Maturidade, sim, é do que precisamos
Por Ferreira Fernandes
PERDÍAMOS por cabazada, mas a troika de árbitros, condoída, passou o jogo para
sete anos - quatro anos de prolongamento! Há que aproveitá-los. Há que
recordar aquela tarde de 1966: vínhamos de um sufoco, a Coreia do Norte
atacou-nos (e não era só de garganta como os de hoje), a dívida já ia em
0-3. Então, o nosso líder Eusébio da Silva Ferreira começou a resgatar,
1-3, 2-3..., e os portugueses do costume puseram-se aos saltos, queriam
abraçá-lo. Ele enxotou-os. Conhaque é conhaque, trabalho é trabalho - e
só parou aos 5-3.
Como eu dizia, nada de euforia pelos quatro anos de
prolongamento. Assentar e escolher a tática: "Há tempo de coruja e tempo
de falcão", dizia outro dos nossos grandes líderes, D. João II, fazendo
jogar o Diogo Cão e o Bartolomeu Dias, como o outro, o Torres e o José
Augusto.
Já recorri a dois e grandes, O Pantera Negra e O Príncipe
Perfeito, para percebermos bem que a questão de líderes é crucial.
Sopram-me dali dizendo que um mister também era importante, era, mas
esqueçam, o nosso mister o mais que sabe é engasgar-se.
Equacionemos,
pois. Desvantagem: nada a esperar do balneário, o mister é nada.
Vantagem: saber que os líderes são fundamentais. Outra vantagem:
sabermos todos (até os próprios) que os líderes atuais - o que está em
campo e o no banquinho - não são coruja, nem falcão, nem pantera, nem
príncipe, só banais. Digam-me: não é de aproveitar os quatro anos de
prolongamento?!
«DN» de 10 Abr 13 Etiquetas: autor convidado, F.F
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