10 de Junho, Dia do Sport de Portugal
Por Ferreira Fernandes
CAVACO
Silva fez um apelo aos portugueses para praticarem desporto: "Todos os
dias, em cima de um tapete, faço 1500 metros." Foi, ontem, 10 de Junho.
Haja um português diferente dos outros, que se limitam a ir ao tapete: o
PR, ao menos, faz alguma coisa em cima dele! Mas até para o próprio
Cavaco o consumo de tapete já deve ter caído 10 por cento e, hoje, em
relação ao período homólogo, ele já só faz 1350 metros. Em todo o caso,
retenha-se o pingue-pongue: os portugueses querem correr com ele; ele
manda-os dar umas voltas. O que conta, pois, é a mensagem olímpica do
nosso Coubertin de Boliqueime. Portugal deve ser desportivo para se
cumprir. Patrão: "Não há dinheiro para salários." Empregado: "Tudo bem, o
mais importante não é ganhar, mas participar." O PIB vai deixar de
cair, faz mergulho aquático. A crise galopante passa a ser uma
modalidade do hipismo. À tentativa de conciliar Seguro com Passos
chamar-se-á natação sincronizada. O Gaspar não fala chato, joga curling.
As medidas de propaganda dos ministros passarão a ser saltos
ornamentais; as acusações furibundas dos da Oposição, lançamento do
dardo...
Simples discurso de 10 de Junho, ou é mesmo tática de jogo a
aplicar? Inclino-me para a última hipótese: o Governo não terá os
melhores jogadores, mas pode contar com o árbitro.
«DN» de 11 Jun 13 Etiquetas: autor convidado, F.F
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