16.7.06

Tento nas tentativas!

ANOS, em conversa com um engenheiro alemão, comentei o facto de, no seu país, haver imensas coisas normalizadas - desde a simples folha de papel A4 até complexos procedimentos sobre tudo e mais alguma coisa.
«É que não temos tempo nem recursos para passar a vida a reinventar a roda» - respondeu-me ele, com um sorriso maroto, como se estivesse a pensar naqueles que, como nós, procedem exactamente ao contrário.

Naturalmente, lembro-me sempre dessa conversa quando vejo, a toda a hora, o dinheiro dos nossos impostos a ser gasto no desporto nacional da «governação pelo "método da tentativa e erro"» - que, como se sabe, acaba de atingir um novo patamar de absurdo com a repetição anunciada dos exames de Química e de Física.
E lembro-me, também, de um técnico que em tempos conheci e que fazia as coisas sem perder demasiado tempo a pensar nelas:
«Se calhar bem à primeira, óptimo. Se calhar mal, corrijo - que é para isso que eu cá estou». Já há muito tempo que não encontro esse patusco, mas ouvi dizer que ele estava esperançado em poder realizar um velho sonho: ser requisitado para um ministério.