10.6.06

De saudar...

DE SAUDAR vivamente a iniciativa da SIC-N que, a seguir ao noticiário das 22h, colocou frente-a-frente a Ministra da Educação e Paulo Sucena, da Fenprof.

Quem viu, não deu o seu tempo por perdido...

8 Comments:

Anonymous Anónimo said...

E para quem não viu, não há uma sinopse? Ou pelo menos o resultado do desafio :-)

10 de junho de 2006 às 08:39  
Anonymous Anónimo said...

A ministra apareceu bem preparada, enquanto Paulo Sucena se baralhou em lugares-comuns e frases extremamente confusas e gaguejantes. Chegou a ser preciso fazer-lhe as mesmas perguntas várias vezes porque, ao contrário da interlocutora, raramente respondia às questões concretas.
Ou respondia, mas de forma que ninguém entendia o que queria dizer.

E espalhou-se quando, a propósito da avaliação dos professores (que até era o aspecto mais importante que estava em causa), lhe fugiu a língua para a verdade e, enfastiado, declarou (cito de memória): «isso agora não interessa».

Os professores mereciam melhor do que dirigentes desses.

10 de junho de 2006 às 13:23  
Anonymous Anónimo said...

É boa, na entrevista que eu vi, quem se espalhou foi a ministra.
Continua a dar o dito pelo não-dito, numa torrente de propaganda, enfim...
P. Sucena esteve como de costume, pouco adiantou.

10 de junho de 2006 às 18:37  
Anonymous Anónimo said...

Faço um comentário ao debate televisivo (parabéns João Adelino Faria, como és bem melhor do que o Crespo ou a Fátima Campos Ferreira! A milhas!): a senhora foi directa, simples e clara, sem redundâncias. O senhor foi confuso, agitado, baralhado, cheio de banalidades e supérfluos. Não estou a comentar as opiniões de cada um, mas a sua prestação televisiva. A ministra saíu claramente vencedora.

10 de junho de 2006 às 21:56  
Anonymous Anónimo said...

Anónimo anterior,

Quem, como eu, não tem especial "amor" por nenhum dos dois (e, por isso, observou o debate "a frio") é exactamente isso que pensa.

10 de junho de 2006 às 22:02  
Anonymous Anónimo said...

Pelos comentários aqui deixados anteriormente, percebe-se até que ponto é fácil manipular uma boa parte dos portugueses. Mini-debates televisivos, como se de uma telenovela ou reality show se tratasse, e aí temos os inefáveis técnicos de bancada a dar a sua opinião sobre o resultado final.
A verdade é que quem está por dentro do assunto da educação sabe que a ministra não conhece o nosso sistema de ensino. O seu discurso é delineado pela equipa de "pedabobos" ministeriais, do poderoso lóbi do "eduquês" que de há muito vem destruindo a educação em Portugal, com sucessivas reformas curriculares, cada uma mais absurda que a anterior. Centrar o discurso no novo ECD e nas divergêncis entre o ministério e os professores no que às carreiras e à avaliação diz respeito, é um meio de tapar o sol com a peneira. Ao discurso político estudado e apresentado pela ministra está subjacente uma orientação economicista, não uma genuína preocupação com a qualidade do ensino. Senão, não haveria barreiras administrativas colocadas à retenção de alunos que já repetiram UMA VEZ no seu percurso escolar. Houve-se falar disto? Não, claro que não, mas as escolas debatem-se com esta realidade, agora que o ano lectivo está a chegar ao fim.
Ainda sobre o frente-a-frente, o próprio João Adelino Faria colocou a ministra perante a evidência das palavras ofensivas dirigidas aos professores, naquele mesmo estúdio. A ministra encolheu-se e desviou a conversa, como já o tem feito em momentos anteriores, quando tenta dar o dito pelo não dito. Ficou por explicar (e isso também Paulo Sucena não foi capaz de transmitir com a clareza que se impunha) como é que o novo regime de progressão na carreira pode estimular os professores, pois mesmo os que dão o seu melhor e são assíduos, mesmo quando alcançam sucessivas classificações de "excelente" ou "muito bom", são excluídos da progressão pelo arbitrário sistema de quotas - mais um instrumento para fazer valer a partidocracia e o compadrio no sistema de ensino. Mas nisto ninguém fala. Como se cala, estranhamente, o facto de os professores que tiverem o azar de adoecer, de terem de se submeter a uma intervenção cirúrgica ou eventualmente de terem a seu cargo parentes que necessitem de acompanhamento, não poderem progredir na carreira. É que nenhum destes casos está ressalvado no máximo de faltas que o docente poderá dar (3%) por ano.
É por estas e por outras que o mal estar entre os professores é grande.

JF
Lisboa

12 de junho de 2006 às 09:44  
Anonymous Anónimo said...

P: «Houve-se falar disto?»
RE: ?!

12 de junho de 2006 às 10:19  
Anonymous Anónimo said...

Ups!

"Houve alguém que falasse nisto?", era o que tinha escrito originalmente, depois alterei a frase e deixei o "H", do verbo "haver".

Ouve, de ouvir, claro.

Fica a correcção e obrigado.

JF Lisboa

12 de junho de 2006 às 10:46  

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