Foi no Natal de há muitos anos
Por A. M. Galopim de Carvalho
FOI EM ÉVORA, no Natal de 1938, o ano em que deveria ter entrado na escola, mas a minha mãe não deixou. A Escola de São Mamede tinha fama pelas reguadas que ali se davam às crianças em nome do ensino e da boa educação. O meu irmão Mário, dois anos mais velho do que eu, e as mãos dele, de frieiras rebentadas, eram testemunhos dessa incompreensível mas bem real pedagogia. No entender de mãe, eu era muito pequenino para enfrentar tamanha violência, nesse tempo, perfeitamente aceite pela sociedade, em geral.
FOI EM ÉVORA, no Natal de 1938, o ano em que deveria ter entrado na escola, mas a minha mãe não deixou. A Escola de São Mamede tinha fama pelas reguadas que ali se davam às crianças em nome do ensino e da boa educação. O meu irmão Mário, dois anos mais velho do que eu, e as mãos dele, de frieiras rebentadas, eram testemunhos dessa incompreensível mas bem real pedagogia. No entender de mãe, eu era muito pequenino para enfrentar tamanha violência, nesse tempo, perfeitamente aceite pela sociedade, em geral.
- Ficas aqui com a mãezinha. – Afirmava. - Aprendes comigo e, quando fores mais crescido, já podes ir para a escola. (...)
Texto integral [aqui]
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3 Comments:
Comovedora estória de Natal, de tempos que já não existem.
As reguadas tornaram-nos mais fortes.
BOM NATAL A TODOS
Sim, concordo e não encontro melhor palavra do que os sinónimos "comovedora" e "comovente" :-)
É uma linda história de Natal e uma lição de vida.
Um grande abraço e Feliz Natal.
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