26.9.13

Em que eleição é que podemos escolher os nossos autarcas? Será nas "europeias", nas "presidenciais" ou nas legislativas?

«...nas autárquicas, o PSD e o CDS vão ser penalizados pela sua governação».
José Sócrates

«Só um povo masoquista deixaria passar a oportunidade de ouro que são as eleições municipais do próximo domingo sem dar uma lição exemplar ao Governo que nos últimos dois anos sistematicamente traiu - a palavra, infelizmente, só pode ser esta - todas as promessas feitas e todos os compromissos assumidos. Por isso (...), o mais importante no próximo domingo é o retrato que as eleições vão dar do estado de espírito do País (...). Não haja dúvidas: a consequência mais importante das eleições autárquicas é o seu significado nacional. É o primeiro momento eleitoral desde junho de 2011, é a ocasião propícia para os portugueses dizerem o que pensam de que se passou nestes dois anos. (...)
Manuel Maria Carrilho
*
Há declarações semelhantes por parte do PCP e do BE, pelo menos. Ou seja: partidos que não conseguiram ganhar as eleições legislativas (onde - pensava eu... - se decide quem governa o país), aproveitam outras eleições (que se lhes afiguram favoráveis) para as adaptarem ao que pretendem.
É como se, nas eleições para o Grupo Desportivo do meu bairro (onde, decerto, há adeptos do SLB e do SCP), me dissessem que o meu voto ia ser usado para avaliar o desempenho dos corpos gerentes do Benfica ou do Sporting! 
No entanto, e como essa teoria já é imparável (é defendida por autarcas, jornalistas, políticos e comentadores - e muito possivelmente pelos eleitores, em geral), resta-me votar em branco, e esperar que os oportunistas, os chicos-espertos e os pescadores-de-águas-turvas (desta vez do quadrante oposto) não venham dizer que, afinal, votei em Aguiar Branco!

3 Comments:

Blogger 500 said...

O voto em branco terá (tem) o seu significado. Para mim significa (desculpe lá) indecisão: não sei em quem votar, não os conheço, tanto me faz, são todos iguais... E arrisca a que alguém, como quem não quer a coisa, ponha uma cruzinha no local adequado. Risque, antes, o boletim, que tem, quanto a mim, o significado de que não quero nenhum deles. Ou escreva uma frase curta ou um 'boneco' (como encontrei em funções que exerci em mesas eleitorais), que anulam o voto. Nunca arrisco o voto em branco, não vá o diabo tecê-las.

26 de setembro de 2013 às 19:23  
Blogger José Batista said...

O título contém o que é importante.
Valia também (muito) a pena analisar o número de munícipes legalmente exigido para haver candidaturas de ("simples") cidadãos que, mais do que interessados em ideologias partidárias, querem ver resolvidos os problemas das zonas em que vivem. A isso eu chamaria estímulo à (verdadeira) participação democrática dos cidadãos. Com a inerente e consequente responsabilição, por proximidade, que parece não interessar...
E a quem não interessa?

26 de setembro de 2013 às 20:04  
Blogger José Batista said...

Ali, naquele comentário que fiz anteriormente, na antepenúltima linha, onde escrevi "responsabilição", devia, obviamente, ter escrito, "responsabilização".

28 de setembro de 2013 às 10:09  

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