plástico contra um galispo aos pinotes... ou algo mais?
E o que acharam dos dois moderadores?
Existe uma pergunta que gostaria de fazer a Louça. Na hipótese académica de ele ser eleito usaria gravata ou continuaria a usar as suas roupas de esquerdista de cidade? É que um Presidente da Republica tem responsabilidades de representação do Pais...e que mal ficaria o pais representado com aquelas vestes!!
Na'me ocorre assim nada, a modos que...
AV1
Até agora ainda não consegui ver nenhum dos debates entre os candidatos a PR. Por acaso este último, entre o Louçã e o Cavaco, até me tinha suscitado uma leve curiosidade, leve mesmo, mas depois entusiasmei-me a teclar no messenger e a tagarelar no skype, o tempo voou e acabei por perder o debate...
E como sou uma mulher cheia de sorte, por este andar ainda me safo e não vejo nenhum...
Eu queria aproveitar a oportunidade para deixar um último comentário sobre a controvérsia do ponto e da vírgula como sinal decimal, uma questão levantada pelo nosso amigo Medina no post "Grandes pontos", do dia 6 de Dezembro.
Numa réplica a um outro comentário meu, perguntava-me o Medina : Quando referimos, p. ex., os tais 100.234, estamos a falar de «Cem mil, duzentos e trinta e quatro» ou de «Cem, vírgula duzentos e trinta e quatro»?
Ora bem. Nem uma coisa nem outra. 100.234 lê-se "cem ponto duzentos e trinta e quatro". Não faria sentido ler "vírgula" onde se encontra um ponto.
Quer na norma "internacional", quer na norma anglo-saxónica, recomenda-se a utilização de um único símbolo : ou o ponto, ou a vírgula. Para separar grupos de três algarismos ambas as normas recomendam o recurso aos espaços e não a utilização do outro símbolo. Precisamente para evitar confusões aos que adoptam a outra norma.
Logo, em rigor, o número 100.234, uma vez que utiliza o ponto, está escrito de acordo com a norma anglo-saxónica e traduz cem unidades e duzentas e trinta e quatro milésimas.
O problema é que muita gente se está nas tintas para a aplicação completa das normas. Quer os que preferem o ponto como sinal decimal, quer os que preferem a vírgula, recorrem frequentemente ao outro símbolo para fazer a separação dos grupos de três algarismos. Fica o baile armado.
Conclui-se que é altura de começar a pensar na uniformização destas duas normas. Inevitavelmente, emergirá a adopção do ponto e o abandono da vírgula. Com efeito, sendo o inglês, cada vez mais, a língua internacional, todos os que aprendem inglês para se entenderem em qualquer parte do mundo, aprendem também a utilizar o ponto como sinal decimal.
Eu acredito que em Portugal e noutros países europeus muitas pessoas reagirão a esta perspectiva. Não porque prefiram a sua rica vírgula, mas sim porque alimentam uma maior ou menor animosidade contra os anglo-saxónicos, sobretudo contra os americanos. É o problema dos preconceitos, das religiões, das ideologias : obscurecem a Razão.
Nota : no debate de ontem à noite Cavaco Silva voltou a falar, por mais de uma vez, em "biliões" no sentido de milhares de milhões, revelando que utiliza deliberadamente a norma anglo-saxónica.
Esqueci a identificação no último comentário : Jorge Oliveira.
Um Nome Comum
Em países como Portugal, de facto, a gravata é mais ou menos obrigatória.
Mas em muitos outros países nem sabem o que isso é.
Curiosamente, no Japão, passou a usar-se gravata por influência ocidental, e agora o governo pediu às pessoas que NÃO a usassem em dias de calor (para poupar energia no ar-condicionado).
C.R.
Caro Jorge,
Três coisas:
1-A passagem dos "biliões" (na versão que aprendemos na escola) para os "mil milhões" deu-se há MUITOS anos, e não teve nada a ver com "anti-americanismos", pois nem se falava disso.
Imagino que possa haver alguma resistência em mudar tudo mais uma vez, mas acredito que possa vir a suceder.
2-Acredito também que a norma do "ponto" para os decimais se venha a impor.
Se não por norma, pelo menos pelo uso.
3-Cavaco, ontem, usou a norma que aprendemos na escola para os "biliões", mas quando falou do crescimento económico usou a "vírgula" para referir valores decimais.
As duas "coisas" não deviam andar a par?
Alguém da TV Cabo acaba de me ligar a oferecer uma fantástica promoção. Se aderisse aos canais Lusomundo por apenas 15,29 eurospor mês e se aderisse à nova box digital por apenas 2,5 euros por mês, então ofereciam-me o canal Lusomundo Happy inteiramente grátis!!!!!....ou seja, oferecem-me gratuitamente um canal que ninguém paga! Muito obrigado.
Ainda lhe perguntei porque é que em zonas concorrenciais com a TVTEL eles ofereciam todos os canais Lusomundo aos clientes que ameaçavam mudar para aquele operador, ao que, após um breve silêncio me respondeu tratarem-se de promoções distintas.
É esta a concorrência que temos e é este o mercado de tv por cabo em que vivemos. Haja concorrência e todos beneficiaremos
De saudar a pronta intervenção de José de Magalhães ao fechar (de um dia para o outro) o "Centro de Detenções" para emigrantes existente no aeroporto Sá Carneiro.
Note-se que tal só foi possível na sequência de um telefonema anónimo e de uma reportagem da SIC.
Por isso, embora reconhecendo que "mais vale tarde do que nunca", aqui ficam 2 questões:
1-E responsabilização dos "responsáveis" (do SEF, presumo)?
2-E que história é essa de que "não sabíamos de nada"?!
E.R.R.
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