Tempos interessantes
Por Joaquim Letria
HÁ UMA MALDIÇÃO CHINESA que deseja ao maldito que viva tempos interessantes. Mas os tempos interessantes não se podem medir em dias, horas ou minutos. Na verdade, não há momento em que não suceda algo interessante no nosso pobre Portugal.
Para o bem, ou para o mal, mas sem que nada seja por acaso, restando ver se os nossos queridos arquitectos do bem-estar social têm por objectivo intimidar os empresários para que deixem de sê-lo e começam a ocupar as fábricas abandonadas pelas falências, como os magnates russos. Todos seremos pobres, a trabalhar ou desempregados.
Depois das eleições, os cegos de Santa Maria passaram a cegos para sempre e os funcionários da Qimonda foram promovidos a desempregados permanentes. Governar para alcançar estes brilhantes resultados, que arrastaremos connosco durante anos, talvez em duas gerações, requer um certo esforço e arte, pois não é sem trabalho nem habilidade que se obtêm estes resultados em tempo de paz.
Destruir alegremente o tecido industrial e social português, a ponto dos estrangeiros se espantarem e persignarem, deve ser tarefa difícil, paralela à destruição sistemática do Estado de Direito. Num caso e no outro, talvez tenhamos de compreender, e fechar os olhos, para não vermos aqueles que levantam a voz contra as maldições chinesas.
HÁ UMA MALDIÇÃO CHINESA que deseja ao maldito que viva tempos interessantes. Mas os tempos interessantes não se podem medir em dias, horas ou minutos. Na verdade, não há momento em que não suceda algo interessante no nosso pobre Portugal.
Para o bem, ou para o mal, mas sem que nada seja por acaso, restando ver se os nossos queridos arquitectos do bem-estar social têm por objectivo intimidar os empresários para que deixem de sê-lo e começam a ocupar as fábricas abandonadas pelas falências, como os magnates russos. Todos seremos pobres, a trabalhar ou desempregados.
Depois das eleições, os cegos de Santa Maria passaram a cegos para sempre e os funcionários da Qimonda foram promovidos a desempregados permanentes. Governar para alcançar estes brilhantes resultados, que arrastaremos connosco durante anos, talvez em duas gerações, requer um certo esforço e arte, pois não é sem trabalho nem habilidade que se obtêm estes resultados em tempo de paz.
Destruir alegremente o tecido industrial e social português, a ponto dos estrangeiros se espantarem e persignarem, deve ser tarefa difícil, paralela à destruição sistemática do Estado de Direito. Num caso e no outro, talvez tenhamos de compreender, e fechar os olhos, para não vermos aqueles que levantam a voz contra as maldições chinesas.
«24 horas» de 17 de Novembro de 2009
Etiquetas: JL
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