8.12.13

Contributos para o debate sobre a calçada portuguesa (1)

29 de Nov 2013
Há mais de 5 anos que este pavimento pedonal se degrada dia a dia, e o escândalo do que se vê na 1ª foto (mais de metade das tampas de caleiras de calcário quebraram-se!) foi até denunciado no programa «Nós por cá», da SIC, a partir de fotos aqui publicadas.
Podem ver-se imagens que remontam a Junho de 2008 (e outras mais recentes) [AQUI], [AQUI] e [AQUI]. 

7 Comments:

Blogger Agostinho said...

Ora, CMR, parece-me estar a ver mal a situação. Tudo isto são expressões de cultura vanguardista. São instalações mais ou menos definitivas de arte contemporânea.
Outrora na época salazarenta, havia uns homens, chamados calceteiros que tratavam de manter a monotonia nos passeios e praças. Hoje só há calceteiros marítimos. Estamos noutros tempos em que a prática de desportos radicais está ao alcance do cidadão comum. É só descer à rua...
Será isto?
Ainda há outra hipótese que é traduzida numa palavra mágica: requalificar. Reparar já "num" dá!

9 de dezembro de 2013 às 22:42  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Como pode ver (pelo que mostro nos 'links'), o perigo maior não tem a ver com a calçada portuguesa, mas sim com as centenas de placas de calcário que cobrem a gigantesca caleira circular (com cerca de 200 metros de extensão).

Está aí, bem plasmada, toda a incompetência e insensibilidade de quem trata destas coisas - desde a concepção até à reparação, passando pela manutenção.
Como eu digo, há situações com mais de 5 anos, e que pioram dia a dia, pois essa placas quebram-se, pelas fissuras, com o simples peso dos peões!!

Quando a SIC (o saudoso «Nós por cá») fez uma reportagem acerca desse verdadeiro crime urbanístico (no seguimento de fotos que para lá enviei), não conseguiu descobrir quem eram os responsáveis por esse trabalho vergonhoso. Todos os que entrevistou empurraram a responsabilidade para outros!

10 de dezembro de 2013 às 09:39  
Blogger Agostinho said...

Há uns dois anos num encontro casual com uma senhora vereadora de um concelho que não vem ao caso chamei a atenção para uma situação que me pareceu aberrante. Tratava-se de uma floreira de cimento (um matacão) colocada no meio de uma passadeira de peões, precisamente no separador central (estreito, 50 a 60 cm),de tal modo que obrigava as pessoas a contornar o obstáculo para fazerem a travessia (sem semáforos).
Eu, na minha ignorância, argumentei que seria bom evitar possíveis caneladas e entraves à circulação das pessoas retirando a ridícula floreira. A senhora concordou e disse que ia ver o assunto nos Serviços. Até hoje, está tudo na mesma.

10 de dezembro de 2013 às 19:07  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Em tempos, ensinaram-me que a melhor resposta é sempre o "Vamos ver". O reclamante cala-se (que é o mais importante), e o tempo passa...
É a história do cavalo do rei, que o condenado à morte disse que ensinava a cantar se lhe dessem 1 ano de vida:

Dizia ele, para um amigo:

«Num ano acontece muita coisa. Pode morrer o rei, pode morrer o cavalo, e posso morrer eu. E, com um pouco de sorte, até pode acontecer que ele aprenda mesmo a cantar!»

10 de dezembro de 2013 às 19:24  
Blogger jose said...

Diz que as placas se quebram devido ao peso dos peões?Eu vejo,ao fundo da foto,uma furgonete em cima do passeio...,não moro em Lisboa mas vejo estragos provocados nos passeios pelo estacionamento de automóveis em cima das calçadas.Tudo se conjugará--a falta de civismo,a má concepção e a incúria camarária.

13 de dezembro de 2013 às 00:59  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

José,
Sim, há uma parte, do lado nascente, com acesso permitido a veículos (para touros, cavalos, fornecedores das lojas, etc).
Tem entrada própria e estacionamento próprio. Ocupa cerca de 1/4 da zona envolvente.

Nos outros 3/4, porém, as placas quebram-se mesmo sem carros.
Aliás, há imagens em que se vêem as fendas por onde elas, mais tarde, abrem.

13 de dezembro de 2013 às 09:18  
Blogger jose said...

Obrigado pelo esclarecimento.Enfim,neste país tudo colabora com a desagregação--da classe política às pedras.

13 de dezembro de 2013 às 15:04  

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