10.6.11

Uma Esquerda à Deriva

Por Alfredo Barroso

A PERGUNTA, dirigida aos partidos da extrema-esquerda parlamentar, impõe-se: quanto pior, melhor? Se era isto que pretendiam o BE e o PCP, ao colaborarem com os partidos da direita no derrube do governo do PS, Francisco Louçã e Jerónimo de Sousa bem podem limpar as mãos à parede. Fizeram um lindo serviço.

A história repetiu-se 35 anos depois. Já em 1976, os mesmos «irmãos inimigos», PCP e UDP (hoje escondida no BE), juntaram os seus votos aos do PPD e do CDS para derrubar o primeiro governo do PS. Seguiram-se uma efémera coligação PS-CDS, três governos de «iniciativa presidencial» e três governos da AD que levaram o país à beira da bancarrota – evitada pelo governo do «bloco central» (PS-PPD). (...)

Texto integral [aqui]

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2 Comments:

Blogger Bartolomeu said...

É pretinente a pergunta que o caro Dr. Alfredo Barroso, coloca aos partidos. Contudo, o povo, exercendo o seu direito livre, corroburou com o voto, o que, em minha opinião, é sinal de que o essencial lhe foi escondido, premitindo, ou até, facilitando o resultado da escolha. E ainda, que a máquina eleitoral do PS, terá eventualmente falhado. Por inércia? Por inépcia? Ou porque também colaborou com os partidos da direita, no derrube do governo?

11 de junho de 2011 às 12:23  
Blogger GMaciel said...

Acho piada a esta história de os partidos da oposição terem "derrubado" o governo. Aceitar este argumento, por si só, é não conhecer Sócrates - ou não ter aprendido a lê-lo.

Sócrates, o grande actor, o excelente jogador de póker, conseguiu a proeza de enterrar o país e entregar a difícil governação que se adivinha à direita, com a incrível capacidade de deixar o ónus da culpa à esquerda.

É obra, mais ainda quando poucos, muito poucos, o entenderam e tantos, imensos, caíram no espectacular bluff.

Melhor, nem de encomenda.

13 de junho de 2011 às 11:46  

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