O mais grave falhanço de Obama
Por Ferreira Fernandes
É
DAS FRASES legais mais mortíferas: "Sendo necessária à segurança de um
Estado livre a existência de uma milícia bem organizada, o direito ao
povo de possuir armas e usar armas não poderá ser impedido." Agora foi
Milwaukee, sete mortos; há dias, Aurora, 12 mortos... Um horror
repetitivo como um jogo. Columbine? 15 mortos... E assim por diante, por
causa daquela frase anacrónica. Acrescentada à Constituição americana,
em 1791, como Segunda Emenda, era uma frase de liberdade. Ela trazia a
marca da época: precisando o Estado de uma polícia armada, o povo também
deve poder armar-se para não ficar sujeito a um poder tirânico...
Mas
depois que a democracia se instalou, como justificar a lei antiga? Ou,
justificando-se, pode permitir-se ao cidadão atual armar-se com arsenal
nuclear, já que é esse o patamar dos aqueles que se podem transformar em
poder tirânico?
Conversa da treta, a Segunda Emenda existe porque um
poderoso lobby privado, a National Rifle Association (NRA), tem uma
vontade que não tem os defensores da causa pública. Este é dos mais
notórios falhanços do mandato de Obama: continuar a permitir que, na
prática, quem quer que seja compre qualquer tipo de arma (leia-se
bazucas e metralhadoras). E se falhou não foi respeito constitucional,
foi por medo eleitoral: Al Gore, em 2000, perdeu porque queria controlar
a venda de armas.
Haverá, pois, mais cidades americanas desconhecidas
que vamos decorar com um número à frente.
«DN» de 9 Ago 12 Etiquetas: autor convidado, F.F
1 Comments:
"Mas depois que a democracia se instalou"
"que"?
Escreve-se desta forma no nosso português?
(eu sei que no Brasil quase tudo é possível)
Enviar um comentário
<< Home