«Prós e Contras»
O «Prós e Contras» de ontem, na RTP1, embora penoso em muitos aspectos, teve uma grande vantagem:
Mostrou, aos lisboetas que ainda tivessem dúvidas sobre Manuel Maria Carrilho, do que se livraram!
Nota positiva: a calma, a lucidez e o enorme esforço de pedagogia de J. Pacheco Pereira, qualidades que soube manter mesmo quando até a apresentadora disparatava, sem perceber nada do que ele dizia.
3 Comments:
E o espectáculo de Carrilho, de cabeça perdida, quando foi confrontado com as "correcções" que fez nas entrevistas que deu?
São dezenas (ou centenas!) de supressões, acrescentos, alterações, etc, de coisas que disse e depois "corrigiu" (por forma a que ficasse para a posteridade uma "realidade" muito especial). Tudo escarrapachado e público, bem denunciado perante o seu (compreensível...) nervosismo.
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Mesmo que, eventualmente, MMC tivesse razão em 200%, ficou patente (além da infinita vaidade que todos lhe reconhecem) a facilidade com que se descontrola completamente.
De facto, DO QUE A GENTE DE LISBOA SE LIVROU! Chiça!!!
D.
O "Prós e Contras" foi um programa que (in)felizmente perdi. Sou contra a tortura, especialmente quando a vítima sou eu - se ver o "PC" já é tortura, então com Carrilho...
O problema de Carrilho está suficientemente explícito na imagem que acompanha este tópico - ele vê-se como um Super-Homem, mas na realidade é um Pateta feliz. Ou, se combinarmos ambos, um Super-Pateta, incapaz de perceber que muitos que o apoiam ou admiram a sua "genialidade" adoram rir-se quando ele se estampa, fruto da sua atitude snob, de nariz empinado e incrível falta de educação e tacto. Estas características, claramente espelhadas no debate da SIC, aliada à falsidade da sua campanha eleitoral (Carrilho a comer sardinhas e nas festas populares é tão falso quanto Quim Barreiros a cantar Ópera) custaram-lhe Lisboa. Não é por atirar culpas aos jornalista num acidente onde ele próprio é o único e principal responsável que se livra da culpa. Não é ao "adornar" as entrevistas ou ao apresentar a sua "visão particular" da realidade que Carrilho se iliba. Normalmente, pessoas que preferem viver na sua própia realidade ou que crêem nas suas própias ilusões recebem um bilhete de ida para o Júlio de Matos.
Quanto á qualidade do jornalismo em Portugal, não é por Carrilho se sentir prejudicado que esta é fraca. A qualidade do jornalismo em Portugal tem estado a baixar consideravelmente, aproximando-se do sensacionalismo americano patente em quase todos os canais, mesmo os considerados de referência. Curioso é que o programa onde o tema se discutiu ontem é um dos exemplos de fraco jornalismo - a apresentadora é perita em "disparatar" e em interpretar a seu bel-prazer o que os convidados afirmam, distorcendo de modo a lançar uma "afirmação provocante" e incendiar os ânimos.
Emídio Rangel lamenta ter acusado Luís Delgado de receber avença da PT
O ex-director da SIC e da RTP Emídio Rangel lamentou hoje ter acusado Luís Delgado, antigo presidente da comissão executiva da Lusomundo Media, de receber uma avença da Portugal Telecom (PT), admitindo que essa informação não corresponde à verdade.
No programa da RTP "Prós e Contras", emitido ontem à noite, Emídio Rangel acusou Luís Delgado e também o ex-director do "Diário de Notícias" Miguel Coutinho de serem exemplos de jornalistas "que são avençados, mas que não exercem funções na PT".
Hoje, em declarações à agência Lusa, Rangel considerou que a referência que fez é "inaceitável" e que se tratou de "uma injustiça que é necessário corrigir".
As acusações feitas por Emídio Rangel no programa "Prós e Contras" surgiram depois de o ex-candidato à Câmara de Lisboa Manuel Maria Carrilho ter afirmado que Miguel Coutinho, o ex-director-adjunto do DN Raul Vaz e Luís Delgado "são da PT".
Rangel afirmou então que "a PT paga dezenas de avenças a uma série de jornalistas que não desempenham lá funções". Instado pelo director da SIC Notícias, Ricardo Costa, a referir nomes, o ex-director da SIC e da RTP disse que já tinham sido referidos dois nomes - os de Miguel Coutinho e de Luís Delgado.
Sobre Miguel Coutinho, Rangel disse que tinha verificado "existir um contrato", mas reconheceu desconhecer o âmbito ou as características do vínculo do ex-director do DN à PT.
Em declarações à Lusa, Miguel Coutinho explicou que o único acordo que existe entre si e a PT refere-se ao pagamento faseado, até Agosto deste ano, da indemnização a que tinha direito por ter sido afastado das funções de director do DN.
"Fui convidado pelo presidente da PT para dirigir o DN quando exercia funções de director do 'Diário Económico' e, em Dezembro de 2004, celebrei um contrato de trabalho com o grupo PT, então proprietário do DN, que previa uma cláusula indemnizatória no caso de rescisão", disse Coutinho.
"Após a minha demissão do DN, em Agosto de 2005, na sequência da entrada de um novo accionista, a PT propôs-me um pagamento diferido da indemnização devida, em vez de um único pagamento", explicou, acrescentando que o "processo [de pagamento da indemnização] termina em Agosto".
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