Luz - Quinta do Infantado, Covas do Douro, 1979
Fotografias de António Barreto- APPh
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Numa prensa, à beira de um lagar, depois de se ter retirado o vinho, sobra o mosto que vai ser prensado e escorrido até que não sobre qualquer líquido. Este vinho assim feito não é em geral aproveitado para os melhores lotes. Na verdade, desta maneira extraíam-se também matérias que não faziam bem ao vinho: concentração excessiva, taninos a mais, madeira ácida, até resinas... Etiquetas: AMB
2 Comments:
Ora bem, há aqui um conceito que não me parece (linguisticamente) correto. Mosto é (todo) o sumo da uva depois de esmagada, quando é rico em açúcar, antes da fermentação. Portanto, o que se faz com a prensa, depois de retirado o mosto, é conseguir extrair mais mosto - aquele que fica embebido nos bagos de uva esmagados e (ainda) não espremidos. Claro que a prensagem vai extrair componentes da uva e da (própria) madeira que, de outro modo, não passavam para o mosto e que lhe vão alterar as qualidades...
Vinho é o que resulta da fermentação do mosto, em que leveduras (fungos unicelulares) da espécie "Saccharomyces cerevisiae" consomem a sacarose (acúcar do sumo de uva) e produzem (como "resíduo" orgânico) etanol. Em suma: o mosto, ao longo de semanas, vai ficando cada vez menos mosto e cada vez mais vinho, até ao final da fermentação. Concluída esta, está o vinho pronto ou quase, pois que as leveduras vão morrer no meio de tanto álcool e sedimentar no fundo das cubas.
Penso que há aqui uma imprecisão, pois o que resta da prensagem é o engaço.
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