O «dois-em-um»
PERANTE desgraças ou crimes, há dois tipos de reacções ignóbeis: uma, é negá-los; outra, e procurar fazer humor com eles.
Esta é do primeiro género:
Do segundo, temos as anedotas aquando do desastre de Entre-os-Rios.
Mas verdadeiramente geniais são os que conseguem fazer o dois-em-um:
«Começámos pelos aviões, passamos a Guantánamo. Nesta viagem de circum-navegação, pensei que chegávamos à Coreia do Norte». (Anacoreta Correia, segundo o «DN» de hoje).
Esta é do primeiro género:
Do segundo, temos as anedotas aquando do desastre de Entre-os-Rios.
Mas verdadeiramente geniais são os que conseguem fazer o dois-em-um:
«Começámos pelos aviões, passamos a Guantánamo. Nesta viagem de circum-navegação, pensei que chegávamos à Coreia do Norte». (Anacoreta Correia, segundo o «DN» de hoje).
5 Comments:
Mais papistas do que o papa?
Curiosamente, nem a própria Condoleezza Rice negou a existência das prisões secretas nem dos voos da CIA.
A ideia de Anacoreta Correia é a seguinte:
«Como na Coreia do Norte não se respeitam os direitos humanos, não chateiem os americanos por fazerem o mesmo».
Genial!
C.E.
A ideia expressa hoje por Nuno Rogeiro no RCP (citando Freitas do Amaral que parece que disse o mesmo) é:
«Há muitos outros países que desrespeitam os direitos humanos. Logo, porquê fazer "uma guerra" por causa disto?»
É como ver alguém a cometer um crime e não fazer nem dizer nada "porque há muitos outros, por esse mundo fora, a fazer o mesmo".
Essa forma de desculpabilização compreende-se quando vem da boca do infractor. Mas assim...?!
E.R.R.
«JN»:
O Parlamento Europeu (PE) decidiu hoje, em Estrasburgo, constituir uma comissão temporária para esclarecer os alegados voos e prisões ilegais da CIA no território europeu, incluindo em Portugal, disse à agência Lusa fonte parlamentar.
A decisão foi tomada na conferência de presidentes do PE, que reúne os líderes dos principais grupos políticos do hemiciclo europeu e o presidente da instituição, criando-se assim a "Comissão sobre a presumível utilização de países europeus pela CIA para transporte e detenção ilegal de prisioneiros".
De acordo com as regras do PE, a comissão deverá ter uma duração máxima de 12 meses, mas os pormenores, incluindo a constituição e duração, só serão decididos em Janeiro.
Os eurodeputados dos grupos políticos já se tinham pronunciado sobre a necessidade da constituição de uma comissão temporária, uma vez que a criação de uma comissão de inquérito, com mais poderes para realizar pesquisas e pedir comparências, não tinha base jurídica, segundo um parecer da própria instituição.
O Conselho da Europa anunciou terça-feira que as investigações judiciais actualmente em curso em vários países "parecem indiciar que indivíduos foram sequestrados e transferidos para outros países sem respeitar nenhum critério legal", de acordo com o responsável por esta área naquela instituição, Dick Marti.
Hoje em plenário, o comissário europeu da Justiça, Franco Frattini, apoiou uma investigação sobre o assunto, aguardando igualmente as conclusões das investigações começadas por alguns países europeus como Portugal e Polónia.
Numa declaração política conjunta, que deverá ser aprovada quinta-feira em Estrasburgo, os eurodeputados defendem que a comissão deve investigar se a Agência Central de Informações (CIA) dos Estados Unidos esteve envolvida em detenções sem base legal, tortura de prisioneiros e transporte destes para dentro do território da União Europeia.
Os deputados querem também saber se houve cidadãos europeus envolvidos naquelas alegadas operações, bem como a "cumplicidade" de Estados-membros. (...)
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Comentário: Deviam falar com o Nuno Rogeiro e com o Freitas do Amaral, que lhes explicariam que não vale a pena preocuparem-se
«CNN»:
WASHINGTON (AP) -- Sen. John McCain and President Bush's national security adviser remained at an impasse Wednesday over the senator's proposed ban on cruel, inhuman and degrading treatment of foreign terrorism suspects.
"At this point, discussions are ongoing," national security adviser Stephen Hadley told The Associated Press as he left McCain's Capitol Hill office after a meeting that lasted just over an hour.
"We continue to chat," McCain, R-Arizona, said just before meeting with Hadley. The senator spent five years as a prisoner while serving in the U.S. Navy during the Vietnam War.
The ban on mistreatment of prisoners, and another provision standardizing the interrogation techniques used by U.S. troops, have stalled two defense bills in Congress, including a must-pass wartime spending measure.
House and Senate negotiators want to complete the bills before adjourning for the year. But GOP leaders are waiting for the results of talks between McCain and the White House before moving forward.
A compromise could come this week, but a deal remained elusive Wednesday.
The administration fears the provisions could limit the president's ability to stop a terrorist attack and it is seeking to add language that would offer some protection from prosecution for some interrogators accused of violating McCain's provision.
But the senator has rejected that. Instead, he has offered to include language similar to that in the Uniform Code of Military Justice. It would allow accused civilian interrogators -- like military interrogators -- to defend themselves if a reasonable person could have found they were following a lawful order about treatment of detainees.
McCain has had recent telephone conversations with Hadley while the senator has been on a tour promoting his new book. Their face-to-face meeting Wednesday took on added significance because of the time pressure Congress is under.
Karen Hughes, undersecretary of state for public diplomacy and public affairs, expressed confidence that McCain and Hadley would "reach consensus."
"The goal is the same here," Hughes said on CBS' "The Early Show." "The goal is to make it very clear that the United States is a nation of laws and that we operate our detainee policy within our laws, within our international obligations and without torture."
The Senate overwhelmingly approved McCain's provisions, but they were not in the defense bills approved by the House, and House members have not yet voted on them. Congressional aides say it's widely accepted the provisions have enough support to pass in the House.
House leaders have held off moving toward a vote until they get their cue from the White House. After initially threatening a veto and trying to kill the provisions, the White House then switched gears to lobby for an exemption to the ban for CIA interrogators. But McCain balked at that and it was taken off the negotiating table.
The senator has said he won't agree to changes that would undermine the provisions, which he argues are needed to clarify current anti-torture laws in light of abuses at Abu Ghraib in Iraq and allegations of misconduct by U.S. troops at the detention center at Guantanamo Bay, Cuba.
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