14.3.06

No país dos brincalhões

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Agora vamos ficar à espera do inquérito rigoroso, doa a quem doer, rapidíssimo e até às últimas consequências!

14 de março de 2006 às 15:52  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Vale a pena ler a notícia toda:

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As chamadas para as linhas de valor acrescentado, a partir da Junta de Freguesia do Rochoso, remontam a 1997, ano em que José Pires Sanches, professor reformado, foi eleito presidente numa lista independente.

Poucos meses depois de tomar posse, o autarca foi obrigado a demitir-se, por ser o presumível autor dos telefonemas eróticos que levaram à avultada factura telefónica, em apenas 75 dias. Além dos 49 mil euros, a PT reclama mais 1000 euros de juros de mora.

O caso foi parar a Tribunal, mas o Ministério Público acabou por arquivar a queixa-crime apresentada sobre o autarca, que entretanto começara a ter tratamento psiquiátrico. Actualmente o ex-presidente está internado num lar da cidade da Guarda.

Como José Pires Sanches não foi responsabilizado, a PT moveu um processo judicial à autarquia, exigindo o pagamento das chamadas. Apesar de ter perdido o caso em primeira instância, a PT ganhou o processo em 2000, no Tribunal da Relação de Coimbra.

Dado que a Junta de Freguesia não tinha aquela verba disponível, a empresa de comunicações propôs o pagamento em prestações, mas o actual edil, Joaquim Vargas, recusou tal solução porque “levaria à falência da junta”.

O processo foi-se arrastando e ontem foram vendidos no Tribunal da Guarda os terrenos penhorados pela PT, ao abrigo deste contencioso. Das três propriedades colocadas em hasta pública, duas foram compradas por um particular (por 2650 euros) e a outra foi licitada pela própria Junta de Freguesia, por 80 euros.

COMPRADOR FICA SEM TERRAS

Manuel Martins, o agricultor de Rochoso que licitou dois dos terrenos postos à venda pelo Tribunal, saiu revoltado do Palácio da Justiça. “Apesar de ter ganho duas propostas, acabo por não conseguir comprar os terrenos porque a junta tem direito de remissão sobre os mesmos”, desabafou, referindo que queria as terras para pasto dos seus animais. “Se a junta não tem dinheiro para pagar a dívida, onde vai agora arranjar uma quantia superior à que eu ofereci para ficar com terrenos que não lhe servem para nada?”, interrogou o agricultor. Questionado pelo CM, Joaquim Vargas, presidente da junta de freguesia, explicou. “Vamos apresentar uma contraproposta, com o objectivo de preservar o património da junta, não permitindo assim que terceiros se intrometam nos assuntos da autarquia.”. Relativamente à quantia, respondeu: “Falarmos em três mil euros é diferente de 50 mil...”.

14 de março de 2006 às 15:54  
Anonymous Anónimo said...

Bernardo,

Pelo que percebo, a anedota é precisamente essa:

O telefone (e respectiva conta) estavam em nome da autarquia, e portanto, à luz da lei, é esta que tem de pagar!
Entretanto, o brincalhão pirou-se...

C.

14 de março de 2006 às 17:04  
Anonymous Anónimo said...

Pois é.... é por estas e por outras que o pirata sou eu.

14 de março de 2006 às 18:13  
Blogger Swatch said...

É assim o nosso Portugal!!!

14 de março de 2006 às 19:34  

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