“...ONDE A TERRA SE ACABA E O MAR COMEÇA...” - (Luís Vaz de Camões) - (*)
Por A. M. Galopim de Carvalho
A propósito dos trabalhos visando o crescimento artificial da Praia de Dona Ana (Lagos) ocorre-me lembrar que a adulteração da paisagem física em nome do desenvolvimento é um facto que está a atingir proporções preocupantes.
Os reflexos no litoral da intervenção do homem são hoje bem visíveis e as soluções encontradas, para os minimizar ou eliminar, nem sempre são as melhores. A conclusão a tirar desta realidade é a de que não se pode continuar a planear o litoral de costas viradas para os conhecimentos que a ciência já está apta a fornecer. Há, pois, que saber conviver com o mar e respeitar os seus códigos que já conhecemos com razoável pormenor. No sentido de minimizar estes inconvenientes, tem-se recorrido a ensaios realizados em tanques especiais, onde, em modelos reduzidos, se procuram simular as condições naturais e as alterações a introduzir, a fim de estudar os seus efeitos. Modernamente, com o desenvolvimento dos meios informáticos, estão a utilizar-se, com idênticos propósitos, modelos matemáticos, mais rápidos e menos onerosos.
Seria desejável que decisores, jornalistas e comentadores falassem a mesma linguagem. Pareceu-me, pois, útil reunir nestas linhas o essencial do que dizem os estudiosos desta temática. (...)
Texto integral [aqui]-
NOTA: Este texto foi escrito a pedido de Cidadania de Lagos. Foi também feita uma versão resumida para publicação no jornal Correio de Lagos.
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