29.8.13

Portugal, a Silly Season e António Borges

Por C. Barroco Esperança
QUANDO julgávamos que o calendário viesse paulatinamente reconduzindo Portugal e os portugueses a um módico de responsabilidade que nos redimisse dos silêncios dos altos dignitários que foram a banhos ao Algarve, só a morte de um ministro informal acordou da letargia o PR e o PM.
Depois de arderem três bombeiros e milhares de hectares de floresta, depois do sangue derramado nas estradas e das vidas afogadas nas praias e rios, depois do massacre a que os canais televisivos sujeitaram os telespetadores, com labaredas e gritos de desespero, só a morte de um economista implacavelmente ultraliberal, despertou as carpideiras da nossa desgraça para a capitalização da morte, na defesa das ideias que nos conduziram ao fracasso, usando o prestígio do defunto como ex-reitor do INSEAD de Paris. (...)
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