12.11.05

O carpinteiro e os ratos

FRANCISCO Louçã, Jerónimo de Sousa, Mário Soares e respectivos apoiantes continuam a dar mostras de não perceberem uma coisa que entra pelos olhos dentro:

Fazer dos ataques a Cavaco Silva o tema principal do seu discurso é um exercício de auto-menorização que não os vai levar longe.

No entanto se, para os dois primeiros, as consequências não são graves (pois parecem estar muito satisfeitos no seu canto de Portugal-dos-Pequeninos) já não se pode dizer o mesmo do último que (ao contrário do que já fez Manuel Alegre) continua a bater na mesma tecla, fazendo-me lembrar uma rábula e uma velha história infantil:

A RÁBULA é a do carpinteiro-cegueta que em vez de acertar nos pregos espancava as tábuas - como se recusava-se a usar óculos, tentava resolver o seu problema martelando com mais força.

A HISTÓRIA
é «O rato do campo e o rato da cidade», que Mário Soares me fez recordar quando, na entrevista à TVI, praticamente chamou "labrego" a Cavaco Silva.
Sendo pessoa tão culta, devia saber que, na história infantil, é para o rato-do-campo que vai, quase sempre, a simpatia dos leitores.

E devia pensar que a distância de leitores a eleitores não é grande...
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NOTA: Para evitar mal-entendidos, esclareço que, até agora, ainda nenhum dos pré-candidatos a PR me convenceu a dar-lhe o seu voto.
O facto de eu achar que um ou outro está a gerir a sua campanha melhor ou pior não tem nada a ver com o facto de concordar - ou não - com o que propõe.
São coisas completamente diferentes, e não devia ser preciso dizê-lo num blogue como este - essencialmente frequentado por pessoas inteligentes...

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

«...um blogue como este - essencialmente frequentado por pessoas inteligentes...»

Esta convence qualquer um a voltar.

13 de novembro de 2005 às 18:44  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

C. Esperança

É que há dias eu disse, num outro blogue, que a esquerda se estava a espalhar, e houve uns imbecis concluiram que eu estava apoiar o Cavaco!

13 de novembro de 2005 às 19:26  
Anonymous Anónimo said...

A rábula e a história evidenciam,e muito bem na comparação feita, a ingenuidade pacóvia dos actores.


Mário não gostava de Aníbal que não gostava de Jerónimo
que não gostava de Manuel que não gostava de Francisco
que não gostava de ninguém.
Mário foi cuidar do jardim, Aníbal foi para Belém,
Jerónimo para a fábrica, Manuel para poeta,
Francisco fez greve de fome
e António Garcia fez as malas e partiu,
por nada ter a ver com a história.

14 de novembro de 2005 às 00:14  
Blogger jjoyce said...

pois...faço parte do grupo d'almas que não suporta ter de olhar para a cara do cavaco; já o boneco do acabado no contra me faz rir imenso, sobretudo quando come bolo rei...lol

14 de novembro de 2005 às 10:31  

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