MONUMENTO NATURAL DAS PEGADAS DE DINOSSÁURIOS DE OURÉM-TORRES NOVAS – O MAIS IMPORTANTE GEOMONUMENTO NACIONAL
Geomonumento instalado na antiga Pedreira do Galinha, foi assim classificado, em 1996, pelo Decreto Regulamentar 12/96 de 22 de outubro.
Como cidadão e como geólogo, é meu dever informar o país e, em especial, os governantes das excepcionais grandiosidade, espectacularidade e importância científica deste invulgar património, o que exige que se pense em grande na sua adequada musealização, como um polo de interesse científico, pedagógico, cultural e turístico de nível internacional, na certeza da sua garantida rendibilidade económica, uma previsão realista que tem, também, em conta, a proximidade (10km) de Fátima, cujo Santuário chama, anualmente, vários milhões de visitantes.
O meu propósito relativamente a este Geomonumento pode parecer um sonho ambicioso, mas todos sabemos que “sempre que um homem sonha, o mundo pula e avança”.
Este propósito visa ultrapassar o muito e o bom que já ali se fez. Engrandece-o ao dar-lhe a importância que lhe é devida.
Trata-se de uma iniciativa pessoal que só me compromete a mim, não só na qualidade de cidadão, que sempre fui e sou, mas também na de quem, desde a primeira hora, há 25 anos, ali deixou muito trabalho.
Já o afirmei, por palavras faladas e escritas, que não pretendo ultrapassar ninguém.Pretendo, unicamente, servir.
OBJECTIVOS DESTE PROPÓSITO
1 - Divulgar amplamente a real importância científica, pedagógica, e cultural deste património natural.
2 - Lembrar que estas potencialidades constituem um grande atractor turístico, potenciado pela proximidade (10km) do Santuário de Fátima.
3 - Convencer as entidades que o tutelam a encontrarem meios para fazerem nascer um projecto a ser “pensado em grande”, com projecção internacional, compatível com as características que o distinguem a nível mundial.
4 – Conseguir que as mesmas entidades encontrem os meios necessários à sua execução.
CARACTERÍSTICAS DESTE GEOMONUMENTO
1 - Raridade e significado geológico e paleontológico de uma jazida do Jurássico médio, com cerca 275 milhões de anos, internacionalmente conhecida e reconhecida.
2 - Qualidade e grande número (cerca de quatro centenas) de pegadas de grandes saurópodes, muitas delas organizadas em trilhos, em número de 20, dois deles, com mais de 140m.
3 – Grandiosidade e espectacularidade da jazida, no topo de uma única camada de calcário com 62 500 m2 de superfície.
4 - Extensa área envolvente, susceptível de comportar diversos equipamentos complementares deste importante Geomonumento, que especialistas deste tipo de realizações sabem encontrar. Eis algumas, já então pensadas ou propostas, em colaboração com os arquitectos Mário Moutinho e Martins Barata:
- Percurso de circulação pedonal quilométrico
- Jardim jurássico
- Museu e Centro de Interpretação
- Auditório
- Espectáculos de luz e som
- Espectáculos em 3D, com recurso a realidade virtual
- Exposições temporárias cobertas e/ou de ar livre
- Painel do tempo
- Comboio ou túnel do tempo
- Parque infantil
- Recinto de merendas,
- Cafetaria e/ou restaurante
- Silhuetas gigantes
- Parque de estacionamento automóvel.
5 – Atracção turística potenciada pela proximidade (10km) do Santuário de Fátima.
ACÇÕES DESENVOLVIDAS NO PRESENTE
1 - Em 27/06/2022, informei, deste meu propósito:
- o Director Regional de Lisboa e Vale do Tejo do ICNV, Eng.º Rui Pombo,
- o Presidente da Câmara Municipal de Torres Novas, Pedro Ferreira,
- o Presidente da Câmara Municipal Ourém, Luís Albuquerque e
- o Presidente da Câmara Municipal de Porto de Mós e da Associação para o Desenvolvimento das Serras d’Aire e Candeeiros (ADSAICA), Dr. Jorge Vala.
- o Vice-presidente da mesma Câmara, Dr. Eduardo Amaral.
2 - Em 17/07/2022, contactei o Primeiro-ministro que o reencaminhou para
a Secretaria de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, onde já fui recebido, em 05/07/2022, numa primeira reunião, onde explanei o essencial deste propósito.
APOIOS RECEBIDOS
Universidade de Lisboa (UL) – Tendo abraçado muito positivamente este propósito, o Reitor, Professor Doutor Luís Ferreira, delegou, em 22/06/2022, a sua representação na Directora do Museu Nacional de História Natural e da Ciência, Doutora Marta Lourenço.
Universidade de Évora (EU) – A Reitora, Professora Doutora Hermínia Vasconcelos, manifestou-nos o apoio desta Universidade a este propósito, tendo, em 12/07/2022, delegado a sua representação no Professor Doutor Rui Dias, desta mesma Universidade.
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) – O Reitor, Professor Doutor Emídio Gomes, manifestou-nos, em 17/07/2022, o apoio desta Universidade, delegando a sua representação nos Professores Doutores Artur Sá e Elisa Preto Gomes.
Instituto de Ciências da Terra - Envolvendo as Universidades de Évora, Minho e Porto, já nos manifestou, por escrito, em 02/07/2022, idêntico apoio.
Unidade de Investigação “Geobiociências, Geoengenharias e Geotecnologias, da Universidade de Aveiro, idem, em 21/07/2022.
Ciência Viva - A Drª Rosalia Vargas, Directora desta Agência Nacional, a quem, em 24/06/2022, dei conhecimento deste propósito, pretende ser parte dele.
Sociedade Geológica de Portugal (SGP) – Declarou verbalmente, em 18/07/2022, o seu apoio a este mesmo propósito, aguardando-se a respectiva declaração, por escrito.
Associação Portuguesa de Geólogos (APG) – Manifestou-nos por escrito, em 18/07/2922, idêntico apoio.
Associação Portuguesa de Professores de Biologia e Geologia (APPBG) - idem, 08/07/2022.
Liga de Protecção da Natureza (LPN) – idem, em 18/07/2022.
Instituto Politécnico de Tomar - idem, em 04/07/2922.
Centro Português de Geo-história e Pré-história, idem, em 01/07/2022.
INDIVIDUALIDADES ENVOLVIDAS NA DEFESA E VALORIZAÇÁO DESTE GEOMONUMENTO
Elisa Ferreira – Professora catedrática de Economia da Universidade do Porto e actual Comissária Europeia para a Coesão e Reformas, fica na história deste Geomonumento. Foi no seu mandato e com todo o seu apoio que, após conversações entre o governo e o industrial, foi acordado pôr fim à exploração, a que se seguiu, em 1996, a classificação da jazida como Monumento Natural e a entrega do sítio à administração do PNSAC.
Maria João Botelho – Arquitecta e então Directora do Parque Natural das Serras d'Aire e Candeeiros (PNSAC), liderou o grupo de trabalho que conseguiu a respectiva salvaguarda e conduziu à dita classificação. Deste grupo de trabalho fizeram parte o Dr. José Manel Alho, em representação da Quercus, o Eng.º Carlos Caxarias, designado pela Direcção Geral de Minas, o concessionário da pedreira, Rui Galinha, o vereador David Catarino, da Câmara Municipal de Ourém, o vereador Pedro Ferreira, da Câmara Municipal de Torres Novas, e uma representação do Museu Nacional de História Natural chefiada por mim, então director deste Museu.
José Manuel Alho – Biólogo e actual Vice-presidente da Comissão de Coordenação do Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDRLVT), enquanto Director do PNSAC e, depois, Presidente do Instituto de Promoção Ambiental (IPAMB), coordenou, 1997, o “Programa de Intervenção no Monumento Natural das Pegadas de Dinossáurios da Serra d’Aire”, de que fiz parte, e no qual pudemos contar com a valiosa participação do Arqtº. Pedro Martins Barata. Os trabalhos prosseguiram a bom ritmo, enquanto durou a equipa ministerial liderada pela
Pedro Martins Barata - Professor catedrático convidado do Instituto Superior Técnico e da Faculdade de Arquitetura da então Universidade Técnica de Lisboa, integrou o atrás referido grupo de trabalhos e é o autor do Aramossáurio e do Painel do tempo.
Fernando Catarino - Professor catedrático jubilado da Universidade de Lisboa, está, desde início, envolvido nos trabalhos inerentes a este Geomonumento, nomeadamente, no que se refere à criação e acompanhamento do Jardim Jurássico
Mário Moutinho – Arquitecto e Reitor da Universidade Lusófona, autor do primeiro projeto de musealização deste Geomonumento, está comigo nesta proposta.
INDIVIDUALIDADES QUE NOS APOAIM NESTE PROPÓSITO
António Sampaio da Nóvoa – Reitor emérito da Universidade de lisboa, Ex-embaixador de Portugal na UNESCO e Conselheiro de Estado.
Jorge Paiva – Professor catedrático de Botânica, da Universidade de Coimbra.
António Batista Lopes – Advogado e editor da Âncora Editora.
Carlos Fiolhais - Professor catedrático de Física da Universidade de Coimbra.
Henrique Cayatte - Designer e ilustrador, Professor convidado da Universidade de Aveiro.
Carlos Medina Ribeiro – Engenheiro Electrotécnico do ramo de Energia (IST), (ex-chefe de projectos na Efacec Engenharia e ex-colaborador (como animador e escritor) da Missão para a Sociedade da Informação.
Luis Raposo - Pré-historiador, Professor universitário e Presidente do ICOM Europa.
Fernando Tavares Rocha – Professor catedrático de Geologia da Universidade de Aveiro.
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Nota Final
Estou a completar os 91 anos de idade e sei, portanto, que não o verei concluído, mas isso não me impede de trabalhar, empenhada e intensamente, para o pôr em marcha, necessariamente a correr.
Etiquetas: GC
1 Comments:
Caro Amigo e Professor,
Todos os portugueses somos devedores do seu empenho em tão justa causa.
Um abraço.
CE
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