Protesto pró-secularismo na Turquia
Mais de 150 mil pessoas participaram sábado numa manifestação na capital da Turquia, Ancara, para pedir que a política e a religião permaneçam separadas.
Não haja ilusões. Há uma guerra entre o fundamentalismo religioso e o laicismo e não há democracia sem separação da Igreja e do Estado. No Islão como no Cristianismo.
Na Turquia, que muitos querem fora da União Europeia, sem enjeitarem que lhe guarde as costas através das divisões da NATO, joga-se a segurança da Europa. A tradição laica está em perigo com as constantes arremetidas do clero islâmico e a vontade prosélita de transformar a república em mais uma teocracia.
O Vaticano também não ajuda com as constantes intromissões na política dos países que gostaria de voltar a ver como protectorados. Na Espanha, Polónia, França e em Portugal (como se viu no referendo do aborto) a tentação política é mais forte do que a vocação pia.
Não haja ilusões. Há uma guerra entre o fundamentalismo religioso e o laicismo e não há democracia sem separação da Igreja e do Estado. No Islão como no Cristianismo.
Na Turquia, que muitos querem fora da União Europeia, sem enjeitarem que lhe guarde as costas através das divisões da NATO, joga-se a segurança da Europa. A tradição laica está em perigo com as constantes arremetidas do clero islâmico e a vontade prosélita de transformar a república em mais uma teocracia.
O Vaticano também não ajuda com as constantes intromissões na política dos países que gostaria de voltar a ver como protectorados. Na Espanha, Polónia, França e em Portugal (como se viu no referendo do aborto) a tentação política é mais forte do que a vocação pia.
A Turquia tem uma elite culta, juízes e militares afoitos na defesa da Constituição laica, e um respeito enorme pelo fundador da Turquia moderna, mas a democracia encontra-se numa encruzilhada – ceder à tendência islâmica, que se afigura maioritária, ou tornar-se uma ditadura que defende o pluralismo religioso.
O problema da F.I.S. (Frente Islâmica de Salvação) que ganhou as eleições na Argélia e foi ilegalizada pode repetir-se na Turquia.
O que é a democracia, a vontade da maioria ou o respeito pelas minorias? Falará mais alto a memória de Kemal Ataturk ou os sermões exaltados do clero islâmico?
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home