28.2.07

Outra vez?!

DE VEZ EM QUANDO, como agora, lá reaparece a discussão acerca dos horários do comércio.
Nessas alturas, ouvem-se as opiniões dos representantes dos pequenos e dos grandes comerciantes, o Governo também diz de sua justiça, mas, quanto a perguntar (e, acima de tudo, a ter em conta) o que pensam os consumidores... não parece estar nos planos de ninguém.
No entanto, a médio ou longo prazo, o que vai suceder é muito simples: se houver quem queira comprar e quem queira vender, o comércio far-se-á. Caso contrário, não.
Tem sido sempre assim em todos os tempos e lugares, pelo que contrariar essa tendência é como estar a atirar areia para os esporões da Costa de Caparica - o que talvez explique porque é que, neste assunto (como em tantos outros), nunca falta gente a atirar-nos areia para os olhos.

8 Comments:

Anonymous Anónimo said...

A minha loja, que é uma papelaria, que é comercio tradicional está aberta das 8:30 a.m. às 20:00 p.m. sem hora de almoço de Segunda a Sábado e aos Domingos das 9:00 a.m. às 13:00 p.m. e nenhum dos meus clientes se queixa. Já aconteceu ter que me deslocar à loja durante a tarde de Domingo e deixei a porta aberta e tive clientes. Claro que se tivesse a loja aberta mais horas e aos Domingos de tarde com certeza que teria clientes mas acho que em tudo tem que haver um certo bom senso.Primeiro porque as pessoas já sabem os horarios do comércio e também têm de ter a consciência que quem tem casas de comercio também é gente e precisa de dormir e de ter um pouco de tempo de lazer. É claro que a mim fazia muito jeito que determinadas lojas estivessem abertas às 3:00 a.m. como a FNAC mas eu sei que não é possivel e tenho que me limitar aos horarios estipulados por eles.
Abraço.

28 de fevereiro de 2007 às 14:48  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

O que se refere no "post" é o que sucederá a médio-longo prazo (independentemente de se gostar ou não), pois uma coisa é certa: se houver quem queira comprar uma coisa, e se houver quem a queira vender, a troca far-se-á, mais cedo ou mais tarde.

É uma lei universal, fatal como o destino, pelo que haverá comércio que abrirá, outro que fechará; haverá quem arranje novos negócios e haverá quem perca os que tem - e por aí fora.

Abrir ou fechar uma loja poderá depender dos locais, dos produtos, das épocas do ano, etc. Mas, num mercado globalizado como aquele em que estamos a entrar, a oferta, para sobreviver, é que terá de se adaptar à procura, e não o inverso.

28 de fevereiro de 2007 às 15:09  
Anonymous Anónimo said...

Bernardo,

Imagine que um dia se dá uma alteração grande na zona onde tem a sua loja:

Por qualquer motivo, começa a haver clientes, para o seu ramo de negócio, só das 18 às 24h e entre sexta-feira e quarta-feira.

O que imagina que acontece?

Não há muitas hipóteses:

Ou acompanha a procura (adaptando a sua oferta a ela), ou haverá quem o faça por si.

A menos que se consiga que, administrativamente (por lei), tudo se mantenha como está.

Depende tudo de infinitas coisas. Mas, a prazo, basta olhar para o que se passa por esse mundo fora (especialmente nas grandes metrópoles "que não dormem").

Como atrás se diz, vai ser o comerciante a ter de se adaptar ao cliente, e não o oposto.

Podemos gostar ou não gostar, mas vai ser assim. E quem não o perceber a tempo, vai ser obrigado a perceber da pior forma: forçado pelas circunstâncias.

28 de fevereiro de 2007 às 15:29  
Anonymous Anónimo said...

Este assunto também está em discussão no blogue «O Carmo e a Trindade», onde as vossas opiniões serão bem-vindas:

http://carmoeatrindade.blogspot.com/

CMR

28 de fevereiro de 2007 às 15:35  
Anonymous Anónimo said...

O Comércio é uma actividade que tem de ser lucrativa e competitiva, regendo-se pela lei da oferta e da procura como os Serviços e a Indústria.

Assim, para não se deixar esmagar pela concorrência, o pequeno comércio (que, de facto, está fragilizado) tem de conhecer as armas dela e usar as que tem (ou arranjar outras).

As grandes superfícies são imbatíveis em preço, variedade e horários (mesmo sendo estes ainda condicionados).

Ora, não podendo o pequeno comércio competir por aí, tem de recorrer a outros argumentos. Compete ao interessados arranjá-los ou melhorá-los, não adiantando pôr-se a choramingar por tempos que não voltam e a reclamar por protecções que, cedo ou tarde, acabarão.

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Perto da minha casa há várias padarias e também vários supermercados que vendem pão.
Mas as padarias não fecharam, e até estão bastante prósperas.
Porquê?
Porque oferecem o que as grandes superfícies não têm: variedade, proximidade, atendimento personalizado - e, em certos casos, até o velho "fiado"!

28 de fevereiro de 2007 às 17:55  
Anonymous Anónimo said...

Concordo plenamente que a oferta é que se têm de sobrepor à procura. O horário da minha loja já sofreu muitas alterações e sofrerá quantas forem necessárias. Só não acho correcto existir uma OBRIGAÇÃO imposta por alguém. O comerciante tem de ser astuto o suficiente para perceber a altura em que deve fazer mudanças e como deve evoluir, consuante a area em que está inserido e obviamente perante as exigências dos seus clientes. Exigências essas que não podem ser utopicas.
Concluindo, eu como comerciante tenho de me moldar a tudo o que for para beneficio do meu negocio e estou completamente aberto a isso, só não estou aberto a exigências que do meu ponto de vista não têm pés nem cabeça. Bom eu e as exigências damos choque, é por aí.

28 de fevereiro de 2007 às 18:01  
Anonymous Anónimo said...

Diz Bernardo:

«Só não acho correcto existir uma OBRIGAÇÃO imposta por alguém». Tem razão, e aí é que bate o ponto:

Pelo que tenho ouvido, ninguém pretende OBRIGAR o pequeno comércio a abrir as lojas fora de horas. O que se pretende é PERMITIR que "quem queira abrir o possa fazer".

Neste momento, a única "obrigatoriedade" que existe é a inversa: a obrigatoriedade de NÃO abrir.

28 de fevereiro de 2007 às 18:25  
Anonymous Anónimo said...

Sim eu sei!:)
Eu tenho tido a possibilidade de fazer isso.Como referi alterei os horários varias vezes e alterarei as vezes que achar necessárias. Acho bem que se permita a determinados comércios abrir às horas que eles acharem convenientes assim como eu tenho feito. Espero que me tenha feito perceber.
Abraço!

28 de fevereiro de 2007 às 19:06  

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