15.7.06

Quem silenCIA, silenCIA alguma coisa...

QUANDO se começou a dizer que, entre os «mais de 1000 voos secretos da CIA», havia alguns que envolviam escalas em Portugal, o Governo apressou-se a aplicar o RDM: Relativizou, Desmentiu, Minimizou - e assobiou para o lado.

Pouco depois, com o conhecimento de mais dados referentes a 14 voos concretos, ficou claro que estava tudo muito mal contado.
PCP e BE pediram, então, a comparência no Parlamento de quem pudesse clarificar algumas dúvidas mas, como se sabe, o PS apressou-se a impedir esse esclarecimento.

Agora, é a Comissão Internacional de Inquérito que "pede" (por favor e sem carácter obrigatório...) que alguns responsáveis portugueses expliquem algumas coisas - porque está com a peregrina ideia de que Portugal sabe muito mais do que quer dizer.

Pacheco Pereira, para quem a invasão do Iraque foi uma coisa boa e Guantánamo até é compreensível, escreve no ABRUPTO:

«Parece que o Parlamento Europeu quer ouvir o actual MNE, o director do Instituto Nacional de Aviação Civil, Luís Almeida, o director do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Manuel Jarmela Palos, e o director-geral do Serviço de Informações de Segurança, Antero Luís, a propósito da obscura questão do "caso dos voos da CIA". A proposta é de Ana Gomes (tinha que ser) e obteve a complacência de Carlos Coelho, em ambos os casos tomando muito infelizes atitudes, para não dizer outra coisa. Espero bem que os nossos responsáveis nas áreas mais sensíveis da nossa política externa e segurança nacional digam claramente que não, que não aceitam este tipo de intromissões do PE num estado soberano».

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Ou seja:

O uso de aeroportos nacionais para "aquilo que se sabe", não é interferência num estado soberano.

Mas saber a verdade, é...

Ed

15 de julho de 2006 às 16:56  
Anonymous Anónimo said...

Por sinal, neste particular estou de acordo com JPP.
Mas vou mais longe. O governo português não tem mais nada a declarar senão que os Estados Unidos são um país aliado, cujos serviços secretos são imprescindíveis na luta sem quartel que o mundo ocidental está a travar com o mundo bárbaro dos islamitas, muçulmanos ou o raio que os parta. Era impensável que, nestas circunstâncias, Portugal não desse todo o apoio aos serviços secretos de um país aliado como os Estados Unidos! E que o faça secretamente, sem ter de dar contas disso a ninguém, também faz parte da nossa soberania.
Jorge Oliveira

16 de julho de 2006 às 08:07  
Blogger Carlos said...

«...Espero bem que os nossos responsáveis nas áreas mais sensíveis da nossa política externa e segurança nacional digam claramente que não, que não aceitam este tipo de intromissões do PE num estado soberano».
Estado soberano? Estado soberano...? Hehehehe
Até o meu canário se fartou de rir.
Há já uns anos que entregamos a nossa soberania, mas parece-me que alguém se entretém a fazer floreados, será para português ver?

17 de julho de 2006 às 12:48  

Enviar um comentário

<< Home