12.6.06
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8 Comments:
Compare-se isto com o que se pode ler no «Público»:
Bifes só em Inglês
“Estamos na América. Quando pedir, fale em Inglês”. A frase é clara e polémica e está a ser utilizada em Filadélfia, nos Estados Unidos, pelo proprietário do Geno's Steaks, que decidiu que apenas aceitará o pedido de um dos seus famosos bifes se o cliente o fizer na língua oficial do país. Caso contrário, recusa-se a receber qualquer encomenda .
Claro que o problema não é alguém (que atende portugueses em Portugal) falar TAMBÉM outras línguas.
Isso é óptimo!
O problema é quando SÓ FALA essas outras línguas.
Caro Calos Medina Riberio:
É claro que a forma de reagir a um determinado problema é pessoal, mas ocorrem-me duas perguntas que são mais retóricas do que para sua resposta:
- Porque não aplicou os seus esforços em falar inglês para lhes pedir também o livro de reclamações?
ou
- Porque não se levantou e se foi embora ao se aperceber da situação?
Só demonstrando na prática a nossa intolerância a tais situações é que se pode dizer que estamos a fazer a nossa parte para que elas nao existam...
Não é, como se vê muito por aí, "apelando para as entidades competentes"...
P: «Porque não aplicou os seus esforços em falar inglês para lhes pedir também o livro de reclamações?»
RE: Imaginemos vários motivos, todos mais ou menos plausíveis:
1º-Eu não sei dizer «livro de reclamações» em Inglês.
2º Eu sei, mas a minha pronúncia não é suficientemente british para aquela gente.
3º-Pedi «livro de reclamações», em Português, mas ninguém me percebeu.
4º-Quando me preparei para reclamar, as pessoas que estavam comigo pediram-me para não lhes estragar o feriado.
5º-A garota em causa era muito bonita e simpática, talvez estivesse a aprender a nossa língua, e talvez para a próxima já me entenda.
6º-Pensei que enviando este texto para os jornais (o que fiz) talvez seja mais eficaz.
NOTA: Acabei de ter sucesso com as cartas que publiquei em jornais por causa dos cartazes a anunciar o EURO 2004 (!!) na CP.
Idem, contra a inércia da Polícia Municipal de Lisboa no estacionamento selvagem na paragem de autocarros aqui ao pé de casa.
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«Só demonstrando na prática a nossa intolerância a tais situações é que se pode dizer que estamos a fazer a nossa parte para que elas nao existam... Não é, como se vê muito por aí, "apelando para as entidades competentes"...»
RE: Uma coisa não impede a outra.
Depende da pachorra - e eu já começo a ter muito pouca.
Além disso, as "entidades (supostamente)competentes" são pagas para isso.
Confesso-lhe que não estava à espera de uma resposta tão extensa.
Mas, enumerando os seus motivos, mais ou menos plausíveis:
Nrs. 1, 2 e 3:
Se um cidadão português, num estabelecimento público em Portugal, exprimindo-se na língua oficial de Portugal tem um problema de comunicação com os empregados então julgo que ambos concordamos que existe algo de bizarro o que nos remete para a segunda sugestão (levantar-se e ir embora).
Nr. 4
Tenho uma certa dificuldade em compreender como o feriado se estragaria abandonando o café, mas não se estava a estragar pelas dificuldades em pedir o café, em especificar que era em chávena grande, enfim, sabe melhor que eu as dificuldades que teve... Mas, reconheço, é subjectivo...
Nr. 5
Teria sido preferível esperar por uma 2ª visita para se pronunciar, aguardando os progressos no português da menina. Nem faria sentido enviar o texto para os jornais como anuncia no Nr. 6.
Nr. 6
Aqui só lhe posso manifestar o meu cepticismo. Enviando uma carta, acha mesmo que os patrões que contrataram a menina que não domina o português falado, dominam o português escrito?
Ou a carta é assim como a terceira "pombinha da catrina", naquela parte da letra em que diz "uma é minha, outra é tua, outra é de quem a apanhar"?
Agora mais a sério, lido o meu comentário reconheço que talvez tenha saído com um tom muito mais assertivo do que o pretendido. Se assim foi, as minhas
desculpas.
Agora estou profundamente convicto que o boicote é a resposta mais eficaz e mais imediata para situações como as que descreveu.
Nenhum treinador de futebol em Espanha ou Itália se atreve a dar conferências de imprensa falando em línguas estrangeiras. Os que o tentaram, acabaram-nas com 10% dos jornalistas originais na sala...
A. Teixeira,
1º-Um blogue como este é um local que serve, entre outras coisas, para a gente desabafar.
O meu post é apenas isso.
Se, a cada coisa que me chateasse, eu tivesse de pedir o livro de reclamações, não fazia mais nada na vida - e receio já não ter muitos anos pela frente...
2º-Em lado nenhum do meu post eu digo que "não pedi o L.R." nem digo que "não protestei"
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Curiosidade:
Neste blogue, descrevi com detalhe um problema que tive com uma loja, a Bio-Mais, que anunciava na sua página da Internet o meu nº de telefone como sendo o dela!!!
Protestei por telefone e por escrito para:
A Bio-Mais
A Provida (casa-mãe)
FCCN (para tentar bloquear a página)
Anacom (para forçar a corrigir a página)
Provedoria de Justiça (para forçar a Anacom a actuar)
Escrevi um artigo sobre isso na revita "Pessoal", recorri ainda a este blogue e a inúmeros amigos e conhecidos.
TUDO EM VÃO!
Ao fim de 18-meses-18 a receber telefonemas que eram para a Bio-Mais, contactei a SIC.
A "coisa" deu direito a reportagem no programa «Nós por cá», e o problema NESSA MESMA NOITE estava resolvido.
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Abraço
CMR
O importante é que cada um proteste quando achar que é justo protestar e como puder. E há muitas maneiras de o fazer.Pode ser num blogue, pode ser nos jornais, pode ser num livro de reclamações e até pode ser aos berros.
Acho que não faz sentido estar a dizer "deve-se protestar desta maneira e não daquela", pois tudo depende das circunstâncias, das pessoas, etc
Ed
Caro A.Teixeira,
Provavelmente o boicote aqui nem adiantaria muito porque, se bem conheço os cafés da Meia-praia, a clientela portuguesa está em clara minoria...
Portanto, enquanto estratégia comercial parece-me inteligente apostar só na ementa estrangeira...
Se eu fosse dono de um bar em Lagos também contrataria um empregado estrangeiro: provavelmente 90% dos clientes não fala português! (já para não dizer que os empregados estrangeiros com que tenho lidado, a maior parte das vezes, são mais simpáticos e profissionais do que os nossos co-cidadãos...)
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