Hoje é um dia triste
Hoje, fomos surpreendidos pela triste notícia do desaparecimento do Nuno Brederode dos Santos, um dos primeiros colaboradores do Sorumbático que, infelizmente, há muito tempo andava arredio — por motivos de saúde, presumo.
Como todos os contactos que nós tivemos se relacionavam, directa ou indirectamente, com este blogue, julgo que a melhor homenagem que lhe posso fazer é indicar como podem ser relidas as suas saborosas crónicas (mais de 100), que continuam guardadas:
Bastará escrever o seu nome (ou parte dele) na Caixa de Pesquisa, como se vê na imagem (*).
Um abraço, saudoso amigo Nuno!
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(*): Aliás, bastará clicar em baixo, neste mesmo post, nas letras "NBS" da etiqueta. Com isso, ficarão visíveis as suas crónicas (e apenas essas) por ordem cronológica.
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(*): Aliás, bastará clicar em baixo, neste mesmo post, nas letras "NBS" da etiqueta. Com isso, ficarão visíveis as suas crónicas (e apenas essas) por ordem cronológica.
5 Comments:
Um mago da escrita, Nuno Brederote Santos. As suas crónicas são inigualáveis, em inteligência, elegância, sensibilidade e humor.
Obrigado a CMR por no-las tornar facilmente acessíveis.
JB
Lisboa, Portugal 29/04/2017 18:48 (LUSA)
Temas: Artes, Cultura e Entretenimento, Literatura, Artes (geral), Cultura (geral), Media, Pessoas, Sociedade, Morte
Lisboa, 29 abr (Lusa) - O funeral do cronista Nuno Brederode dos Santos, que morreu hoje aos 73 anos, realiza-se na segunda-feira, 01 de maio, para o Cemitério dos Prazeres, em Lisboa, disse à agência Lusa fonte da família.
O velório decorrerá a partir das 15:00 de domingo no Museu da Cidade, de onde partirá o funeral no dia seguinte, também às 15:00, para o Cemitério dos Prazeres.
Nuno Brederode dos Santos morreu hoje de manhã de doença prolongada no Hospital dos Capuchos, em Lisboa, onde estava internado há duas semanas.
Brederode dos Santos nasceu em Lisboa em 14 de dezembro de 1944 e ficou conhecido pelas crónicas no semanário Expresso, que escreveu ao longo de 17 anos, tendo posteriormente passado para o jornal Diário de Notícias, entre 2006 e 2009.
Pelas crónicas no Expresso, ganhou o Prémio Gazeta Crónica, do Clube de Jornalistas, em 1990.
No mesmo ano publicou uma coletânea dessas crónicas no livro 'Rumor Civil', na editora Relógio d’Água.
Fez a sua vida profissional no Instituto de Participações do Estado, filiou-se no Partido Socialista em 1977 e foi conselheiro político do Presidente da República Jorge Sampaio, entre 1996 e 2006.
SS (SV) // JLG
Lusa/Fim
Hoje é um dia triste para a democracia, a cultura e o civismo.
O Nuno era aos 20 e poucos anos o responsável pela página «Factos e Documentos» da Seara Nova, um intelectual que enriquecia a Cooperativa Devir, onde o conheci, e um notável prosador de humor arrasador.
O amigo íntimo e discreto de Jorge Sampaio foi dos mais destacados intelectuais da minha geração.
Em almoços promovidos por Medina Ribeiro era um regalo participar em conversas com o Nuno, o Alfredo Barroso e o Carlos Pinto Coelho, sob o olhar de um homem sábio, Galopim de Carvalho, e o deleite geral.
A vida não é eterna, mas é-o a saudade par os que ficam. RIP.
Houve 4 almoços desses, em que estiveram presentes, também, o Joaquim Letria e o Pedro Barroso.
CMR:
É verdade e recordo-os bem. V/ tem, aliás fotos desses almoços.
Obrigado por recordar esses amigos que, graças a si, me proporcionaram memoráveis tardes.
O Nuno era o único de quem era amigo desde o início da década de 70 do século passado. Casou, aliás, com uma filha do saudoso Teófilo Carvalho dos Santos, natural de Almeida, amigo de meu pai.
No nosso último almoço perguntei-lhe porque deixara de escrever as suas crónicas nos jornais. Respondeu-me: «Arranja-me um jornal que me queira». Que enorme quantidade de prosa, de primeira água, se perdeu de um talento singular!
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