Caro CMR: Dividir para imperar tem sido o mote deste governo. Virar a opinião pública contra grupos profissionais - médicos, juízes, professores, militares, enfermeiros - e contra o "monstro" genérico designado por função pública, tão díspar nos seus atributos e competências, tem dado resultado. Porque o português cede facilmente à invejazinha e opina muito sobre o que desconhece. Quantas vezes ouvimos falar de "corporativismo"? Pois não vi ainda ninguém que usasse o conceito e simultaneamente fosse capaz de o explicar. Utiliza-o porque está na moda, assim como "produtividade", "competitividade", "criar riqueza" (para quem?). Muitos desses papagaios gritavam "Rumo ao socialismo", "viva o marxismo-leninismo-estalinismo-maoísmo" e outras coisas que tais há 30 anos. Hoje, muitos que incitavam a gritar tais slogans (e alguns que berravam a plenos pulmões) estão muito bem instalados na vida. É altura de pôr as pessoas a dizer outras parvoíces e mantê-las anestesiadas. De preferência com raiva ao vizinho que trabalha sossegadamente e que é acusado de "corporativismo" quando se indigna contra os atropelos de que é vítima.
2 Comments:
Caro CMR:
Dividir para imperar tem sido o mote deste governo. Virar a opinião pública contra grupos profissionais - médicos, juízes, professores, militares, enfermeiros - e contra o "monstro" genérico designado por função pública, tão díspar nos seus atributos e competências, tem dado resultado. Porque o português cede facilmente à invejazinha e opina muito sobre o que desconhece. Quantas vezes ouvimos falar de "corporativismo"? Pois não vi ainda ninguém que usasse o conceito e simultaneamente fosse capaz de o explicar. Utiliza-o porque está na moda, assim como "produtividade", "competitividade", "criar riqueza" (para quem?). Muitos desses papagaios gritavam "Rumo ao socialismo", "viva o marxismo-leninismo-estalinismo-maoísmo" e outras coisas que tais há 30 anos. Hoje, muitos que incitavam a gritar tais slogans (e alguns que berravam a plenos pulmões) estão muito bem instalados na vida. É altura de pôr as pessoas a dizer outras parvoíces e mantê-las anestesiadas. De preferência com raiva ao vizinho que trabalha sossegadamente e que é acusado de "corporativismo" quando se indigna contra os atropelos de que é vítima.
De facto, o Governo especializou-se no "Agarra que é ladrão!", e fá-lo a pouco e pouco, acusando hoje uns, amanhã outros.
É um trabalho metódico, mas o pior é que, às vezes (vezes demais...), esbarra com a falta de jeito dos actores:
Os ministros da Justiça, da Agricultura e da Educação bem se esforçam, coitados!, mas são demasiado trôpegos.
Mas Sócrates tem de viver com aquilo que tem, coitado!
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