23.3.06

Os guarda-chuvas de Lisboa

NUMA DAS histórias do livro «Jeremias e o Incrível Coronel Reboredo» (disponível em e-book em www.jeremias.com.pt), o referido ancião, pessoa muito esquecida, dá um nó no lenço para se lembrar de uma determinada coisa.
No entanto, como é MESMO MUITO esquecido, dá depois um segundo nó para se lembrar do primeiro... - e assim sucessivamente até ao quarto nó, altura em que sai de casa.
Quando já vai longe, e ao notar que começa a chover, mete o lenço na cabeça - e é nessa altura que se lembra:
O primeiro nó era para não se esquecer do guarda-chuva, visto que o Serviço Meteorológico anunciara aguaceiros.
Assim, não seria ao simpático coronel Reboredo que eu associaria a profusão de guarda-chuvas destruídos e abandonados pelas ruas de Lisboa (*) que fazem boa companhia aos imundos sacos de plástico esvoaçantes e às folhas dos jornais que, empapadas de água, atapetam os passeios disfarçando os buracos.
Não há dúvida: o cidadão-típico de Lisboa não tem qualquer amor pela cidade onde mora!
(*) Esta tarde, e em menos de 1 km, deparei-me com seis: cinco no chão, e um sexto enfiado num vidrão, com o cabo de fora...

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Cada vez mais Lisboa está a ficar uma cidade onde não apetece viver.
É porca, desordenada e insegura.
Cheia de lixo, de arrumadores-drogados, de carros nos passeios, de buracos, de sem-abrigo, de prostitutas, de polícias desmotivados, etc
E, pairando por cima de tudo isto, uma gestão municipal cheia de senhores e senhoras satisfeitas e felizes!

23 de março de 2006 às 17:48  

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