Luz - Terceira, Açores 2011
Fotografias de António Barreto- APPh
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Num intervalo de uma tourada à corda ou corrida de touros à
corda, em São Mateus,
a poucos quilómetros de Angra do Heroísmo. Há duas centenas ou mais destas
corridas ao longo do ano. Realizam-se nas aldeias, nas vilas ou nos bairros das
cidades. Parece mesmo que existe uma “coordenação” a fim de evitar que haja
muitas corridas ao mesmo tempo. É tradição própria da Ilha Terceira, mesmo se
noutras ilhas se pode esporadicamente organizar uma tourada parecida. As
primeiras destas touradas de que há registo datam do século XVII. Há
verdadeiros fanáticos que percorrem a ilha de tourada em tourada. E de cerveja
em cerveja, acrescente-se... Os touros são largados nas ruas, durante pequenos
percursos, de quinhentos a mil metros, amarrados a uma corda que se vai
esticando até certo limite. As pessoas aproximam-se e fogem quando o touro
chega. Não consta que haja feridos graves. Não se maltratam os touros de modo
excessivo. Terminada a tourada, os animais voltam para as pastagens e ainda
podem ser utilizados mais umas tantas vezes. É cerimónia social e romaria, mais
do que arte tauromáquica. Dentro de casa, em cima dos muros ou atrás das
grades, os visitantes e os turistas não correm grandes perigos. A maior parte,
aliás, está atarefada e consumir enormes piqueniques e imensas grades de
garrafas de cerveja. Uns rapazolas mais destemidos lá vão tentando impressionar
as moças... Só uma vez vi um levar umas “marradas” sérias. (2011).
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