No "Correio de Lagos" de Fev 21 .
O texto seguinte (bem como as imagens que o acompanham) foi-nos enviado pelo leitor António Xavier, a quem muito agradecemos, e a quem aproveitamos para felicitar pela esperança que demonstra em que as correcções venham, um dia, a ser feitas...
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«As placas toponímicas que figuram nas imagens apenas distam 50 metros uma da outra e evocam a mesma personalidade lacobrigense, o juiz José António Ferreira Brak-Lamy, dando nome a duas diferentes artérias (uma rua e uma travessa) da cidade de Lagos. À excepção óbvia deste último facto, o contraste entre ambas é tal que, desde logo, se torna evidente a ausência de um critério uniforme na sua elaboração, quer na identificação do vulto em questão quer na indicação dos respectivos dados biográficos. Poderíamos aproveitá-las até para lançar um passatempo e desafiar os leitores a descobrir as suas diferenças… Porém, a surpresa é ainda maior quando numa delas descortinamos algumas inesperadas imprecisões. Tal é precisamente a circunstância da placa denominativa da travessa, que aponta o ano de 1781 como sendo a data de nascimento do mencionado juiz; e que, além disso, em lugar da sua data de óbito, tem inscrito um estranho e enigmático ponto de interrogação, o que naturalmente suscita também a nossa curiosidade e interrogação. Semelhante inscrição, aliás, tem correspondência com a informação publicada na obra “Vultos na Toponímia de Lagos”, da autoria de Silvestre Ferro, editada pela Câmara Municipal de Lagos, na qual provavelmente se terá baseado a própria Comissão Municipal de Toponímia. Todavia, se recorrermos às fontes de base, por natureza mais fidedignas, designadamente aos fundos documentais depositados nos Arquivos Nacionais da Torre do Tombo, passíveis de consulta através da respectiva plataforma electrónica, poderemos concluir que o referido juiz nasceu, afinal, no ano de 1780 (a 18 de Julho), conforme assentamento no livro de registo de baptismos de Lagos, freguesia de São Sebastião (1775-1782); e que o mesmo faleceu no ano de 1847 (a 21 de Maio), conforme assentamento no livro de registo de óbitos de Lisboa, freguesia das Mercês (1847-1867). Feita a observação, caberá aos competentes órgãos municipais a responsabilidade de providenciar a rectificação de tais lapsos».
Etiquetas: CMR, Correio de Lagos
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