Empregado ou gado?
SE PERGUNTARMOS a alguém se acha que um patrão deve interferir na forma como os seus empregados ocupam os tempos livres, responder-nos-á, provavelmente, que a questão é completamente disparatada.
Bem... não há regra sem excepção, como mostra esta sondagem do «Correio da Manhã».
Se calhar, a ideia subjacente aos 54% é que a rapaziada da selecção nacional de futebol está ao serviço da Pátria, uma nobre missão para a qual não há descanso nem tempos livres.
No entanto, mesmo no dia-a-dia dos campeonatos mais pelintras, muitos adeptos acham que devem controlar (e condenar, se for caso disso) o que os jogadores fazem nas horas vagas - como, aliás, era normal nos tempos da outra senhora em que os clubes se arrogavam o direito de decidir a que horas os seus empregados iam dormir!
Veja-se como, ainda hoje, há jornais que fazem manchete com frases em tom condenatório do género «(...) foi visto na bôite (...) a dançar até de madrugada».
Verdade se diga que estamos a falar de uma profissão onde ainda hoje é perfeitamente natural falar-se em EMPRESTAR, COMPRAR e VENDER os empreGADOs
Já ouvi um indivíduo afirmar, na rádio (referindo-se a um conhecido jogador), «Eu e (...) somos os donos do (...)».
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