9.8.12

O mais grave falhanço de Obama

Por Ferreira Fernandes
É DAS FRASES legais mais mortíferas: "Sendo necessária à segurança de um Estado livre a existência de uma milícia bem organizada, o direito ao povo de possuir armas e usar armas não poderá ser impedido." Agora foi Milwaukee, sete mortos; há dias, Aurora, 12 mortos... Um horror repetitivo como um jogo. Columbine? 15 mortos... E assim por diante, por causa daquela frase anacrónica. Acrescentada à Constituição americana, em 1791, como Segunda Emenda, era uma frase de liberdade. Ela trazia a marca da época: precisando o Estado de uma polícia armada, o povo também deve poder armar-se para não ficar sujeito a um poder tirânico... 
Mas depois que a democracia se instalou, como justificar a lei antiga? Ou, justificando-se, pode permitir-se ao cidadão atual armar-se com arsenal nuclear, já que é esse o patamar dos aqueles que se podem transformar em poder tirânico? 
Conversa da treta, a Segunda Emenda existe porque um poderoso lobby privado, a National Rifle Association (NRA), tem uma vontade que não tem os defensores da causa pública. Este é dos mais notórios falhanços do mandato de Obama: continuar a permitir que, na prática, quem quer que seja compre qualquer tipo de arma (leia-se bazucas e metralhadoras). E se falhou não foi respeito constitucional, foi por medo eleitoral: Al Gore, em 2000, perdeu porque queria controlar a venda de armas. 
Haverá, pois, mais cidades americanas desconhecidas que vamos decorar com um número à frente. 
«DN» de 9 Ago 12

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1 Comments:

Blogger Xico said...

"Mas depois que a democracia se instalou"

"que"?

Escreve-se desta forma no nosso português?
(eu sei que no Brasil quase tudo é possível)

9 de agosto de 2012 às 22:07  

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