Sem Emenda - As Minhas Fotografias
Operárias têxteis em fabriqueta no Minho – Era assim, há uns anos, menos de dez. Sinceramente, não sei se ainda há destas “fábricas” que alimentavam outras empresas a custos baixos. Durante muito tempo, aquelas eram designadas por “fábricas de vão de escada”, sendo que a realidade era por vezes pior do que a lenda. Em condições muito deficientes de higiene, temperatura, luz e qualidade do ar, durante longos horários, estas mulheres cortavam tecidos importados deus sabe donde, da China ou do Bangladesh, e coziam as peças que outras empresas maiores ou até simples vendedores de feira compravam e revendiam. Os salários pagos eram irrisórios. Uma boa parte do têxtil português foi feita aqui. As grandes empresas, modernas e eficientes, foram as principais responsáveis pela exportação portuguesa durante décadas, mas, com elas, vieram também estes “satélites”. Se a crise dos últimos anos tivesse saneado o sector, nem tudo seriam más notícias…
DN, 15 de Janeiro de 2017
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1 Comments:
Estas pequenas em presas eram de umaforma geral familiares Recebiam o que se chamava a "obra a feitio"As grandes empresas de confecção socorriam-se delas quando não tinham capacidade para confeccionar uma parte das grandes encomendas ou pq o tempo de produção das empresas era baixo,quer pelo índice de abstencionismo que provocava uma quebra na produção,quer pela falta de investimento em maquinaria mais sofisticado Na altura as grandes marcas internacionais de roupa começavam a descobrir os países de "mão de obra barata" com os quais os confeccinadores portugueses não conseguiam competir Não podemos esquecer que as empresas tinham prazos de entrega a cumprir...os clientes não se condoiam com as limitações do país ..,,e. a mentalidade da dos empresários da época era não perder encomendas ...,Apesar dos pesares estas empresas satélitesgeravam postostrabalho...
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