9.9.12

Luz - Terceira, Açores 2011

Fotografias de António Barreto- APPh
 
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Num intervalo de uma tourada à corda ou corrida de touros à corda, em São Mateus, a poucos quilómetros de Angra do Heroísmo. Há duas centenas ou mais destas corridas ao longo do ano. Realizam-se nas aldeias, nas vilas ou nos bairros das cidades. Parece mesmo que existe uma “coordenação” a fim de evitar que haja muitas corridas ao mesmo tempo. É tradição própria da Ilha Terceira, mesmo se noutras ilhas se pode esporadicamente organizar uma tourada parecida. As primeiras destas touradas de que há registo datam do século XVII. Há verdadeiros fanáticos que percorrem a ilha de tourada em tourada. E de cerveja em cerveja, acrescente-se... Os touros são largados nas ruas, durante pequenos percursos, de quinhentos a mil metros, amarrados a uma corda que se vai esticando até certo limite. As pessoas aproximam-se e fogem quando o touro chega. Não consta que haja feridos graves. Não se maltratam os touros de modo excessivo. Terminada a tourada, os animais voltam para as pastagens e ainda podem ser utilizados mais umas tantas vezes. É cerimónia social e romaria, mais do que arte tauromáquica. Dentro de casa, em cima dos muros ou atrás das grades, os visitantes e os turistas não correm grandes perigos. A maior parte, aliás, está atarefada e consumir enormes piqueniques e imensas grades de garrafas de cerveja. Uns rapazolas mais destemidos lá vão tentando impressionar as moças... Só uma vez vi um levar umas “marradas” sérias. (2011).

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