11.6.10

Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades

Por António Barreto

O DIA DOS PORTUGUESES ou, oficialmente, o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, comemorado em 2010, tem um significado especial. Na verdade, assistimos esta manhã a um desfile das nossas Forças Armadas precedido de uma extensa delegação de Veteranos, de Antigos Combatentes, mais singelamente de combatentes dos exércitos em todas as guerras e conflitos em que Portugal esteve envolvido desde meados do século XX.

Ao ver desfilar umas dezenas de antigos combatentes, de todos os teatros de acção militar em que Portugal participou, não sentimos vontade nem necessidade de lhes perguntar pela guerra, pela crença ou pela época. Sentimos apenas obrigação de, pelo reconhecimento, pagar uma dívida. (...)

Texto integral [aqui]

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2 Comments:

Blogger GMaciel said...

Nao era para comentar este texto, talvez pelo respeito que tenho ao seu autor, talvez porque o que vou dizer é politicamento incorrecto. Se a primeira podia ser motivo que me calasse, já a segunda não é peditório para o qual dê.

Posto isto, este texto incomoda-me. Porque sei na pele o que é ter um pai combatente que viveu e viu demais no chamado Ultramar? Porque sei na pele o que é o trauma de guerra?

Fosse ou não o suficiente, o problema comigo é ter uma noção cínica do português. Em qualquer assunto, o português é oito ou oitenta, mau ou bom, perspicaz ou idiota, mas deixado passar o tempo, vem o português, o mesmo que reagiu com 8 ou 80, pôr paninhos quentes.

Paninhos quentes é chamar de veteranos ou ex-combatentes por igual aos que foram vítimas de uma guerra que não queriam combater mas a isso foram forçados, e àqueles que foram criminosos de guerra. Porque os houve, eu sei.

Passados 36 anos, não é altura de acertar contas com quem quer que seja, mas também não é justo, lógico ou lícito, misturar vítimas com algozes. A bem das feridas que têm de ser saradas.

12 de junho de 2010 às 15:04  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Nesta crónica, o mais interessante está a ser a grande quantidade de comentários que está a receber no 'Jacarandá', muito especialmente tendo em conta quem os faz e o que lá é dito.

12 de junho de 2010 às 23:04  

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