6.9.12

Porta Nova (13) - Quando as palhinhas dos refrescos eram mesmo de palha verdadeira

Por A. M. Galopim de Carvalho
NA PORTA NOVA, o mestre João albardeiro trabalhava todo o ano a pensar nas feiras e mercados onde vendia o produto do seu trabalho, enchendo e dando forma, com palha de centeio, a albardas para burros e a cabeções para cavalgaduras de tiro, próprios para lhes amarrar os varais dos carros. No Inverno trabalhava dentro de casa, na semi-obscuridade de uma pequena porta sempre aberta para a rua, de onde exalavam os cheiros húmidos da palha, das carneiras e de outros cabedais usados nessas obras. (...)
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