Ver se há maneira
Por Joaquim Letria
NÃO SEI SE ANDA ALGUÉM do Governo a matar a cabeça para que a monstruosa dívida externa e as contas públicas arrebitem. Também não sei se, além dos funcionários do Partido Socialista e de alguns ministros, alguém ouve aquelas coisas que o primeiro-ministro se habituou a dizer acerca do crescimento, do emprego, da justiça social, da modernização e do progresso da economia. Caso o ouçam, também ignoro se o percebem. Também não sei se o levam a sério e não faço ideia se acreditam nele.
Portugal anda macambúzio, sorumbático, sem vontade de assim continuar. Mas também não sabe como sair desta miséria. É a miséria de sempre, mas agora sem esperança. Acabou o orgulho de ser português, o tempo de ser um aluno exemplar, um ciclista do pelotão da frente, todas aquelas coisas em que muitos acreditaram antes “dos gajos” darem às de vila Diogo, para não se molharem no pântano e fazerem pela vidinha.
Claro que é mais fácil arranjar um treinador para o Sporting do que um primeiro-ministro para Portugal. Mas isto também não vai lá com chicotadas psicológicas, mesmo que voltasse alguém a prometer-nos que nos tirava da “cauda da Europa” e que os putos, com o “Magalhães”, vão ensinar “novos mundos ao mundo”. Vamos comer a broa que nos atirem depois de já não haver mais sopas de Bruxelas. E ver se há maneira…
NÃO SEI SE ANDA ALGUÉM do Governo a matar a cabeça para que a monstruosa dívida externa e as contas públicas arrebitem. Também não sei se, além dos funcionários do Partido Socialista e de alguns ministros, alguém ouve aquelas coisas que o primeiro-ministro se habituou a dizer acerca do crescimento, do emprego, da justiça social, da modernização e do progresso da economia. Caso o ouçam, também ignoro se o percebem. Também não sei se o levam a sério e não faço ideia se acreditam nele.
Portugal anda macambúzio, sorumbático, sem vontade de assim continuar. Mas também não sabe como sair desta miséria. É a miséria de sempre, mas agora sem esperança. Acabou o orgulho de ser português, o tempo de ser um aluno exemplar, um ciclista do pelotão da frente, todas aquelas coisas em que muitos acreditaram antes “dos gajos” darem às de vila Diogo, para não se molharem no pântano e fazerem pela vidinha.
Claro que é mais fácil arranjar um treinador para o Sporting do que um primeiro-ministro para Portugal. Mas isto também não vai lá com chicotadas psicológicas, mesmo que voltasse alguém a prometer-nos que nos tirava da “cauda da Europa” e que os putos, com o “Magalhães”, vão ensinar “novos mundos ao mundo”. Vamos comer a broa que nos atirem depois de já não haver mais sopas de Bruxelas. E ver se há maneira…
«24 horas» de 20 de Novembro de 2009
Etiquetas: JL
1 Comments:
Portugal não anda nada assim. Andam as pessoas que vêem TV, tomando as sombras por realidade.
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